46° capitalo

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Narrador

Antes mesmo de S/n e Luan romperem quele beijo. Nicole tratou de sair dali com as crianças. Afinal, o que todos queriam ali, era que os dois ficassem juntos, ou pelo menos tentassem. Ela levaria Thammy e Théo para o hotel onde ela estava hospedada com Paul, deixando a noite livre para S/n e Luan. A faxineira já teria ido embora também, então tudo começou a dar certo. Enquanto se beijavam e trocavam carícias, Eles nem notaram a ausência de todos ali, quando se deram conta estavam sozinhos no apartamento.
- Safados. - O tom de voz dela já era ofegante. Abriu um sorriso nos lábios, enquanto sentia as mãos de Luan tocarem seu rosto.
- Eles só enxergaram o obvio. - Ele sorriu malicioso, porém doce e carinhoso. - S/n, será que é tão difícil você dar o braço a torcer e falar que é louca por mim, pedir perdão e se ajoelhar aos meus pés?
Ela lhe olhou, e soltou uma risada irônica.
- Não seja sinico.
- Não seja tola.
- A alguns minutos atrás, estávamos nos odiando. Lembra? - Virou de costas, tentando colocar a ideia no lugar.
- A alguns minutos atrás, eu estava lutando contra o meu desejo de te ter de novo. - Lhe agarrou por trás, deixando-a imóvel. - Mas, esse treinamento de resistência é o pior.
- Eu falei isso para mim mesma, já hoje. - Riu. - O que você quer de mim? me subornar para ter meus filhos? - Se deixou levar por aquele toque, entre o nariz dele e o pescoço dela.
- Eu quero você, e quero agora. - Lhe virou de um jeito selvagem. - Já perdemos tempo demais, já brigamos demais, já nos magoamos, nos decepcionamos, nos machucamos... E tudo foi demais. - Falou segurando os dois braços dela. - Que tal, a gente se amar demais? Pelo menos uma vez na vida.
- Eu tenho escolha? - Olhava para os lábios dele com desejo. - Só não espere eu falar, que te amo. - Sorriu, e lhe olhou tentadoramentes. Luan mordeu os lábios dela lentamente, e tornou a lhe encarar.
- Isso, veremos!
Então ele lhe beijou selvagem, com vontade, com força. Suas línguas se entrelaçaram naquele beijo apaixonado. Em menos de segundos, S/n já estava despida nos braço de Luan, ambos dominando aquela cama espaçosa, sem temer a nada, sem lembrar de nada. Luan lhe invadia com desejo, com gana, com vontade. E ela se entregou de corpo e alma. Ali já não eram mais, dois pais irresponsáveis que falharam diversas vezes. Não era o cantor famoso e nem a Tenista bem-sucedida. Eram apenas S/n e Luan, dois apaixonados de infância, fazendo amor.
- Agora diz... Diz que me ama. - Em meio as estocadas fortes e prazerosas, ele segurou o queixo dela.
- Eu.te.amo. - Ela disse, dominada de prazer.
- não ouvi... - Sorriu, bastante ofego.
- Eu... Te... Amo... Ahhh.. - Disse em meio aos gemidos prazerosos. - Eu te amo, Eu amo você... Sacana, canalha... Lindo.
- Bem isso. - Riu novamente, e lhe beijou com força. - Eu também amo você... Tosca.
Ambos suados, o corpo em chamas. Hora se matando, outra se amando. De repente todos os problemas ficaram miúdos ao lado do amor, que aqueles dois admitiram sentir um pelo outro. Ah, e para qualquer duvida... Sim, ele estava usando camisinha dessa vez.
- Você.... ARG. - Grunhiu minutos depois de chegar ao clímax. Estava exausta.
- Vem cá vem. - Ele também teria chegado ao orgasmo. Estava exausto, mas puxou ela para o seu peito. - Vamos nos enganar não.
- Pestes!! peste.... AH!
S/n queria se mostrar brava, talvez arrependida. Mas nada do que ele fizesse iria tirar aquele sorriso dos lábios de Luan.
Eles estavam se olhando de uma forma diferente. Com um sorriso disfarçado, um apego reprimido. S/n agora, só com a camisa dele e mais nada no corpo, ele apenas de cueca deitado na cama dela. Ela se perguntou várias vezes aquela noite, qual o verdadeiro motivo de ter deixado um homem daqueles. Um homem que conhecia cada parte do seu corpo, conhecia suas defesas, conhecia seus medos, suas fraquezas, suas inseguranças e seus pesadelos de infância. Como ela poderia ter largado o homem que cuidou dela quando ela mais precisou? Aquilo chegou a lhe atormentar o resto da noite, mas ele estava ali, foi uma surpresa. Sim, foi uma surpresa. Mas ele estava ali, e fazia muito tempo em que ela não se sentia tão mulher, tão desejada e tão amada.
- E agora, nós? - A pergunta dele, soou como ironia. Uma ironia doce.
- O que? - Ela se fez de boba, mas não tirava o sorriso suave dos lábios.
- Jura, que vai perguntar o que, quando você pode falar.... Fica comigo, Luan.?
- Sabe qual o seu problema. - Estava deitada por baixo dele. Luan estava de lado, com a metade do corpo, fazendo sombra de S/n. Ambos se olhando nos olhos. Ela tocou o rosto dele com a ponta dos dedos. - Seu problema, é que você é muito engraçadinho.
- Isso é ruim?- Sorriu, sem jeito.
- Eu não consigo distinguir quando você está brincando, ou falando sério. Ou melhor, nunca te vejo falando sério, sempre com uma ponta de deboche. Por que?
Ele lhe deu um beijo caloroso, porém rápido.
- Sou assim, S/n.
- Você não era assim quando nos casamos.
- Você também não era tão gostosa assim, quando nos casamos.... Vamos combinar não é?
Ela revirou os olhos e segurou nos braços dele, quando sua expressão mudou. S/n teria revirados os olhos, e aquilo era regra. ''Sem revirar os olhos, ou eu enlouqueço S/n!''
- Você... Hã... Revirou os olhos?
- Eu? - Franziu a testa.- Tá maluco?
- Mentirosa?
- Foi sem querer, afff. - Ela revirou de novo, dessa vez sem notar mesmo. E então deu uma risada alta. Luan segurou nos seus braços, lhe prendendo contra a cama, e ficando totalmente por cima dela. - Eu juro, que foi sem querer.
- Não posso fazer nada por você. - Lhe encarava, malicioso. - Se declara pra mim, que eu te safo dessa.
S/n iria revirar os olhos de novo. Mas arregalou os olhos em alerta, e mordeu os lábios. Ele lhe olhou com desejo, e ela sorriu largo tentando se desvencilhar. Vendo que era impossível, fechou os olhos lentamente e os abriu de novo.
- Se declarar como?
- Você sabe como, não se faça de tola.
- Eu sou muito tola. - Tentou novamente se desvencilhar. - Argh.
- Vamos lá, não é tão difícil.
- Vai aumentar seu ego? Sua alto-estima? Tudo bem. - suspirou fundo.
- O meu? já está alto demais, eu me amo, sou apaixonado por mim. - Piscou.
- Bem, modesto. Hum.... - soltou uma risadinha suave. - Tudo bem... Vamos lá. Eu te amo Luan Rafael Domingos Santana. Senti sua falta durante todo esse tempo. Sabe, eu já tive alguns namorados, lances de momento, confesso que a mídia ajudou para isso, mas foi um lance, assim... Sem graça sabe? - Explicava, segurando o sorriso. Ele lhe olhava nos olhos, mantendo-a presa. - Você foi, é sempre será o homem da minha vida. Aquele que acordava as 5 da manhã para me fazer café da manhã, aquele que me acordava com beijos quentes e não me deixava perder a hora do treino, aquele que sabe de tudo o que eu passei e sabe de tudo que eu preciso para sorrir. Eu posso ter me tornado tosca, omissa, nojenta, grossa e o caralho a quatro. Eu posso me esconder através de uma raquete, e posso sorrir para uma câmera quando eu estou berrando por dentro. Só você me conhece de trás pra frente. - Luan estava até diminuindo na força, S/n estava quase livre. Seus olhares se fitavam apaixonadamente. - Me perdoa por tudo que eu te fiz passar, pelas lágrimas que fiz você derramar. Me perdoa por não ter te dado valor que só você merecia. Me perdoa por todo o mal que eu te fiz... Me... - Ele lhe calou com a ponta dos dedos. Agora ela estava livre.
- Isso basta. - Disse, lhe olhando profundamente. Em seguida sorriu suave. - Linda.
S/n beijou os seus dedos, e segurou sua mão.

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Treinando a mamãeOnde histórias criam vida. Descubra agora