Killer POV
Eu abri os olhos, Paul estava sentado ao meu lado, eu estava com uns 7 cobertores e panos quentes, ele tinha vindo me salvar, eu não entendi porque ele foi a primeira pessoa pra quem eu pensei em ligar, mas ele era de alguma forma meu porto seguro.
- Paul. – Eu o chamei.
- Olha quem acordou. – Ele sorriu.
- Me desculpa, seja lá o que for que eu fiz.
- Não me peça desculpa, eu me enganei. – Olhou para o chão.
- Mas porque me mandou Aquelas cartas?
- Que cartas?
Ele me mostrou cartas que eu nunca escrevi, eu peguei um pedaço de papel e uma caneta e escrevi, ele percebeu que não eram nada iguais.
- Como você ficou presa no freezer. – Ele perguntou.
- A mãe do Nick tentou me matar. – Eu disse, por um momento tinha esquecido.
- O que?
- Nada de mais, eu tirei a arma dela, mas aí ela me prendeu no freezer, depois ela abriu a porta e entrou e aí acabamos as duas presas lá.
- Só tinha você lá Emma. – Ele disse.
- Impossivel, nós estávamos presas, a menos que. – Como eu fui burra. – A menos que ela tenha descoberto outra saída.
- Isso é muito estranho. – Ele disse. – Acho que talvez...
- Talvez? – Eu o incentivei.
- Nada, esqueça. – Eu vou ir trabalhar, você fica. – Eu me levantei na hora.
- Nem pensar.
- E como eu vou saber se você não vai estar presa ou matando alguém?
- Eu já te expliquei os meus motivos. – Eu grite, me descontrolando.
- Se precisava de dinheiro era só falar, aquela senhora não te fez nada. – Ele disse.
- Pera, eu não matei aquela mulher, ela já estava morta, eu ia pegar o ônibus e a vi, primeiro achei que ela estava dormindo, ia pegar o dinheiro dela, mas ela estava gelada, chequei a pulsação, e não havia pulsação, aí eu liguei para emergência e saí dalí.
- Bom isso faz sentido. – Ele disse meio envergonhado.
- Eu sei que não acredita em mim, quer saber, eu vou embora, nem sei porque eu te liguei. – eu ia sair, mas ele entrou na minha frente.
- Eu acredito em você é só que eu confiei na pessoa errada e acabei perdendo tudo, então eu tenho dificuldade em confiar no resto das pessoas. – Ele me disse.
- Eu não sou uma assassina. – Eu me sentei na cama, comecei a chorar, sem controle, eu tinha muitas dessas crises.
- Não chora. – Ele pediu se aproximando.
- Eu não tenho ninguém Paul, meu pai esta morto, minha mãe esta morta, eu matei duas pessoas e quase me matei duas vezes, eu não me sinto bem, eu não quero ser uma assassina, mas parece que a morte quer me ver sofrer... – Ele me beijou, me calando, eu me senti da mesma maneira, eu não sabia explicar como uma pessoa podia me fazer tão bem com tão pouco.
- O que eu tenho que fazer para você parar de chorar? – Ele disse, limpando minhas lagrimas. – Ah, já sei, vou te cantar.
- Han?
- Gata seus pais fazem aniversário hoje?
- Não Porque? –perguntei.
- Porque eles estão de parabéns. – Eu soltei um riso.
- Gata se beleza e cocô fossem a mesma coisa, eu diria que você está toda cagada. – Eu fiz uma careta e depois ri alto.
- Grosso!
- Cagada! - Ele me mostrou a língua. - Se o Batman tivesse uma religião, qual seria?
- Não sei, qual?
- Batista. - Eu o encarei, mas não consegui segurar o riso. - Essa foi boa, admita.
- Idiota. - Dei um soco de leve no seu ombro.
- Cagada!
Ele começou a fazer cócegas em mim e eu não parava de rir, minutos depois de desabar de chorar, eu parecia uma garota bipolar, mas eu não me importava, eu estava feliz.
- Vou colocar uma música. – Eu o avisei, ele assentiu e foi se arrumar, assim que liguei o rádio uma música começou a tocar.
“ and all she ever ask me to do is stay awake to see a Picture perfect...”
Detective POV
Eu voltei ao quarto bravo, peguei o rádio e joguei na parede, o quebrando. Ela se assustou.
- Você está brincando comigo! – gritei!
- Eu não estou entendendo o que eu... – Eu não queria ouvi-la, a puxei pelo braço.
- Sai! – A empurrei para fora do apartamento.
Peguei o rádio e o abri, no CD havia um bilhete.
VOCÊ SEMPRE CONFIA NAS PESSOAS ERRADAS E DESCONFIA DAS PESSOAS ERRADAS, BOM TRABALHO PAUL.
- Merda, merda, merda! – Gritei. – Emma, espera!
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Lucky Girl
RomancePaul é um detetive inteligente demais comparado aos outros,ele tinha uma namorada, que foi assassinada por um/ uma serial killer e desde então ele desvenda casos e prende serial killers como forma de compensar o fato de ele não ter conseguido salvar...