The Red Killer

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Estava chovendo forte, entrei em casa, fechei a porta lentamente podendo ouvir os latidos irritantes do meu cachorro , subi as escadas, um passo de cada vez, arrastando minhas mãos pelo corrimão, atenta a cada som, vi o enfeite de Cristo em uma das janelas, cheguei a sala de estar, a novela estava no último volume, mas tudo que eu ouvia era sua lenta respiração, as batidas do seu coração, ao meu lado, dois vasos caros que ela comprara inutilmente, peguei o maior deles, me aproximei do sofá onde ela estava cochilando, ela ouviu meus passos, acordou confusa, eu sorri para ela, acertei o vaso em seu rosto a fazendo cair do sofá, ela tentava recobrar os sentidos, eu subi até o meu quarto, destruí cada coisa idiota que aquela mulher obrigara meu pai a comprar coloquei somente o necessário em minha mochila. Enquanto descia as escadas pude vê-la com o rosto arranhado, de pé no tapete, a minha espera, olhei para mesinha onde havia dois pratos com bolo, faltava um os garfos, ela levantou o braço com o garfo em suas mãos e tentou me atingir, mas eu segurei seu braço e o empurrei acertando seu pescoço. Ela caiu no tapete, em seu próprio sangue, eu peguei o garfo que ainda estava em suas mãos terminei o que havia começado. Saí de casa, ainda chovia, fiquei sentada no banco da praça sentindo cada gota de chuva, fui até um orelhão e disquei o número da emergência.

- 189 qual a sua emergência?

- Rua Guido Razze 118, chácara jafet, a minha vizinha tentou se matar.

Detetive POV

Viemos o mais rápido possível, mas infelizmente aquela casa passou a ser a cena do crime, entrei com a minha equipe dentro do imóvel, chegamos ao que parecia ser a sala de estar e nos deparamos com o cadáver.

- Senhor, pelo que podemos ver, o suicido foi cometido com um garfo. - O chefe da pericia me informou.

- Não foi suicídio Daniel - Eu disse. - E temos que achar o assassino o mais rápido possível.

- Como você pode ter certeza disso Sr. Stuart? - Minha parceira questionou.

- Porque o vaso quebrado Júlia? Porque o garfo? Geralmente uma pessoa que pretende se matar usaria uma faca, ou uma gravata, ou qualquer coisa, mas um garfo? Não, ela estava tentando se defender, pegou o garfo do prato de sobremesa enquanto o assassino não estava vendo. - Ela me olhou espantada, eu adorava quando ela fazia isso.

- Senhor, achamos marcas de duas mãos no garfo, mãos de pessoas diferentes, e fios de cabelo Ruivos, pegadas desde a porta até aqui na sala e os quartos lá em cima, acho que temos um assassino a solta. - Daniel informou.

Assenti e comecei a andar pela sala, pensando em tudo que poderia ter acontecido, reparando detalhes que não havia reparado antes.

- A assassina entrou em casa, subiu os degraus pegou o vaso e veio até o tapete, pelas marcas no sofá, a nossa vitima deveria estar deitada, provavelmente dormindo, mas para ela ter caído no chão provavelmente acordou assim que a assassina se aproximou, ela quebrou o vaso no rosto da vitima, o que explica os arranhões na face do lado esquerdo, a assassina deixou a vitima no chão e subiu, quando desceu a vitima já tinha o garfo em mãos, o que não adiantou, só facilitou sua morte. - Deduzi.

Recolhemos tudo que poderia nos ser útil, saímos da cena do crime e fomos para delegacia. Todos se acomodaram na sala de reunião, eu me mantive de pé até ter o silêncio de todos.

- Muito bem, Sabemos que ocorreu um homicídio, e que o assassino, é uma mulher, e provavelmente tem menos que 20 anos de idade, pelas pegadas e pelo tamanho das marcas no garfo. - Eu disse.

- Como vamos chamá-la Paul? - Júlia perguntou.

- Ruiva assassina? - Daniel sugeriu.- vermelha?

- Assassina vermelha. - Júlia disse vitoriosa.

- Da para o gasto. - Eu disse tentando me concentrar. - Como podemos encontrar uma ruiva que tenha menos de vinte anos?

- Paul, você está se esquecendo de que a vizinha ligou para a emergência, como ela soube da morte da vitima? - Júlia perguntou.

- Essa é fácil. - Eu disse. - Foi a assassina que ligou e fingiu ser a vizinha.

- É, faz sentido. - Um dos agentes da pericia disse.

- Você me deu uma ideia, vamos interrogar a vizinha, talvez ela nos dê informações sobre a assassina vermelha, mas isso podemos fazer amanhã. - Eu finalmente me sentei na cadeira. - Podem ir.

Todos foram, menos Júlia, ela veio até mim e sentou no meu colo.

- Não acha que é muito novo para ser detetive paul? - Ela me deu um selinho.

- Não, não acho. - Sorri e retribuí o beijo.

- Vamos para minha casa. - Ela disse.

- Não posso, sinto muito. - Voltei a mim e me levantei quase a derrubando.

Nós saímos, eu a deixei em sua casa, ela insistiu mais em querer que eu fosse junto, mas eu neguei e fui embora, eu estava exausto. Cheguei em casa e fui direto para o chuveiro.

quando saí do banho vi em cima da minha cama um bilhete, eu o abri.

"Bom trabalho, espero que me entenda, aquela vadia mereceu cada garfada, mas não era pessoal, não me procure, acredite, você não vai me encontrar, apenas observe de longe meu show, espero que fique vivo para o grand finale."

Lucky GirlOnde histórias criam vida. Descubra agora