Never trust on a Killer

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 Killer POV

Depois de meia hora que ele saiu, eu tentei novamente me levantar, abri o guarda roupa procurando por alguma roupa dele que me servisse, mas me deparei com roupas femininas, coloquei o maior numero que consegui em uma bolsa que também estava e abri a janela. Que ótimo, ele morava em um apartamento, e aquele deveria ser o segundo andar, parecia bem alto para mim, mas subi no parapeito da janela, joguei a bolsa no chão e pulei em seguida, minha perna ardeu tanto que pensei que fosse ficar sem ela, mas me levantei e fui para o primeiro ponto de ônibus que eu vi, me sentei no banco do lado de uma senhora que parecia estar dormindo, ela perecia ter muito dinheiro pelas roupas que ela vestia, isso me fez lembrar que não estava com o dinheiro que havia sacado no banco.

 Detective POV 

- Mas qual é a ligação com o menino e a Madrasta Júlia? – Eu tentava explicar meu ponto sem ninguém desconfiar que eu estive com a assassina vermelha.

- Eu não sei Paul, era para você saber. – Ela retrucou.

- Acontece que não há relação, não há motivo. – Eu disse. – Não foi ela.

- Senhor, encontramos fios de cabelos ruivos  e as mesmas marcas de dedos no cadáver. – Daniel me alertou. 

Havia uma mulher, de aparentemente 74 anos, morta em um ponto de ônibus proximo a minha casa, a mulher aparentava ter dinheiro.

- Talvez ela precisasse de dinheiro. – Júlia disse. Se referindo a Emma.

- Não foi ela. – Continuei falando, não poderia ter sido ela.

Nós voltamos a casa de Emma e verificamos o telefone, nenhum registro de chamada, a blusa dela com o dinheiro do banco ficou em minha casa, então ela realmente devia estar precisando de dinheiro, mas ainda estava faltando algo, e ainda haviam as cartas, porque as cartas? 

Voltei para casa e vi mais uma vez a salvadora no noticiário, será que ela teria matado mesmo aquela senhora, não, ela não faria aquilo, fui para o meu quarto e encontrei mais um bilhete.

“ Fui eu.”

Droga, com certeza ela só estava encenando, me dizendo tudo aquilo para ser convincente, no fundo eu já sabia, não se pode confiar em um assassino.

flashback on

- Amor, houve um assassinato na rua do ginásio,eu vou chegar tarde hoje. 

- Não precisa vir, você não vai gostar do que vai ver. - Alguém falou, utilizando um modulador de voz.

- O que você fez com a minha namorada? - Eu perguntei, tentando manter a calma.

- Fiz ela dormir, ela parecia tão cansada. - Aquela voz me atormentava.

- Você deu sua palavra, você disse que se eu te deixasse fugir você nos deixava em paz. - Eu gritei.

- Nunca confie em um assassino.

o telefone foi desligado.

flashback off

  Killer POV

Desci do ônibus, eu tinha que ir para a escola, eu já havia faltado muito, uma hora alguém iria dar falta, entrei no banheiro da rodoviária e me troquei, passei uma água no rosto e fui para a escola, não ficava tão longe.

Quando cheguei coloquei minha bolsa no armário e entrei atrasada na sala, todos me aplaudiram e eu não fazia ideia do porque.

- Bom classe, hoje nós falaremos sobre a morte. – Meu professor de filosofia começou, era estranho como aquilo me perseguia, eu já havia matado mais de uma vez, mas foi como se eu não tivesse o feito, eu não senti culpa, nem prazer, não senti nada. Será que eu nasci para ser uma assassina? – Sim. – Levei um susto com a resposta do professor. – A morte nos cerca, infelizmente ela faz parte da nossa vida, mas nós não temos que pensar nela, temos que viver, um passo de cada vez.

- O senhor está errado. – Eu disse.

- Estou?

- Sim está. – Eu fiz uma pausa. – A partir do momento em que nascemos, caminhamos para morte.

Lucky GirlOnde histórias criam vida. Descubra agora