Há névoa em quase tudo

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Eu torci pelos pretos
Torci.
Por tudo o mais
Tudo o que passou
Tudo o que ainda há.

Sonhei rosas, azuis
Céus amarelos
Acordei dias cinzentos.

Havia névoa por toda parte
E ainda há em grande parte
Não em tudo, porém.

Vislumbrei montanhas, tremores, mudanças
Fugi numa manhã de recomeços
Voltei,
Desisti, sem saber
E sonhei.

Agora eu sei
Exatamente, sem querer saber,
Seus olhos
Castanhos de abraços fortes
E quase beijos que nunca terei.

Seus olhos sob a névoa cinzentaOnde histórias criam vida. Descubra agora