Estava quase impossível de resolver o meu dever de casa e, mesmo que eu não gostasse de ficar atrapalhando meu melhor amigo, não conseguia ver outra saída. Minha professora me odeia e está louca para me fazer repetir as cadeiras de biofísica.
— Olá, tia May!
— Olá, querida! — Ela me recepcionou com entusiasmo, puxando-me para um abraço. — Veio aqui ver o Peter? — Perguntou, lançando-me um olhar sugestivo.
— É... — passei as mãos pelos meus cabelos. — Ele está em casa?
— Aham... — ela deu um passo para trás, dando-me espaço para entrar.
— Obrigada.
— De nada, S/N.
Comecei a me afastar, seguindo para o conhecido corredor que levava aos quartos, até que ouvi a voz dela novamente: — Querida?
— Oi? — Disse, girando meu corpo para poder fitá-la.
— Há algo entre vocês?
— O quê? — A pergunta me surpreendeu.
— Há algo entre vocês? — Ela repetiu, oferecendo-me um sorriso.
— N-Não. — Respondi, sentindo meu rosto esquentar.
— Que pena. — Ela suspirou. — Estava feliz em pensar que Peter tinha escolhido uma namorada tão doce como você.
— Desculpe, tia May. Somos apenas amigos.
Ela assentiu. — Não precisa se desculpar, querida. Vá... — Ela me encorajou.
Foi a minha vez de assentir. — Okay.
*****
— Pet? — Chamei, batendo em sua porta. — Pet, você está aí?
Notei que a porta do quarto dele estava aberta, então, com cautela, a empurrei.
Algo disparou contra mim. Algo grudento, me prendendo contra a porta, que fechou com o impacto do meu corpo.
— Ai, meu Deus! — Gritei, não conseguindo me soltar daquela espécie de teia de aranha.
Peter olhou para mim e seus olhos arregalaram. Arrancando seus fones de ouvido, ele levantou da cadeira e veio com pressa em minha direção.
— S/N! Calma, eu vou soltar você. Eu não vi você entrar! — Ele recuou, pegando um canivete de sua gaveta e olhando para mim.
Os olhos de Peter só faltavam me suplicar por perdão, ao mesmo tempo que demonstrava o quão constrangido ele se sentia.
Reaproximando-se de mim, ele começou a cortar aquelas teias, tomando todo o cuidado para não me machucar.
Comecei a rir, descontroladamente. Peter arranjou coragem para me fitar por mais de um segundo, erguendo apenas uma das sobrancelhas. Estava completamente confuso com a minha reação.
— S/N?
— O que diabos é essa coisa, Pet? — Eu perguntei, chorando de rir. — Mais uma de suas experiências malucas?
Só agora ele pareceu relaxar um pouco. — Digamos que sim. Eu estava inventando um disparador de teia sintética.
— Por quê? — Estava começando a me acalmar da crise de risos.
Nervoso, ao cortar as teias, ele acabou cortando uma das alças de minha blusa, que desceu um pouco pelo meu corpo, mas só a ponto de mostrar uma pequena parte do meu sutiã.
— Ops. — Ele disse, guardando a pequena lâmina do canivete. — Desculpa. — O rosto dele ficou mais vermelho que uma pimenta.
Eu sorri. — Hey, tudo bem... eu não tinha que usar blusas com alças tão finas mesmo... mas, está tão quente.
— Verdade. — Ele assentiu, ficando ainda mais tímido ao ver que eu já estava livre, mas com a proximidade dele, eu ainda não conseguia sair daquela posição. Permanecia encurralada contra a porta. — Desculpa de novo. — Ele disse, tentando recuar, mas não conseguia.
Eu sentia o mesmo. Era como se houvesse um magnetismo entre nós. Pousei a minha mão em seu ombro. Peter pousou a dele em meu rosto e a outra contra a porta, como se estivesse me prendendo contra a mesma.
O olhar dele baixou para a minha blusa arruinada, depois subiu, conectando-se com os meus olhos. Então baixou de novo, focando-se em meus lábios.
Ele se aproximou ainda mais, pressionando seu corpo contra o meu. Seu rosto estava tão perto, que eu sentia a sua respiração tocar a minha pele. Então eu o beijei por não aguentar mais aquele jogo.
— AHÁ, EU SABIA! — A tia May gritou, sorrindo como uma garotinha.
Eu e Peter nos afastamos, vendo que ela estava nos espiando pela janela do quarto. Ela aproximou os dedos dos olhos, depois apontou para nós: uma mensagem silenciosa de que ela estaria de olho em tudo. Então saiu de nossa visão.
Eu ri baixinho e Peter pigarreou, ainda mais vermelho agora. Tentando mudar de assunto, ele disse: — Você... você veio aqui... você queria alguma coisa?
Meu sorriso se desmanchou quando eu vi o que estava sobre a mesa dele. Pet acompanhou o meu olhar e então gelou: a máscara de Homem-Aranha estava ao lado dos disparadores de teia.
— Pode esquecer o que eu vim fazer aqui. Pode começar a me contar sobre aquilo!
— Errr... — Ele passou a mão pelo rosto. — Não tem um jeito fácil de dizer...
— Você... você é o Homem-Aranha, não? Foi você quem me salvou daquele acidente de carro? — Ele assentiu, olhando atentamente para mim. — Sua tia sabe disso?
— Não, S/N! Ela nem pode sonhar com isso!
— Então... creio que será o nosso segredo. — Disse, dando uma piscadinha para ele.
Peter se aproximou de mim, pousando as mãos no meu rosto mais uma vez. — Será que... a gente podia continuar de onde tínhamos parado?
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Notas da tia:
1) Essa obra é uma fanfiction, e como direito do gênero, pode divergir do canon e ignorar alguns detalhes das obras originais - se for necessário - para que o texto faça sentido.
2) Usuários que tecerem comentários que eu considere ofensivos, seja com relação a mim, ou às minhas obras, serão bloqueados.
3) A personagem protagonista, em todos os capítulos com o Peter Parker, deve ser encarada como uma jovem de 16 anos.
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Marvel Imagines [por: Star Sapphire]
FanfictionUma coleção de histórias interativas, do gênero romance (principalmente), voltadas para o público feminino, com os personagens da Marvel. ~Lista de personagens: ☆ Bruce Banner ☆ Bucky Barnes ☆ Clint Barton ☆ Frank Castle ☆ Grant Ward ☆ Lance Hunter ...