Not dead!

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 Emma POV

- Mas é claro que eu estou viva! – Eu disse, enquanto ele me abraçava e chorava.

 - O que aconteceu afinal lá? – Ele me perguntou.

- Eu que te pergunto, em que prisão a Júlia está? – Eu perguntei, ele me olhou sem entender.

- Eu não acredito que você deixou ela fugir. – Eu disse.

- Espera um segundo, o que você esta dizendo eu encontrei a Júlia no chão, com uma bala no joelho. – Ele disse.

- Não me diga. -  Eu gritei. – Fui eu que atirei! Ela tentou me matar!

- Como? – Ele perguntou, mas ele já tinha entendido.

- É isso mesmo Paul, a Júlia ta junto com a outra assassina, até chuto dizer que Júlia que mandava nela.

- Não, não pode ser. – Ele se sentou, eu continuava limpando os ferimentos que aquela vadia fez em mim.

- Pode sim Paul, ela te enganou, e faz todo o sentido para mim, nunca tentaram nada contra ela, ela sempre esteve com você, acompanhando suas teorias e dizendo a Zooey o que fazer. – Eu disse.

- Merda. O pior é que ela tinha razão, eu só confio nas pessoas erradas. – Ele disse colocando as mãos no rosto.

 - Ei não é culpa sua, ela te enganou. – Eu tentei o acalmar mas ele me empurrou.

- Não, é minha culpa, eu sempre faço isso, eu fui levar ela no aeroporto, merda, eu levei ela pro aeroporto! – Ele gritava para si mesmo, sem nem mesmo ver que eu tinha caído no chão com o empurrão dele, bem em cima dos cacos de vidro da garrafa de Wisky, eu me levantei com mais um arranhão no braço, tirei o caco e fui tomar um banho, ele nem sequer notou que eu saí, eu me troquei e voltei a onde ele estava.

- Para Paul! – Ele me olhou. – Ficar se xingando não adianta nada, vamos falar de outra coisa. – Eu sorri e peguei as mãos dele, partiu meu coração saber que ele estava tão preocupado comigo. – E o novo chefe da perícia, não me diga que é uma mulher.

- Não é uma mulher. – Ele mudou de preocupado para bravo.

- Quem é ele? – Eu perguntei.

- Um tal de Jus10. – Ele disse e caminhou até o banheiro, o celular dele tocou.

- Celular do Paul, quem fala?

- É o Justin, o chefe da perícia, poderia falar com o Paul.

- Sobre?

- Desculpe, mas você é o que dele?

- Namorada, não começa a se achar pra cima de mim, você é só chefe da perícia, um chefe de cozinha é mais que você.

- Meu deus, estou falando com um cavalo ou com uma mulher? – Ele riu.

- Eu vou desligar, tente ligar quando eu não estiver perto, porque se eu estiver eu vou desligar. – Eu disse.

- Espera, eu só queria perguntar a ele onde mora a parceira dele, aquela que salvou os reféns do Banco e o pessoal do prédio.

-Está falando com ela. – O ouvi respirar fundo.

- Me desculpe, eu só queria te agradecer, por ter salvo a minha irmã, ela me disse que você ficou lá para salvar meu pai, bom, mesmo não tendo conseguido eu fico grato pela tentativa. – Foi minha vez de respirar fundo.

- Me desculpe, mas quando eu cheguei ele já estava...

- Morto. – Ele completou.

- É

- Foi bom falar com você... é...

- Emma.

- foi bom falar com você Emma, apesar de você ser um cavalo ambulante.

- Ah, vai se catar. – Eu desliguei, mas depois eu ri.

- Se divertindo? – Paul perguntou com a toalha amarrada na cintura, escorando o ombro na batente da porta do quarto.

- O que? Eu? Claro que não, é esse idiota da perícia que ligou para você pra saber de mim.

- E o que ele disse? – Paul perguntou.

- Me pediu em casamento, Paul. – Eu disse sendo irônica, revirei os olhos e fui para o meu quarto.

Aquela ligação me fez lembrar de coisas que eu não queria. O engraçado de tudo é que minha madrasta não disse nada, ela não perguntou o porque, se ela não fosse culpada ela falaria algo, mas não, ela pegou o garfo para me acertar, depois ela ia falar que eu me matei, como fez com meu pai. Lembrei da imagem do pai de Justin, se derretendo na minha frente, eu fechei os olhos, para não deixar lagrimas escaparem.

 Júlia POV

 - Cuida dela pra mim? – Eu me afastei negando com a cabeça.

- Não. – ri. – Você não quer que eu banque a baba garotinha que roubou meu homem.

- Eu sinto muito pelo que aconteceu entre nós Júlia, mas aí está a questão, não houve um nós nunca. – Ele disse, me deixando completamente enfurecida, mas não demonstrei, tive uma ideia. – Eu sempre te falei, mas você não entendia.

- Você é um idiota. – Eu o xinguei virando as costas.

- Se você se importa comigo, por favor, fique e cuide dela.

- Como você consegue tudo só sorrindo seu canalha. – Dei um soco nele e voltei para onde Emma estava.

- Parece que dessa vez vamos ser só nós duas. – Eu disse.

-Não acredito que o Paul mandou você ficar, que droga. – Ela disse.

- Se importa de buscar um refirgerante? – Eu pedi a ela sorrindo.

- Me importo, mas você me deu uma ideia, vou pegar refrigerante, só para mim. – Ela sorriu e saiu, perfeito.

Quando ela voltou eu apontei a arma para ela, ela levantou as mãos uma delas estava com um copo de refrigerante, ela o jogou em mim e chutou meu pulso, me fazendo derrubar a arma, ela me deu um soco no rosto, tirando sangue do meu nariz, eu a derrubei no chão e tirei uma faca do meu bolso, fiz um belo corte em sua perna, e em seu braço, recuperei minha arma e coloquei em sua testa, peguei meu modulador de voz, o celular dela e liguei para Paul.

- Emma, eu já estou indo, já acabei por aqui então...- Eu o interrompi.

-  Você sempre confia nas pessoas erradas Paul. – Ouvi seus passos, sorri só de imaginar como ele estava.

– Você achou que aquela policial fosse me segurar? – Disse para incriminar Zooey.

- Zooey se você fez algo com a Emma eu vou te matar. – Ele gritou.

- Ah, sinto muito Paul, mas vou ter desligar. – Nesse momento Emma puxou a arma da minha mão e disparou, ela correu para fora da delegacia, tudo teria dado certo, mas agora eu teria que sumir por um tempo, fingi estar acordando quando ele chegou, chorei feito uma condenada, o que funcionou perfeitamente, ele mesmo me levou até o aeroporto e eu peguei meu avião para Nova York, tranquilamente.

Deixei um bilhete no bolso do paletó dele, ele vai adorar ler.

Lucky GirlOnde histórias criam vida. Descubra agora