Olho para você e não te reconheço mais. Na verdade consigo ver aqueles velhos traços, até então tão familiares e agora tão distantes. Parece que foi ontem, mas faz tanto tempo... Sinto falta daquele seu jeito travesso, do teu olhar curioso e aquela sua vontade louca de mudar o mundo que era tão sua. Se a gente soubesse que nossos caminhos seriam tão tortuosos, que éramos pedras brutas que a vida iria lapidar. Quem poderia imaginar...
Em meio a tantos eu, você e nós, foram muitos encontros e desencontros, lágrimas e sorrisos. Eu mudei e você ainda mais, não somos mais os mesmos. Te olho e não reconheço, e um filme passa em minha cabeça. Fico triste e feliz, tudo ao mesmo tempo. Triste por não ver mais aquela menina e feliz por encontrar no lugar dela uma mulher.
Quando foi que você amadureceu tanto a ponto de esconder tão bem seu medo e aquela velha insegurança que já fazia parte de quem você era? Quando foi que eu me perdi de você que não percebi você mudar? Me conta teu segredo, me ensina a ser assim, saber seguir em frente não se prendendo e aprendendo com o passado. Me explica como sobreviver as dores a viver de amores. Não te reconheço mais, e apesar ou por causa disso te admiro muito mais, eu acho que posso me acostumar com o seu novo "eu", na verdade eu já me acostumei, você mudou, eu mudei!
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Para aonde foram as borboletas?
ContoRelacionamentos assim como as montanhas-russas são cheios de altos e baixos. Alguns duram a vida inteira, outros apenas alguns minutos. Existem os que abrem feridas e os que as ajudam a cicatrizar. Aqui você encontrará reunidos textos que vão des...