Capítulo 4

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Bruno

Ela estava aqui e por mais que eu não quisesse eu ainda senti falta dela, da amizade dela e cara como ela mudou, ela está mais linda, mais mulher. Digo enquanto caminho um pouco aéreo em direção a mesa que meus amigos estavam e vejo que está vazia.

- Ótimo, já foram piranhar, não perdem tempo esses cachorros no cio. - Digo em um tom baixo apenas para mim ouvir enquanto me viro em direção a pista para procurá-los.

Estava no meio dá multidão ao ver um cara segurando o braço dela, imaginei que poderia ser algum namorado e isso me encheu de raiva, mas se fosse namorado ela não estaria relutando tanto, a menos que eles estivessem brigando, foco mais neles até que vejo que ele tenta arrastar ela para o canto do bar onde os outros estavam se pegando, não poderia deixar aquilo acontecer, mesmo que eles fossem namorados ela não queria aquilo e não se deve forçar ninguém a nada. Sem nem perceber o que aconteceu apenas vejo meu corpo se movendo e dando um empurrão de leve no cara que parecia estar bem alterado.

- Ela está acompanhada, então solte ela antes que as coisas se compliquem. - Seguro o braço dela agora a trazendo pra mais perto tentando afasta-la dele, eu não sei o porquê está fazendo isso mas eu não poderia deixar aquilo acontecer.

- Procure outra gatinha, essa eu vi primeiro. - Estava quase difícil compreender a fala dele, afinal ele não estava sóbrio mas ouvir aquilo me fez ficar com tanta raiva, e involuntariamente vejo acertando o rosto dele com um soco e sem muito esforço com a ajuda da bebida ele cai para trás com tudo.

- Aprenda, da próxima não será apenas um. - Cuspo as palavras com ódio e solto o braço dela me afastando dá multidão que estava encarando até sentir ela me chamar.

- Bruno espera, Bruno Meneses pare agora.

Quem ela acha que é para querer mandar em mim, minha paciência já está esgotada e ela está querendo me testar, só pode ser doida mesmo.

- O que você quer Carolina?

- Er, apenas te agradecer por ter me defendido daquele bêbado, obrigada.

E de novo eu estava agindo igual um babaca, mais a culpa é dela, ela me machucou muito, me abandonou sem motivos e agora aparece assim do nada achando que está tudo bem, porquê tem que ser tão difícil manter meu raciocínio perto dela.

- Tudo bem, Carolina eu faria aquilo por qualquer outra garota. 
Não eu não faria, eu não socaria outro cara apenas por ciúmes, talvez eu defenderia apenas mais não naquela intensidade então quem eu quero enganar?

- Eu sei que você faria, você sempre foi assim, defende todos que precisam, essa sua qualidade sempre me admirou muito.

- Para, para de achar que sou aquela criança que você deixou, para de achar que só por quê você voltou seremos amigos como antes, eu mudei, aprendi a viver sem você e quer saber, estou me saindo muito bem há anos. - Solto tudo de uma vez como um desabafo, estava entalado na garganta esse sentimento de mágoa, essa dor que ela me causou.

- Eu não queria dizer isso Bruno, me desculpa, e eu não te abandonei eu apenas precisei ir.

- Ir embora sem ao menos um tchau, te entendo, vc achou que não seria necessário se despedir daquele que esteve do seu lado, mas esquece aquilo é passado, seja bem vinda de novo e boa sorte.

Dou as costas para ela e caminho novamente sem olhar para trás, como ela fez, caminhei a noite inteira sem prestar atenção no caminho, por mais que eu andasse as cenas de hoje não iriam sair dá minha mente e isso estava me sufocando, caminho novamente até poder chegar em casa.

O Tempo nos ReencontrouOnde histórias criam vida. Descubra agora