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Pelo que parecia, S/n e Luan estavam bem. Depois de quase 20 anos, eles estavam muito bem. Ainda não sabiam o certo, como iria ser daqui pra frente. S/n tinha o seu jeito turrona, tosca, grossa, criança, pirralha. Ele tinha seu jeito debochado, sagaz, sério, responsável. Ambos, tinham 3 filhos juntos e era justamente o que mais dava trabalho, afinal, Nicole, Thammy e Théo tinha o gênio parecido, a personalidade, o jeito, o olhar, eram muito parecidos. Por enquanto Luan ficou no mesmo hotel em que Nicole e Paul estavam enquanto S/n organizava tudo. Ela queria que definitivamente Nicole morasse com ela, e a mesma também queria muito buscar o tempo perdido, com a mãe. Um mês se passou, e em um mês já tinha um quarto para Nicole no apartamento de Lua. As crianças passaram a sair com Luan nos fins de semana, e eles estavam se dando muito bem. A relação dele com S/n, estava quase um ''namoro de adolescente'' e aquilo era mais encantador ainda.
- Thammy, Théo... o carro do pai de vocês já está lá em baixo!  - Avisou, num tom alto. já estava com aporta aberta.
No instante em que S/n berrou, para as crianças se apressarem, Nicole entrou na casa aos prantos. S/n arregalou os olhos. Nicole seguiu para o sofá e ali se deitou, sem falar nada, apenas chorar.
- Por que você está chorando, Nini? - Thammy se aproximou do sofá, e lhe olhou curiosa.
- Thammy...Anda, seu papai está esperando. - S/n disse, indicando a porta, Théo saiu do quarto, ansioso para ver Luan. Thammy estava preocupada com Nicole. - Pode deixar, eu cuido dela. - S/n piscou, tranquilizando-a. - Divirtam-se. - Beijou tanto um, quanto o outro. E então eles saíram.
Ao sair, Thammy fechou a porta. S/n então seguiu para o soá, sentando-se e colocando a cabeça de Amy em seu colo. o choro dela era angustiante.
- Quer falar? - Perguntou com paciência.
- Paul... - Foi tudo o que ela conseguiu falar naquele momento. S/n trincou os dentes e estreitou os olhos. A raiva subiu na hora.
- O que ele fez? - Passou por cima da raiva, é perguntou calma.
- Mãe, ele estava com a camareira do hotel. A Camareira mãe. - Ergueu-se, olhando para S/n. Seu rosto estava levado pelas lágrimas. - Eu vi tudo, estavam transando na cama em que eu estava dormindo com ele.
- Desgraçado! - S/n cegou de raiva. - Filha eu... Sinto muito. - Lhe olhou amorosa, porém decepcionada com o genro que tanto gostou.
- Depois de 3 anos de namoro, de tudo que ele me falou, de tudo que já passamos juntos... Ele me trair com uma morena gostosa, com uma lapa de bunda e os seios voluptuosos. - Colocou as mão no rosto, e ali sacudia o corpo com o choro desesperador. - Que nojo. Dele.
- Ei. - S/n tirou as mãos dela de seu rosto. - Olha pra mim. Olha pra mim Nicole!  - Ordenou, e ela olhou. - Você acha que ele merece todas essas suas lágrimas? Quantas vezes você me viu chorar por homem?
- Quando foi que eu tive oportunidade de ver? - Cessou o choro. Mas seu semblante ainda era de desolação.
- Certo!  Então.... Quando foi que você viu, na internet, ou jornais, revistas e a porra toda, que eu sofri por amor?
- Nenhuma.
- Segue meu exemplo, gata. - Enxugou as lágrimas dela. - Você é linda, maravilhosa, gostosona. Perfeita filha. - Afirmou, segurando seu rosto.- O Paul não te merece, e nem merece essas tuas lagrimas.
- mas ele estava com ela lá.. - Tornou a chorar. S/n permaneceu com o rosto dela erguido sob as mãos.
- Chega de chorar'''''' - Falou firme. - Tem vários cariocas, deliciosos aqui.
- E você estava na seca até agora.
- Estamos falando de você e não de mim.
- Mas eu amo ele... - Toda vez que se lembrava, começava a chorar novamente.
- Mas ele não ama você!  - Foi direta. - E agora, o que fazemos com ele?
 Nicole engoliu o choro, S/n tornou a enxugar suas lágrimas. E ela então suspirou fundo, com um olhar triste, porém raivoso.
- Mandamos ele se foder?
- Bem isso. - S/n concordou. - Bem isso!
- E o que eu faço, coma minha tristeza?
- Já ouviu falar em Puta que pariu?
Nicole assentiu com a cabeça.
- Então, mandamos ela pra la, que tal? - piscou. - Meu amor, você é a coisa mais linda que eu já vi nesse mundo, será que dá para se dar o devido valor? Vamos combinar não é?
Aquele loiro azedo não merecia, essa joia rara... Olha pra você. - Levantou e lhe fez
levantar também. - Olha só para você, querida.
- Você achava ele bonito.
- Só para não te deixar deprimida.
- S/n!  - lhe repreendeu.
- Ué... - Sorriu. - Esquece esse canalha. Ele não dura muito tempo aqui não, já já volta para a terra dele. E da próxima vez que você chorar por outro homem, eu tomo medidas drásticas contigo.
- Tipo, drásticas?
- Tipo isso!
- Eu te amo, mãe.
- Eu também te amo, princesa. - Lhe abraçou forte. - Se chorar, apanha.
- Não vou chorar. - Falou manhosa, em meio ao abraço. S/n sorriu suave e permaneceu lhe abraçando forte.

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Treinando a mamãeOnde histórias criam vida. Descubra agora