Marvel Imagines [por: Star Sapphire]

The Gun Dealer - I (Frank Castle)

Notas da tia:

1) Essa obra é uma fanfiction, e como direito do gênero, pode divergir do canon e ignorar alguns detalhes das obras originais - se for necessário - para que o texto faça sentido.

2) Usuários que tecerem comentários que eu considere ofensivos, seja com relação a mim, ou às minhas obras, serão bloqueados.

3) Personagem original: Fox

Face claim: Karen Gillan

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"THE GUN DEALER"

Eu já estava esperando o dia em que ele iria aparecer. Mais cedo ou mais tarde ele sempre acabava aparecendo... a Morte tinha um parceiro leal. E esse parceiro era, ninguém mais, ninguém menos, que Frank Castle.

A porta da minha casa foi arrombada com um chute. Não adiantou eu ter me isolado no alto de uma montanha, em uma cabana no meio da floresta. Quando Frank Castle queria encontrar alguém, ele encontrava. Afinal, quem se esconde da Morte?

Continuei sentada no sofá de dois lugares, de veludo vermelho, que ocupava metade da minha sala. Continuei tentando manter a calma, bebendo meu chá, enquanto ouvia os seus passos ecoarem pelo assoalho de madeira. Quando seus pés atingiram o limite do tapete e o som de seus passos ficaram abafados, eu juntei toda a minha coragem restante para fitá-lo.

O olhar dele, antes de um cão assassino com sede de sangue, se desfez em um de clara confusão. Seu cenho franzido, corpo rígido. Ele estava tenso, ou eu estava vendo coisas?

"Então você é a Fox?"

A voz dele fazia lembrar o retumbar de um trovão. Jamais ouvira uma voz tão rouca e profunda antes...

Confesso que era excitante ouvi-lo.

"Sim, sou eu.", respondi, passando brevemente a língua sobre o meu lábio inferior. "Como eu posso ajudá-lo?"

Frank pareceu desconfortável, trocando o peso de seu corpo de uma perna para a outra.

"Eu estava esperando um homem."

Eu ri baixinho, cruzando as pernas devagar para provocá-lo. "Preferia que fosse um homem?"

Ele ficou em silêncio, fitando-me com aqueles seus intensos olhos castanhos.

"O que foi? É contra as regras do grande e malvado Justiceiro matar mulheres? Ou apenas mulheres inglesas?"

Ele não respondeu. Ao invés disso, guardou o seu revólver no coldre.

"Aceita um chá?", perguntei, tentando manter a frieza... tentando manipulá-lo, talvez até mesmo seduzi-lo, para me deixar em paz.

Ele balançou a cabeça negativamente. "Por que uma mulher como você, que poderia ter o que bem entendesse, resolveu ser traficante de drogas?"

A pergunta dele me pegou de surpresa.

"Drogas? Eu não trafico drogas.", respondi, largando o meu copo sobre a mesinha de centro.

Castle bufou. "Recomendo não mentir para mim, garota."

"Eu não estou mentindo. Eu odeio mentiras.", retruquei. "Eu trafico armas. E faço isso porque rende um ótimo dinheiro. Mas eu nunca me envolvi com drogas."

"Que tipo de armas?"

"Qualquer uma que se pode esconder em uma bolsa.", eu disse, piscando para ele. "Quer ver alguma? Eu tenho excelentes 9 mm..."

"9 mm? Beretta?"

"Também..."

"Por acaso foi você quem matou aquelas jovens em Hell's Kitchen?"

"Eu nunca tirei a vida de ninguém... ao contrário de você, não é mesmo, querido?", eu fiquei de pé e caminhei, lentamente até ele.

"Por que você escolheu essa vida? Poderia ter tudo o que quisesse com tamanho charme...", acrescentei, tocando o seu peito. Era tão firme... tão forte. Eu estava na frente de um leão, agindo como se não passasse de um filhotinho de gato.

"Essa vida me escolheu.", ele respondeu, segurando o meu punho, me impedindo de tocá-lo. "Fique longe de problemas, Fox. Ou eu vou ser obrigado a voltar..."

"Escolheu o argumento errado, Castle.", eu sussurrei ao pé de seu ouvido. "Estou muito tentada a me meter em todo o tipo de problemas agora.", completei, mordiscando a sua orelha delicadamente.

Senti a mão livre dele pousar em minha cintura, por baixo de minha blusa. O leve contato pele na pele me fez arrepiar. Eu queria mais, por mais errado que aquele sentimento parecesse ser.

Como que se voltasse a si, Frank Castle recuou dois passos, soltando o meu punho. Ele me olhou de uma maneira enigmática, até que resolveu ir embora - sem olhar pra trás.

Eu havia seduzido o parceiro da Morte. E eu nunca tinha me sentido assim... tão viva.