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Nota: Olarrr!

Me desculpem a demora, estava sem tempo de postar! mais ai vai.

Espero que gostem <3

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Rafael se materializou no pátio entre o Pit e a mansão.

Mansão. Não podia explicar exatamente a sensação que tinha sob a pele, mas era uma espécie de zumbido de baixo nível em seus músculos e ossos, como a vibração de um garfo que se modela. Ele tinha certeza que nunca havia sentido este zumbido antes. E isto tinha começado no momento em que sua boca havia tocado a de Bella.

Desde que cada coisa nova e diferente em seu corpo era má, ele imediatamente se distanciou dela, e não estar perto da mulher parecia ajudar. O problema era que agora que o sentimento se apagava, a

necessidade de liberação de seu corpo lhe puxava. Não era justo!

Depois que a besta saísse geralmente ele conseguia ao menos alguns dias livres.

Olhou seu relógio.

Mas que inferno, queria sair para caçar alguns lessers, encaixar um ou dois, mas desde que Tohr havia assumido o comando da Irmandade, novas regras haviam sido apresentadas.

Depois da mudança, Rafael, como se supunha, refrescava seus motores durante alguns dias até que estava de retorno a todo vapor.

Com a morte de Darius no verão passado, os irmãos se reduziram a seis, e logo Vlad havia subido ao trono, então haviam restado somente cinco.

A raça não podia permitir-se perder outro guerreiro.

O forçado descanso e o relaxamento tinham sentido, mas ele odiava que lhe dissessem o que tinha que fazer. E ele não podia suportar não estar lá fora no campo, especialmente quando precisava

tirar proveito de alguns.

Pegando um molho de chaves de seu casaco, aproximou-se de seu GTO superalimentado. O carro despertou com um rugido e um minuto e meio mais tarde estava em campo aberto.

Não sabia que direção havia tomado. Não se preocupava.

Bella. Aquele beijo.

Deus, sua boca tinha sido incrivelmente doce quando tremeu sob a sua, tão doce que tinha querido separar seus lábios com a língua e colocá-la dentro. Deslizando-a e retraindo-a e voltar outra vez a

degustá-la. E depois fazer o mesmo com seu corpo, entre suas pernas.

Exceto que tinha tido que parar. O que fora aquele zumbido, foi como um aviso, o que era perigoso. Amaldita reação não tinha sentido, pensou. Bella o acalmava, trazia-lhe tranqüilidade. Certo, ele a queria, e isso lhe enviava um aviso, mas não deveria ser suficiente para colocá- lo em perigo.

Ah, infernos. Talvez tivesse interpretado mal a resposta.

Talvez aquela corrente tivesse sido a atração sexual de um tipo mais profundo à que ele estava acostumado a ter..., o que era nada mais que o impulso de gozar para que a probabilidade de que a maldição de seu corpo aparecesse fosse menor.

Pensou nas mulheres que havia tido. Havia um número incontável delas, todos os corpos anônimos nos quais havia gozado, nenhuma outra fonte de prazer verdadeiro para ele. As havia tocado e beijado só porque a menos que se satisfizessem também, sentia-se como se as tivesse usado.

Merda, sentia-se como um usuário em qualquer caso. Era um usuário.

Embora tivesse sido golpeado pelo zumbido ao beijar Bella, ele ainda a teria deixado abandonada naquele estacionamento.

Com sua voz encantadora, seus olhos de guerreiro e sua boca trêmula, Bella não podia ser somente outra trepada. Tomá-la, mesmo que estivesse disposta, parecia a violação de algo puro. Algo melhor do que ele era.

Seu telefone celular soou e o pegou de seu bolso. Quando verificou o identificador de chamadas, amaldiçoou, mas atendeu de qualquer maneira.

— Oi, Tohr! Ia ligar para você.

— Só vi seu carro ali fora. Encontrou a mulher humana?

— Já, está feito.

— Isto foi rápido. Ela deve ter te tratado bem.

Rafael apertou os dentes. Por uma vez não tinha nenhuma resposta rápida.

— Falei com ela sobre o rapaz. Não temos nenhum problema. Ela gosta dele, sente-se mal por ele, mas se ele desaparecesse, ela não causaria nenhum problema. O conheceu recentemente.

— Bom trabalho, Hollywood. Para onde você está se dirigindo agora?

— Só dirijo.

O tom de voz de Tohr se abrandou.

—Você odeia não poder lutar, não é verdade?

— E você não se sentiria assim?

— Certamente, mas não se preocupe, amanhã de noite virá logo e você poderá voltar para a ação. Enquanto isso, poderia trabalhar um pouco seus casos no One Eye. — Tohr riu em silêncio. — A

propósito, inteirei-me sobre o que fez à duas irmãs algumas noites, uma depois da outra. Homem, é assombroso, sabe disso não é?

— Sim, Tohr. Posso te pedir um favor?

— Qualquer coisa, meu Irmão.

— Poderia não...me falar sobre as mulheres? — Rafael suspirou. — A verdade é que odeio, de verdade, o que faço.

Ele pensou em parar ali, mas de repente as palavras saíam e não podia calar-se.

— Odeio o anonimato disso, odeio a forma em que o peito dói depois. Odeio os aromas sobre meu corpo e em meu cabelo quando chego em casa. Mas sobre tudo, odeio o fato de que vou ter que voltar a fazê-lo outra vez por que se não o fizer, poderia chegar a fazer mal a algum de vocês ou a algum inocente. — Ele exalou o ar pela boca.— E aquelas duas irmãs lhe impressionam tanto?

Olhe, esse é o caso. Só recolho às que não se importam nem um pouco com os quem estão,

por que o contrário não é justo. Essas duas garotas do bar comprovaram meu relógio, meu cilindro e calcularam que era um maldito troféu. Transar foi algo tão íntimo como o é um acidente de

trânsito E esta noite? Você chegará na casa com Wellsie. Eu irei para casa sozinho. Assim como ontem. Assim como eu fiz antes de ontem. Sair com vadias não é diversão para mim e isto está me matando durante anos, por isso por favor o deixa descansar, ok?

Houve um longo silêncio.

— Jesus...eu sinto muito. Eu não sabia. Não tinha nem idéia...

— Sim, ah... — Ele realmente tinha que parar essa conversa. — Olhe, tenho que ir. Tenho que...ir. Mais tarde.

— Não, espere, Rafael.

Rafael desligou seu telefone e o jogou ao longo da estrada. Quando olhou ao seu redor, compreendeu que estava mo meio de nenhuma parte, com nada mais que o bosque como companhia. Deixou sua cabeça sobre o volante.

As imagens de Bella voltaram. E compreendeu que havia se esquecido de se apagar da memória dela.

Descuidado? Sim, bem.

Não a tinha limpado por que no fundo queria vê-la outra vez. E queria que se lembrasse dele.

Oh, homem...Isto não era bom.

Tudo a seu redor.

O Amante eternoOnde histórias criam vida. Descubra agora