Marvel Imagines [por: Star Sapphire]

No, Please, Stop! (Bucky Barnes)

Notas da tia:

1) Essa obra é uma fanfiction, e como direito do gênero, pode divergir do canon e ignorar alguns detalhes das obras originais - se for necessário - para que o texto faça sentido.

2) Usuários que tecerem comentários que eu considere ofensivos, seja com relação a mim, ou às minhas obras, serão bloqueados.

3) Declaro que a personagem protagonista dessa obra interativa é maior de idade.

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"NO, PLEASE, STOP!"

"Saudade, enferrujado, fornalha, aurora, dezessete, benigno, nove, regresso à pátria, um, vagão de carga¹..."

Bucky ergueu a cabeça e me encarou com um olhar sanguinário.

"Soldado?", indaguei, tentando esconder meus temores.

"Pronto para obedecer.", foi a resposta dele.

"Quero que você acabe com os Vingadores. Não deixe ninguém vivo, ou eu terei que dar um fim em você."

Por dentro eu estava uma pilha de nervos. Conhecia bem os riscos da operação, mas se meu chefe desconfiasse que eu cogitava desacatar suas ordens, com certeza meu corpo acabaria jogado no fundo de um rio.

Era eu ou Bucky.

Ele se levantou da cadeira e passou ao meu lado, quase esbarrando seu ombro contra o meu. Seus passos pareciam fazer o chão tremer, havia somente fúria em seus olhos. Eu o temia, como o diabo teme a cruz. Tudo o que eu queria era desaparecer e sequer ficar sabendo dos estragos que eu causei: Bucky não tinha culpa de nada. A culpa era toda minha.

Saí correndo do prédio a tempo de ver Tony Stark sendo arremessado pela janela, em sua chamativa armadura vermelha e dourada. Ele usou seus estabilizadores de voo das mãos para se equilibrar no ar. Bucky o assistia da janela, como um leão que encara um cervo.

Apressei o passo.

Gritos ecoaram no prédio. Sam Wilson saiu correndo pelas portas duplas de vidro, Natasha Romanoff em seu encalço. E, atrás deles, andando como um dos robôs do "Exterminador do Futuro", vinha o Soldado Invernal. Ele segurava uma barra de ferro em sua mão de carne e osso, enquanto a sua mão metálica encontrava-se fechada, preparada para socar o que atravessasse seu caminho.

Ele se transformara em uma máquina de matar, graças a mim. Se eu não fosse tão covarde, jogaria-me diante dele e deixaria que ele me estrangulasse. Tudo era melhor do que ser uma eterna escrava da HIDRA.

Meu chefe me mandou uma mensagem. Em meio ao caos, eu resolvi parar para ler. Ele estava dizendo que esse havia sido o meu último serviço, que eu estava livre.

Ninguém nunca está livre.

Um tiro foi disparado em minha direção, mas o Homem de Ferro me defendeu, parando diante de mim como um escudo. Ele então disparou uma rajada de energia de suas mãos, matando o atirador no alto do prédio.

"De nada.", ele disse, voando em direção ao Bucky para detê-lo.

Eu estava em choque. Tinha acabado de ser salva por aquele que eu havia condenado à morte.

Precisava agir.

Sem nenhum tipo de proteção, eu corri para a calçada oposta, onde todo o circo de horrores havia se instalado. Steve Rogers estava prestes a ser atingido em cheio... notei que seu escudo estava caído a uma boa distância, e não havia ninguém, no momento, que poderia ajudá-lo.

Apenas eu.

Com as mãos erguidas para cima, joguei-me diante do Capitão América, de frente para Bucky. "Não, por favor, pare!"

O punho metálico de Bucky parou em pleno ar, a centímetros do meu nariz. Natasha Romanoff então, por trás dele, o atingiu fortemente na cabeça, colocando-o para desmaiar. Só assim ele sairia daquele completo descontrole mental.

"O quê?", Tony Stark perguntou, abrindo o seu capacete para poder conectar seus olhos aos meus.

"Por que você fez isso?", Steve indagou. "Poderia ter morrido."

"Não importa, certo?", Romanoff disse. "Ela salvou você."

"E eu salvei ela.", Tony acrescentou, fazendo Sam rolar os olhos de tédio.

Olhei para Bucky, caído diante dos meus pés. Seus cabelos cobrindo seu rosto, sangue escorrendo pelo seu pescoço.

"Eu fiz isso com ele.", eu disse. "Eu sinto muito."

"Oh, oh... o quê?", Steve questionou, erguendo uma das mãos para cima, como se pedisse que eu esperasse um segundo. "Como assim?"

Eu lancei um olhar demorado em direção a todos eles: Romanoff, Stark, Rogers, Sam Wilson, Bucky...

"Não importa agora... não importa mais...", e com essas palavras, eu saí correndo dali, abordando e entrando no primeiro táxi.

Adeus, Nova York. Adeus, HIDRA.

***

1. Tradução das palavras usadas pela HIDRA para controlarem a mente de Bucky: longing, rusted, furnace, daybreak, seventeen, benign, nine, homecoming, one, freight car.