42° capitalo

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Sentaram-se no outro sofá, enquanto Thammy sentou no que Théo estava. S/n segurava as Duas mãos da Nicole, que lhe olhava nos olhos.
- Meu Deus, como você tá linda. - Acariciou seu rosto.
- Eu? que nada. - Nicole fechou os olhos, sentindo aquele toque. - Que saudades.
- Muitas, meu amor... Nossa, eu senti tanto a sua falta, eu... Eu, não soube o que fazer.
- Por que você não foi atrás de mim? Não me procurou, S/n? - Abriu os olhos, que estavam cheios de lágrimas prestes a cair de novo.
- Eu não soube o que fazer, Nicole... Não soube.
- Você é filha da mamãe? - Nicole virou pra lhe olhar.
- Você  é invisível? - Théo arregalou os olhos.
- Claro que não né Théo, pessoas invisíveis não existem, ela é só a nossa irmã.
Nicole sorriu, ainda emocionada.
- Sou filha dela sim. - Disse e tocou o rosto de S/n. - E irmã de vocês.
- Nicole, quando você chegou? Onde está as suas coisas?
- Vim com o meu namorado, e ele está no hotel. Bem, eu cheguei pela madrugada e tive que resolver algumas coisas pela  manhã. - Disse, explicada.
- Namorado? -  S/n sorriu, surpresa. - Já está namorando?
- Sim, desde os 15 anos. - Afirmou. - Estamos juntos a 3 anos. É por causa dele que eu estou aqui.
- Jura? então eu já amo de paixão ele. - Tornou a abraça-lá. - Você não mudou nada, tá linda... E os cabelos? nossa, você está absolutamente linda.
- Muito obrigada. - Lhe olhou amorosa. - Precisamos conversar S/n, e conversar muito.

Pov S/n

Não consegui acreditar que era ela. Sim ela estava aqui comigo, na minha casa. Eu pude lhe tocar, lhe abraçar. Sim, era verdade! Matamos um pouco das saudades antes de entrar em qualquer conversa. As crianças estavam muito curiosas, Thatá fez varias perguntas, e falou até tirar a paciência. Mas ai eu tratei e os despachar para a escola. A condução vinha busca-lós. Agora era eu e ela juntamente e uma vida perdida.
- Mãe, você tem noção do quanto eu senti sua falta? - Nicole já tinha tomado um banho, tinha até vestido uma roupa minha. Nunca teve cerimonia e isso eu nunca tinha esquecido. Na verdade, nunca esqueci o jeitinho atrevido dela.
- E você tem noção do quanto eu sofri?
Ela iria responder, mas ai o seu celular tocou. Ela pegou a bolsa no braço do sofá e levantou-se.
- Um momento.
- Sim. - Consenti e sorri.
Ela atendeu o celular, com um ''Oi'' carinhoso.
- Estou com ela sim, Paul. E está tudo bem... Ele ligou? Não, para mim não ligou não. O que você falou? Ah... Paul meu amor, escuta, não diz nada. Quando ele me ligar eu explico, até a noite. I love You. - Escutei tudo, sem entender, mas ai ela desligou e me olhou. - Era o Paul.
- Seu namorado. - Consenti. - Quero conhece-lo.
- E vai.- Voltou para o sofá.
- Como você passou esses anos? Tentei te mandar e-mails, você não respondia. Bem... Seu pai fez uma sacanagem das grandes, me desculpa lembrar.
- Ele disse que se eu viesse, não era para voltar.
- Jura? - Arregalei os olhos. - Inacre.
- Ina oque? - Ela franziu a testa, e eu sorri em meio a tensão.
- Inacreditável.
- Bem sua cara. - Riu - Mas já ligou pro Paul, querendo saber de mim. Não dou 2 dias para ele chegar no Brasil. - Ela disse com firmeza, como se soubesse o que ele pensava.
- Você tá tão adulta Nicole, estou me vendo em você. - Toquei seu rosto lentamente, lhe olhando nos olhos. Ela sorriu, beijando minha mão.
- Eu amo você, você é a melhor mãe do mundo apesar dos apesares. Você me ensinou muito, eu nunca esqueci de nada do que vivemos juntas, eu nunca te esqueci, eu sempre amei você antes de te conhecer. Eu sofri, chorei, briguei com Deus e o mundo pra te ver de novo. - Falou tudo de uma vez, e respirou fundo ao pausar. - Eu... - Ela não conseguiu tornar a falar, pôs-se a chorar. Tipo crise.
- Ei... Calma. - Lhe abracei, com a mão no seu cabelo claro. - Calma.
- Estava com isso... Entalado na garganta. - Falou em meio ao choro. O choro dela era pesado, angustiante. Lhe abracei forte.
- Você continua chorona. - Rompi o abraço, enxugando suas lágrimas, sem contar que eu também estava chorando.
- E você não, né? - Riu em meio as lágrimas.
- Meu amor, você não sabe o peso que eu tive que carregar desde que te conheci. Você não sabe como foi duro, você não tem noção.
- Eu tenho, mãe. - Afirmou, encostando-se no sofá. - Tenho sim.
- Mas... Caralho, você está um mulherão hein. - Lhe olhei, e ela estava uma gata mesmo.
- Eu? Magina, acho que são os hormônios. - Esboçou um sorriso faceiro. - Ou muito amor.
- Nicole!  - Lhe repreendi mas logo dei uma risada. Nossa conversa foi movida de lágrimas e sorrisos.
- Ué, estou só comentando. - Com aquele sorriso safado, ela tornou a me abraçar.
- Sem vergonha. - Disse em meio ao abraço. - Como eu amo você... Como eu te amo, menina.
 

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Treinando a mamãeOnde histórias criam vida. Descubra agora