Gramática da Vida

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Nunca tive muito talento para a matemática. Toda aquela ideia de dividir, subtrair não me atraia. Somar e multiplicar pareciam mais simples, mas mesmo assim não era para mim. Sempre achei que eu tinha afinidade pra o português, sempre fui apaixonada por palavras e por criar histórias. Mas de uns tempos pra cá, não acho que fiz uma ideia um pouco errada e talvez o português não seja minha praia.

Palavras são apaixonantes, mas os gestos são muito mais, criar histórias é lindo, mas não se compara a vivê-las. Mas o meu problema mesmo era e ainda é a gramática. Quando o assunto era escrever eu não tinha problemas, sempre soube usar palavras bonitas e criar enredos de emocionar, mas nunca soube colocar ponto final. Era sempre uma vírgula na hora errada, reticências a perder de vista, interrogações nada bem vindas. E erros assim que pareciam bobos eu fui levando pra vida. Sempre criando e vivenciando momentos sem pontos para não terem fim, não porque eu não quisesse que acabasse, mas simplesmente porque nunca soube lidar com finais.

Mas na vida algumas situações não nasceram para serem infinitas... 

Para aonde foram as borboletas?Onde histórias criam vida. Descubra agora