11. Admitindo?

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Julian

Quando achei que teria de ser o primeiro a puxar a fila e responder o questionamento do Durm o Toni foi o primeiro a se manifestar.

— Precisamos nos livrar das provas do crime e de cerveja. — disse pensativo e o seguimos até a cozinha deserta, pois as fujonas deveriam estar na casa do Erik se não estivessem atravessando a cidade de Munique numa escapada desesperada.

A carinha de assustada de Lila seria um motivo para rir toda a vez em que pensasse na cena da cebola com um feitiço que dera errado, pois de minha parte eu já tinha a total certeza do que queria.

Reus fotografou as provas com o celular dele antes que o Kroos as queimasse dentro da pia. E Lars foi até a geladeira para apanhar as cervejas artesanais indicadas a jogadores de futebol pelas restrições de dieta.

— Vocês irão me deixar no vácuo das reflexões do certo a se fazer? — Erik cobrou observando Toni atirar as cinzas daquilo na lixeira.

E todos nós nos sentamos ao redor do balcão com as garrafas em mãos. E estas foram abertas ao mesmo tempo.

— Um brinde as Santanas e ao porquinho que deveria trabalhar no FBI. — Kroos tossiu nos fazendo rir.

Concordava que o suíno poderia ser contratado pela polícia, pois inteligência o suficiente para isso o rosado possuía. E o próprio seguiu trotando pelo cômodo agora em companhia dos cachorros como se fosse um chefe de gangue no meio deles.

— A primeira vez que a vi foi na entrevista. A achei linda. Não irei mentir, mas a princípio ela era apenas uma moça que estava cuidando dos meus filhos em fase de teste. Só que as poucos foi se mostrando uma alfa dentro desta casa e numa ocasião a flagrei abaixada na tarefa de guardar os brinquedos das crianças e juro que me controlei... — fez uma pausa e bebericou sua cerveja.

— Me controlei para não agir de modo imprudente em estapeá-la no traseiro como se me pertencesse, mas eu usei de toda a minha decência em me virar e sair. E também teve aquele lance no armário do hotel em Mônaco. Sofri para me controlar com o fato de que Dandara Santana me excita, mas está na hora de assumir que não é apenas fogo o que eu sinto perto dela. A personalidade, a bondade, a lealdade e o beijo dela mexem demais comigo. E eu não quero me casar com ela apenas por causa de uma mãe substituta aos meus filhos. Eu estou apaixonado por aquela teimosa. — Toni confessou do jeito dele o que sentia e respirou mal disfarçando o seu alívio em admitir o óbvio.

— Doeu reconhecer isso? — Erik riu. — Mais alguém quer aceitar que é viciado em Santanas?O primeiro passo para uma cura é a admissão. — emendou tossindo.

— Eu admito que no começo apenas queria sair com a Lila por um capricho,pois o beijo doce dela não era igual ao de nenhuma outra. Só que naquele fim de semana fui conhecendo a personalidade dela e percebi que estava diante de uma mulher e não de uma menina. É alguém divertida, maluca, amorosa e a dama certa para se pensar em ter um relacionamento sério. Não acho que mereça menos que isso e quero ser o homem a dar tudo a ela. Sim. Eu estou apaixonado como nunca realmente estive. Alguém poderia considerar isso uma tolice vinda de um ''moleque, ''mas se for para passar por bobo por causa dela. Sei que isso valerá à pena. — falei de tudo o que o meu coração andava guardando em tão poucos dias.

E me senti tão aliviado quanto o Kroos em confessar que lutaria para tê-la.

— Brandt, eu tenho de lhe dar um crédito. Seja firme no que deseja. Mais alguém tem algo a confessar ou irá se calar para sempre? — Erik estava se divertindo conosco.

— Isso é pior do que levar um sermão após uma partida ruim. — Lars resmungou.

— Ao menos após a bronca a sensação pelo menos passa. E em meu caso a minha sensação de raiva mal contida segue aqui. — Reus fez uma pausa e deu uma boa golada em sua cerveja. — Vi aquela diabinha falando mal de mim com uma das minhas irmãs e usei isso para pegar bronca dela e anular a minha vontade de grudá-la na parede e cobri-la de beijos desde o primeiro dia em que a vi entrar pela porta da minha casa. A Morena não é o tipo de garota que se impressiona com dinheiro ou fama e ela nunca me deu a mínima desde o começo. Por isso impliquei tanto, mas a cada alfinetada ela ia ganhando ainda mais a minha atenção e também observei como toda a casa foi conquistada pelos atos dela. — mais uma pausa para cerveja. — E eu tentei tirar esse desejo por ela de uma vez por todas, mas quando a minha avó passou mal e tive o aperto da mão daquela doida junto a minha, eu soube que a encrenca tinha outro nome e os beijos que trocamos apenas confirmaram isso. Ok. Eu estou loucamente apaixonado por alguém sem qualquer senso de discrição que torra e muito a minha paciência. — finalizou se rendendo e riu dando de ombros.

Queridas IndiscretasOnde histórias criam vida. Descubra agora