13° capitalo

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Não acordei bem naquela manhã de 08 de maio de 2018. Talvez fosse indisposição, afinal rolei na cama a noite inteira, e não consegui pregar os olhos definitivamente. Ou então porque, a Nicole iria embora neste dia. É seria por isso mesmo. Estava desolada, deslocada, amedrontada e muito triste.
Aceitei o fato de não conseguir mais dormir, e então abri os olhos e olhei para o relógio na comoda ao lado da minha cama, e avistei 06:46 da manhã. Levantei. Não conseguir ficar na cama, com aquela agonia apertando o meu coração. E só mesmo tempo, estava confusa, tensa e hesitante ao abrir a porta do meu quarto e avistar o sofá da minha sala, ela estava lá dormindo. Passei por cima do meu orgulho e quando vi, já estava agachada durante dela, naquele sofá.
- É, vou sentir sua falta, petulante mirim.- sussurrei.
Ela mexia o nariz igual o Luan, pelo menos eu conseguia lembrar. Era como se ele escutasse o ruido, e mexesse o nariz para afirmar que fazia parte do seu sonho, ela fez igual. Sorri.
- Sabe Nicole, você me ensinou tanta coisa em 2 semanas, no começo eu fiquei louca, juro que preferia nunca ter te conhecido, mas... Mas. - Pausei, colocando a mão nos lábios após um breve n[o na garganta. Foi a primeira vez que notei aquele sofá muito pequeno para ela, e então resolvi levá-la para cama. A pequena tinha um sono pesado, lhe movi, pondo-a em meus braços e ela permaneceu dormindo como um anjo. Coloquei-a na minha cama, lhe cobri e me retirei do quarto encostando a porta.
Ainda era muito cedo, e a manhã estava um tanto fria. Estava eu, vestida num short de pano mole, e uma camiseta com o tamanho maior do que eu costumo usar. Costumava comprar camisas grandes, para usar em noites frias. Avistei as malas dela prontas, ao lado do sofá, e desviei o olhar caminhando para a cozinha, mas fui surpreendida com a campainha tocando, deram apenas um toque. Segui para abrir, ainda surpresa.
Abri a porta.
- S/n S/sobre nome.
- Lu-Luan?
- Que prazer em revê-la. - Sorriu largo, me deixando aturdida.
Era ele, nossa. A quando tempo eu não via o Luan? Ele continuava lindo, absolutamente lindo. Mas agora, com um tom mais velho. Tinha uma barba á fazer, um cabelo meio bagunçado e os olhos de gato esperto, como sempre. Engoli a seco, o olhando dos pés a cabeça.
- Não vai me convidar para entrar? = Perguntou segurando o óculos escuro. Eu estava tão atordoada, que não cheguei nem a abrir a porta totalmente. Voltei para a realidade, e o convidei para entrar, com o olhar. - Obrigada. - Ele não parava de sorrir suave.
- Oi. - Foi o que eu consegui indagar.
- Oi. - Colocou a mão livre, em meu ombro e então me beijou na bochecha, cumprimentando-me. - Como estás?
- Bem. - Franzi a testa, aquele cheiro dele me dominou. Não sei distinguir, mas... É muito bom aquilo.
- Está bem mesmo?
- Só. Estou. Um pouco. Confusa. - Disse aturdida. Fechei a porta e seguimos pela sala. Ele levou o olhar para o sofá, o viu todo desarrumado com lençóis, cobertores e travesseiro. Fitando também as malas da Nicole ao lado.
- Cade a minha filha?
- Esta dormindo. - estreitei os olhos, ainda lhe olhando sem pestanejar. Não acredito que ele está ali, na minha frente depois de tantos anos. - Lá, no meu quarto.
- Você pode acordá-la?
- Acordar? Por que? - Franzi o cenho, desentendida.
A menina estava dormindo, eram agora 7:00 da manhã, e ele queria que eu acordasse?
- Precisamos ir, S/n - . Falou, infenso. - E precisamos ir agora.
- Está muito cedo.
- Qual a diferença? Você estava louca para se ver livre da Nicole. - Sua expressão ficou Áspera, frio e Áspero. Virei de costas e respirei fundo até virar novamente para ele, e ver que ele estava olhando para o meu bumbum. Corei na hora, e ele disfarçou bem. mas voltou a sorrir.
- Luan eu...
- S/n, sem chance, eu sabia que isso iria acontecer.
Sabia? De que? Ele nem me deixou concluir a frase, como poderia saber de alguma coisa?
-A Nicole vai agora comigo! - disse firme. - Meu motorista está nos esperando lá em baixo.
- E se eu não quiser... Que ela vá? - Hesitei.
- Você não tem o que querer, não em relação a ela. Ela é minha S/n. - Falava firme demais, sua expressão estava brusca agora. - Ela conseguiu te conquistar não é? Ela sempre consegue. Foi para isso que eu deixei ela com você, para que você sentisse o gosto de como é bom, conviver com ela.
- Luan, me deixa...
- Não deixo - Tornou a me interromper. - Hoje passamos o dia aqui no Rio, mas amanhã logo cedo, voltaremos para barcelona. Obrigada por ter cuidado dela essas 2 semanas, e desculpa pelos estragos.
- Luan por favor. - Por um instante eu cheguei a me desesperar, só de imaginar ela longe e mim. - Não, Barcelona não.

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Treinando a mamãeOnde histórias criam vida. Descubra agora