Love in the cell (Loki)

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Um mal humorado guarda de Asgard carregou-me pelos corredores do palácio até o trono de Odin, forçando-me a ficar de joelhos diante dos pés do Pai de Todos.

Olhei para ele com raiva. Odiava aquele velho, mas não tanto quanto aquele seu filho arrogante.

"A mais procurada de Asgard...", ele disse, em um tom de voz retumbante como um trovão.

"Ela foi pega em flagrante tentando roubar o Tesseract.", o guarda o informou.

"O Tesseract?", repetiu Odin incrédulo. "Depois de tentar roubar o Éter das mãos de Taneleer Tivan, O Colecionador; tentar matar meu filho, Thor; tornar-se membro dos Ravagers e quase destruir Xandar...", ele fez uma pausa. "O que pretendia fazer com tanto poder?"

Eu sorri maquiavelicamente. "Tentar dominar o Universo, quem sabe?"

"Você confessa os seus crimes, Lady S/N?", Odin indagou, acomodando-se em seu trono.

"Já viu uma obra de arte sem assinatura, Odin Borson?", retruquei.

Ele ergueu seu Gungnir e bateu três vezes contra o solo, decretando a minha prisão: doze anos em uma cela, sem o direito de sair nem para ver o sol.

O mesmo guarda insuportável me ergueu pelos braços e me puxou pelas algemas até o corredor da cadeia. Todas as celas ocupadas, às vezes, com até oito pessoas juntas. Então, ao fim, uma cela distante de todas as outras continha um único prisioneiro.

"Eu exijo uma cela vazia, ou que me coloquem na prisão feminina!", exclamei.

O guarda olhou para mim e sorriu. "Você não tem direito a reclamar de nada."

Abrindo a porta de vidro da cela, ele me empurrou violentamente para dentro e voltou a trancá-la. As algemas, como num passe de mágica, sumiram dos meus punhos.

"Para a sua informação, a prisão feminina está super lotada... e tem dezenas de mulheres loucas para matá-la.", ele disse, antes de me dar as costas. "Considere isso um favor."

"Filho da...", engoli o palavrão, dando socos no vidro.

"Se o seu plano é quebrá-lo... desista.", uma voz masculina soou atrás de mim. "É reforçado com a magia de minha adorável mãe."

As palavras dele eram carregadas de ironia, eu podia perceber. Virei-me em direção ao homem e só então percebi quem ele era:

"Loki..."

"Vejo que me conhece.", ele sorriu. "Ótimo, isso dispensa apresentações, não é mesmo, Lady S/N?"

"Como sabe o meu nome?"

"Você ficou famosa.", ele apontou para mim. "Como é que eles dizem? Ah, é... 'a mais procurada de Asgard'. Intrigante."

"Só para deixar claro: cada um no seu canto. Se você der mais um passo em minha direção, eu corto a sua garganta.", ameacei. "Fui clara?"

"Cortar a minha garganta? Como tentou com Thor?"

"Não. Com Thor eu errei... com você...", eu sorri. "Vou ser certeira."

"Por que deseja ser a minha inimiga, quando podemos... ter alguma diversão juntos?"

"Não ouse."

Ele meneou a cabeça e riu baixinho. "Eu não estava falando de 'diversão' naquele sentido, apesar de que a ideia não me pareça nada ruim."

Como ele se atrevia...?!

"Eu estava tentando dizer que poderíamos... trabalhar juntos.", Loki esclareceu.

"Eu trabalho melhor sozinha."

"Qual é!", ele bateu as palmas das mãos. "Você é hábil com as facas, eu tenho a magia. Se unirmos nossas forças, poderíamos conquistar o que quiséssemos."

"Depois você me descartaria? Não, obrigada."

"Por que tão desconfiada?", ele perguntou em um tom brincalhão.

"Namorei um ex-Ravager, Peter Quill... ele não era de manter palavra."

Loki ergueu uma sobrancelha. "Um Ravager?"

"Ex-Ravager.", corrigi.

Ele bufou. "Achei que possuísse um gosto mais refinado."

"Bem, o que eu posso dizer? Tenho uma quedinha por caras maus."

"Não diga?", Loki provocou, encurralando-me contra o vidro da cela.

"Eu disse que eu lhe mataria se você se aproximasse de mim.", eu o relembrei. "Os guardas asgardianos são piores que os de Midgard. Eles nem sequer me revistaram. Está a fim de provar o gosto do seu próprio sangue?"

"Você não vai ter tempo de puxar essa faca.", ele retrucou.

"Teste-me."

Deslizei a minha mão para dentro do cano de minha bota, tentando sacar a minha adaga, porém Loki segurou os meus punhos antes, mantendo-os pressionados contra a cela.

"O que eu disse?", ele provocou, mantendo os seus brilhantes olhos verdes fixos na minha boca.

"Afaste-se, Loki."

"Ou o quê?"

O meu silêncio foi um deleite para o Deus das Trapaças.

"Devo confessar... fiquei muito interessado na mulher que quase matou o meu irmão. E agora que a tenho diante de mim... não planejo deixá-la ir."

E com determinação ele beijou os meus lábios.

Loki soltou um dos meus punhos e agarrou a minha cintura, aproximando-me de si. Eu podia sentir o frio do seu corpo irradiando para o meu... uma característica que o entregava: ele era mesmo filho de Laufey, um Jotünn.

"Seu corpo é tão quente...", ele sussurrou, passando seu polegar sobre os meus lábios - inchados dos seus beijos.

Ele sorriu ao ver os arrepios que percorriam os meus braços. Com um olhar predador, ele retirou o meu colete... depois a minha camiseta, expondo o meu sutiã.

Loki beijou o vale entre meus seios e eu não pude evitar de me contorcer sob os seus toques.

"Linda...", ele sussurrou, usando de seus truques para nos ocultar dos olhares dos detentos.

Então eu estava entregue... dominada pelos seus feitiços que, eu sabia, nada tinham a ver com magia. Apenas com o seu dom natural de encantar quem desejasse.

Não pretendia viver doze anos naquela cela, mas não reclamaria de tê-lo por perto...

***

>>Epílogo<<

Quatro meses depois...

Asgard foi invadida pelas tropas de Thanos: era a nossa chance de escapar.

O vidro da cela foi quebrado, quando Thor enfrentava em torno de vinte soldados ao mesmo tempo. Um dos relâmpagos disparados pelo seu Mjölnir o fez rachar. Aproveitando a situação, Loki utilizou-se de magia para nos teleportar para o lado de fora. Então, em meio ao caos, tomamos uma nave dos invasores e escapamos por um caminho cujo Loki - e apenas ele - tinha conhecimento.

Através de um portal, chegamos a Midgard. O calor do sol era muito bem-vindo depois de tantos dias sem poder vê-lo ou senti-lo.

Olhei para Loki e então eu soube: nada poderia nos parar. O Universo estaria sob o nosso domínio.

~~~*~~~*~~~

Notas da tia:

1) Essa obra é uma fanfiction, e como direito do gênero, pode divergir do canon e ignorar alguns detalhes das obras originais - se for necessário - para que o texto faça sentido.

2) Usuários que tecerem comentários que eu considere ofensivos, seja com relação a mim, ou às minhas obras, serão bloqueados.

3) Declaro que a personagem protagonista dessa obra interativa é maior de idade.

Marvel Imagines [por: Star Sapphire]Onde histórias criam vida. Descubra agora