Killer POV
Quando eu acordei, estava em um quarto onde nunca havia estado, estava muito frio, as cobertas que me cobriam não estavam fazendo muito efeito, eu estava vestida com uma camisola preta. Comecei a lembrar do ocorrido, minha perna estava enfaixada, mas ainda doía, me levantei bem devagar, mas caí na tentativa de caminhar.
- Estava tentando fugir Emma? – Paul abriu a porta do quarto.
- Por que eu fugiria? – Eu disse tentando me levantar.
- Porque você matou duas pessoas? – Ele disse me ajudando a me deitar na cama outra vez.
- Primeira coisa, como sobreviveu a explosão, não foi o seu colete que explodiu? – Ele me perguntou.
- Foi, aqueles idiotas pegaram o detonador e esqueceram que eu tinha uma arma, eu tirei o colete e atirei na porta para abrir. – Eu expliquei. – E olha eu não matei essas pessoas por querer, eu só fugi porque eu fiquei com medo e...
- Ei, tudo bem, eu sei que a segunda morte foi um acidente, mas a primeira, o que aconteceu?
- Aquela vagabunda matou meu pai, ela ia me matar. – Eu disse.
- Mas sua vizinha disse que ele se enforcou na praça. – Ele se sentou ao meu lado.
- E você acreditou? Meu pai era rico Paul, ela o matou para ter o dinheiro, e ela disse que ia me matar também.
- Como você descobriu isso?
- Eu ouvi ela falando no telefone. – Eu disse e uma lagrima escapou de mim.
- Ela estava falando com quem?
- Eu não faço ideia.
Eu queria chorar, mas a única pessoa que me entendia tinha morrido, a única pessoa que não me julgaria estava a sete palmos do chão.
- Ei, não chora, eu odeio quando as pessoas choram. – Paul disse, limpando meu rosto.
- Porque?
- Porque eu não sei lidar com isso, eu sei prender assassinos, eu sei desvendar casos, mas eu não sei parar a dor, eu não consigo fazer a tristeza passar.
- Isso é triste. – Eu disse olhando nos olhos dele.
Ele se aproximou, sua respiração era lenta, quando nossos lábios se tocaram eu me senti completa, senti que ele era a ultima peça do quebra-cabeça chamado Emma, me senti segura, senti que talvez ainda houvesse salvação para minha solidão, como se o mundo acabasse na porta daquele quarto.
- Me desculpe, eu não devia ter feito isso. – Ele disse, e saiu do quarto.
Detective POV
O que eu estava fazendo? Tudo me dizia que era certo, mas e a Júlia, o que eu diria a ela? Eu não podia magoá-la daquela maneira, eu me joguei em minha cama e fiquei o resto da noite pensando naquilo que Emma tinha me falado, eu precisava da ligação para provar que ela tinha matado em legitima defesa.
Acordei e fui ver como ela estava, acontece que ela não estava, havia um bilhete em cima da cama onde a pouco estava deitada.
“Pensando em mim ?”
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Lucky Girl
Storie d'amorePaul é um detetive inteligente demais comparado aos outros,ele tinha uma namorada, que foi assassinada por um/ uma serial killer e desde então ele desvenda casos e prende serial killers como forma de compensar o fato de ele não ter conseguido salvar...