[Harry]
O caralho do meu amigo caminha pela sua sala refinadamente decorada - as suas mãos as suas ancas e uma expressão séria a encarar-me severamente. A sua namorada, ou o que quer que ela seja, está sentada no sofá, um sorriso pequeno preenche os seus lábios e eu pergunto-me como é que ainda não me fui embora desta casa.
“Eu posso marcar o jantar.” Ela sugere. Caralho não.
Se vou fazer alguma coisa, então quero ser eu a planear tudo. Quero ser eu a convidá-lo, a ligar-lhe. Quero ser eu a ter a primeira palavra pois assim, e só assim, é que o meu pai saberá que a ideia partiu de mim e não da filha da sua querida namorada.
A Ronnie e o seu sorriso brilhante que transmite exatamente as palavras ’eu estou tão orgulhosa do passo que estás a tomar, vamos ser todos uma família tão feliz’ encaram-me cautelosamente enquanto eu caminho até ao Louis. Faz uma semana desde que chegamos a Nova Iorque, faz uma semana desde que enfrentamos a realidade e faz uma semana desde que deixei a minha mãe em Las Vegas, sozinha.
Passo as minhas mãos pelo meu cabelo, “Foda-se não.” Aponto para a Ronnie, “Não vais marcar jantar nenhum e não me olhes dessa forma porque isto não é o que parece.” Aviso-a.
Espero que bem que ela deixe cair todas as suas esperanças porque caralho nada do que ela pensa irá acontecer. Eu vou falar com o meu pai, sim. Mas de maneira nenhuma eu irei perdoá-lo por tudo o que ele causou a todos nós – é por causa dele que eu sou da maneira que sou, e é por causa dele que tudo o que aconteceu nos últimos dez dias aconteceu. Nós não vamos passar a ser uma típica família feliz que almoça todos os sábados juntos e que é toda repleta sorrisos, paz e amor.
Nem pensar, foda-se. Eu vou ligar ao meu pai, falar com ele sobre a Jess e, eventualmente, terei de ser obrigado a comportar-me durante um possível jantar em que a mãe da Ronnie estará também presente. Apenas estou a fazer isto pela minha pequena menina, Jess, e pela Emily – quero deixá-la orgulhosa de mim.
A Ronnie encolhe os ombro desviando a sua atenção para o telemóvel que é segurado entre as suas mãos, “De qualquer das formas, se precisares, eu estou aqui.” Deixa-me saber e eu reviro os olhos. A minha meia-irmã sorri angelicamente para mim e eu olho entre ela e o Louis.
“Diz-me que não.” Peço, os meus olhos vidrados num Louis embaraçado. “Oh meu deus.” Resmungo.
A filha da namorada do meu pai levanta-se do sofá e caminha calmamente até ao meu amigo, “Oficialmente.” Conta-me, eu reviro os olhos novamente. A Ronnie planta um beijo suave nos lábios do Louis, tapo a minha cara com as minhas grandes mãos. Nunca gostei de os ver juntos, e nunca irei gostar. Foda-se o Louis é tão burro, o Ed é tão cego e a Ronnie é simplesmente tão irritante. O pior triângulo amoroso de sempre.
A Jade disse uma vez que o pior triângulo amoroso de sempre era eu, a Emily e o Zayn. Mas nós não podíamos ser um triângulo amoroso pois a minha Emily nunca teve nenhum sentimento em relação ao Zayn. Acho eu. Foda-se.
Desvio as minhas mãos da minha cara, “Bom,” Respiro profundamente, “Eu vou buscar a Jess à escola. A Emily tem que estudar hoje e por isso ela vai passar a noite no dormitório.” Informo-os, a Ronnie observa-me preocupada e eu arqueio as minhas sobrancelhas para ela. Não preciso da preocupação de ninguém, eu estou bem, estamos todos bem.
“Devo levar alguma coisa para a Em jantar?” A minha meia-irmã pergunta.
“Eu trato disso.” Respondo, “Mas obrigado.”
O Louis suspira e volta a sentar-se no sofá, “O apartamento ainda está disponível?” Assinto devagar com a cabeça, “Harry, eu podia pedir aos meus pais-”
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Uncontrollable [A ser editada]
FanficEmily Green, uma adolescente cuja vida parece ser traçada pela normalidade, consegue o seu desejado lugar na NYU. A rapariga determinada mal pode esperar por formar novas amizades, adquirir novos conhecimentos e, lá no fundo, viver todas as maravilh...