Finally Free (Bucky Barnes)

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Notas da tia:

1) Essa obra é uma fanfiction, e como direito do gênero, pode divergir do canon e ignorar alguns detalhes das obras originais - se for necessário - para que o texto faça sentido.

2) Usuários que tecerem comentários que eu considere ofensivos, seja com relação a mim, ou às minhas obras, serão bloqueados.

3) Declaro que a personagem protagonista dessa obra interativa é maior de idade.

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"FINALLY FREE"

Caminhei vagarosamente através daqueles mal iluminados corredores. O tilintar de correntes, o som de metal contra metal, me remarcava onde estava o prisioneiro. Ajustando a alça da bolsa por sobre o ombro, me virei de frente para a cela dele e suspirei, afastando a franja do meu rosto. Determinada, pressionei o botão ao lado, depois de colocar a minha digital no scanner, e então abri a porta de metal.

A luz externa era insuficiente pra clarear a cela, mas era o bastante para que eu pudesse distinguir a sua silhueta na escuridão.

"Soldat?", chamei em russo, me aproximando dele.

Ele levantou a cabeça. Seus olhos escondidos atrás de seus cabelos. Tirei uma luz de emergência da bolsa: um aparelho retangular, com umas vinte mini-lâmpadas de LED, alimentadas por uma bateria com duração de 96 horas. Liguei o aparelho e coloquei no canto da cela dele: o local ficou iluminado como se uma estrela brilhasse ali dentro.

"YA gotov otvechat'," ele respondeu de imediato, como um robô.

Eu era a psicóloga encarregada de avaliar a mente de James Barnes, todas as noites, depois que a Hydra o considerava 'dispensado' por aquele dia. Meu coração doía por aquele pobre homem, mas eles não me permitiam tratá-lo de outra maneira. Eu deveria tratá-lo como uma máquina, eles me diziam, esquecer que ele um dia foi um ser humano.

"Olhe pra mim, querido," eu pedi, cometendo um pequeno deslize. Se eu estivesse acompanhada de um agente da Hydra, eu já seria obrigada a me explicar. E já seria afastada dele.

Nenhum laço poderia ser criado.

Jamais.

Barnes me fitou com aqueles seus brilhantes olhos azuis. Refletindo a luz daqueles LEDs, pareciam até mesmo duas pedras preciosas... duas safiras.

Verifiquei a dilatação de suas pupilas, depois fiz algumas perguntas de rotina. James se encontrava autômato, exatamente como a Hydra queria.

Sem raciocinar, levei a mão ao seu rosto, afastando-lhe o cabelo. E ali, em sua bochecha, ela permaneceu pousada. Meu polegar traçando círculos invisíveis sobre a sua pele, de um modo carinhoso.

Até que eu voltei a mim, recolhendo o meu braço. No entanto, James segurou o meu punho - por sorte, com sua mão de carne e osso. Ele estava algemado e eu não pensei que ele conseguiria me alcançar, se quisesse.

De início, fiquei apavorada... mesmo que ele não tivesse tentado nenhum outro movimento desde que me segurara. Apenas... deslizou o polegar sobre as costas de minhas mãos, acariciando-me da mesma maneira que eu fizera com ele, segundos antes. Para depois colocar sua palma contra a minha, entrelaçando os nossos dedos, devagar.

"Qual é o seu nome?", ele me perguntou em um fio de voz, como que para não me assustar.

"S/N," respondi baixinho, com a mesma doçura que usava para lhe fazer a análise.

"S/N...", ele repetiu para si mesmo, olhando para as nossas mãos - ainda unidas.

Eu não conseguia descrever a estranha sensação em meu abdômen, que ali surgiu assim que eu o ouvi dizer o meu nome. Poderiam ser as famosas borboletas no estômago?

Marvel Imagines [por: Star Sapphire]Onde histórias criam vida. Descubra agora