Killer POV
Eu o ouvi gritar meu nome, mas eu fingi não escutar, desci as escadas correndo em meio as minhas lagrimas, eu nunca mais queria ouvir seu nome, nunca mais.
Ele estava conseguindo me alcançar, vi um carro preto parado em frente ao prédio e não pensei duas vezes.
- Senhora, por favor me tire daqui, é uma emergência. – Ela assentiu e eu entrei no carro, ela saiu cantando pneu enquanto eu vi Paul, gritando que tinha errado, porque ele ficou tão irado com uma música, aquilo só tinha sido uma desculpa para mostrar que para ele eu era uma assassina.
- Eu vou parar no meu trabalho e... Ah meu deus. – Vi a mulher apontar para o edifício onde ela trabalhava, e estava em chamas.
- Alguém deve estar brincando comigo. – Eu gritei saindo do carro. – Tem alguém lá?
- Sabe que dia é hoje. 12 de outubro, todos os funcionários devem estar com os filhos lá. – Ela gritou.
Eu desci do carro e corri até os bombeiros.
- Já tem uma equipe lá dentro? – Eu perguntei a um deles.
- Desculpe garota, mas não há como entrar todas as possíveis entradas estão cobertas de fogo, assim que nós conseguirmos apagar, nós entraremos.
- Já falei que vocês são uns bostas? – Perguntei. – Arranjem aquele negócio que parece um pula-pula, que usam quando alguém vai pular de um prédio.
Antes que ele pudesse discutir eu tirei minha blusa e molhei na mangueira que eles estavam usando para tentar apagar o fogo, eu a vesti molhada e entrei no prédio, subi as escadas de emergência de dois em dois degraus, e cheguei ao andar de cima. Todos os pais e crianças estavam deitados no chão, para conseguir respirar melhor.
- Aqui tem banheiro? – Eu perguntei para um dos rapazes. – Ótimo, vão até lá e molhem todas as suas roupas, e desçam pelas escadas de emergência tapando a respiração, esqueçam o fogo, só passem.
Eles me obedeceram, e quando todos estavam descendo uma criança parou.
- Vai garota. – Eu disse.
- Eu não vou sem meu pai, ele está lá em cima. – Ela começou a chorar, eu a peguei no colo. – Desça, eu prometo que busco seu pai e o levo comigo está bem? - Concordou e eu a levei até porta.
- O que eu estou fazendo! – Pensei alto e voltei para o fogo, subi mais um andar, onde a menina disse que seu pai estava, e ele estava lá, ou pelo menos o corpo dele estava, aquilo foi a pior imagem que eu já havia visto na minha vida, ele estava em chamas, derretendo. Senti vontade de gritar, mas não o fiz, voltei para baixo, mas um pedaço grande de madeira caiu barrando a escada de emergência, eu ia ter que fazer uma loucura, eu não desistiria tão fácil, “hoje não!” eu disse a mim mesma, fui até um extremo da sala, corri o mais rápido que pude e pulei quebrando o vidro da janela.
Detective POV
Eu voltei para o apartamento, tomei uma lata de coca-cola e liguei a televisão.
- Nós nos encontramos aqui, na rua Francisco Machado, onde um prédio está em chamas, graças a deus a maioria dos funcionários e seus filhos saíram vivos, graças a garota ruiva misteriosa que a pouco salvou um banco. – Jornalista disse. – Estamos esperando que ela saia de lá viva.
O que ela tinha na cabeça! Peguei meu carro e fui até lá, eu fiquei gritando com os bombeiros, eles me seguravam, eu só parei de discutir quando a vi pulando do prédio em chamas fui até ela, que estava cercada de jornalistas e bombeiros.
- Obrigada por colocarem esse negócio que parece um pula-pula. – Ela disse aos bombeiros.
- Como você sabia que havíamos colocado? – Um deles perguntou.
- Eu não sabia.
- Como se sente, sabendo que salvou o dia, mais uma vez? – A jornalista perguntou a ela.
- Eu me sinto morta de cansada. – Todos riram.
- O que você gostaria de ter como agradecimento?
- Quero trabalhar para a polícia.
Eu corri até ela e a puxei para perto.
- Muito bem acabou o interrogatório. – Eu disse.
- Me solta! – Ela disse.
- Não queria ser policial, então vem. – Eu a coloquei no carro.
Writer of the letters (escritor(a) das cartas) POV
Aquela garota começou a me irritar, mas olhando pelo lado bom, Paul estava em minhas mãos, ele ficava louco com as cartas que eu estava escrevendo, por hora isso bastava, eu só precisaria tomar mais cuidado, porque agora aquela criança ia trabalhar na polícia, e ela parecia mais inteligente que os demais, mas eu ainda ia matá-la, eu sou a verdadeira serial killer, eu sou o coringa.
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Lucky Girl
RomancePaul é um detetive inteligente demais comparado aos outros,ele tinha uma namorada, que foi assassinada por um/ uma serial killer e desde então ele desvenda casos e prende serial killers como forma de compensar o fato de ele não ter conseguido salvar...