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Nota: Hellowww!

Espero que gostem do capítulo.  no inicio tem uma pártezinha dos inimigos que infelizmente não posso deixar de fora. 

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Na cabana do Senhor X.

Na profundeza do bosque, Senhor O lentamente se sentou na cama, aliviando-se ao ficar na vertical, acariciou suas úmidas bochechas.

Ômega o havia deixado somente há uma hora, e o corpo do Senhor O vazava ainda por vários lugares, feridas e outras maneiras.

Não se sentia muito seguro enquanto se movia, mas tinha que sair daquele infernal dormitório. Quando tentou ficar de pé sua visão deu voltas grosseiramente, então se sentou.

Através da pequena janela do quarto, viu quebrar a alvorada, o estilhaçado brilho quente por entre os ramos de pinheiros. Não tinha esperado que o castigo durasse um dia inteiro. E tinha certeza de que não faria muitas perguntas.

Ômega o havia tomado por lugares que ele mesmo não sabia que os tinha. Lugares de medo e autoaborrecimento.

De absoluta humilhação e degradação. E agora, como seqüela, sentia-se como se não tivesse pele, como se ele estivesse totalmente aberto e exposto, uma crua laceração que somente respirava. A porta se abriu.

Os ombros do Senhor X encheram a soleira.

— Como estamos passando?

O Senhor O cobriu a si mesmo com uma manta e em seguida abriu sua boca. Nada saiu dela. Tossiu algumas vezes.

— Eu..... o fiz.

— Esperava que o fizesse. P

ara o Senhor O, era difícil ver o homem vestido de forma normal, segurando uma a prancheta, vendo-se como se estivesse pronto para um dia de trabalho produtivo. Comparado como o Senhor O tinha passado nas últimas vinte e quatro horas, a normalidade parecia falsa e vagamente ameaçadora.

O Senhor X sorriu um pouco.

— Então, você e eu vamos fazer um acordo. Chegue até o limite e fique ali, e isto não ocorrerá de novo.

O Senhor O estava muito exausto para discutir. A briga com ele chegaria depois, soube que o faria, mas agora mesmo tudo o que queria era sabão e água quente. E algum tempo para ficar sozinho.

— O que me diz? — Perguntou o Senhor X.

— Sim, sansei. – O Senhor O não se importava com o que tivesse que fazer com o que tivesse que dizer.

Só queria escapar da cama... do quarto... da cabana.

— Há algumas roupas no armário. Você está bem para dirigir?

— Sim. Sim... estou bem.

O Senhor O imaginou a ducha de sua casa, o azulejo creme e os rejuntes brancos. Limpo. Muito limpo. E ele estaria, também, quando saísse de lá.

— Quero que me faça um favor, Senhor O. Quando voltar para seu trabalho, se recorde de tudo o que passou. Mantenha-o, conserve-o fresco em sua mente, e tire suas lições. Posso estar irritado por sua iniciativa, mas lhe desprezaria se ficasse suave comigo. Nos entendemo?

— Sim, sansei.

O Senhor X se virou, mas depois olhou por cima de seu ombro.

— Acredito saber por que Omega lhe deixou sobreviver. Quando saiu, ele estava absolutamente cheio de elogios. Sei que gostaria de vê-lo outra vez. Direi-lhe que você se alegrará com suas visitas?

O Amante eternoOnde histórias criam vida. Descubra agora