Capítulo 15

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"Não importa onde estamos, nossa mente é nosso lar"
Oriente - Linda, Louca e Mimada

Carol

Uma noite que tinha tudo para terminar errado, comigo em lágrimas fazendo promessas de que seria forte tomou um rumo que eu não pude controlar, aqui estou eu nos braços do amigo da minha irmã que conheço há poucas horas, que mudança radical.

O beijo dele era calmo mas não um calmo entediante e sim um calmo que me fazia paralisar e querer continuar, daquele jeito, sem acrescentar ou diminuir qualquer coisa, se fosse em outro momentos eu me afastaria, iria achar que ele quer apenas aproveitar o momento oportuno para proveito próprio, mas não, ele não tentou avançar nenhum sinal, ele simplesmente me beija até perder o fôlego, se afasta me encarando com um sorriso fofo enquanto passa o polegar pelas minhas bochechas e volta a me beijar como se fosse a última coisa que ele iria fazer.

Perdi a noção do tempo que ficamos nos beijando e só pude acordar para a realidade quando meu celular começa a tocar na mesinha de centro, ele se afasta me dando chance de dar um longo suspiro para tentar recuperar o fôlego e revirar os olhos por ser atrapalhada, atendo ao olhar o número e ver que era a Júlia.

- Carolina eu estou te procurando na festa e não te encontro em lugar nenhum, aonde você se meteu? E você não vai acreditar no que eu vi.

- Eu sai da festa com o Rafael, precisava andar um pouco e ele está me fazendo companhia, daqui a pouco eu vou embora e você me conta o que viu.

- Companhia, sei. - Ela dá uma risada debochada me fazendo revirar os olhos, eu não sei como cabe tanto deboche naquela pessoa, desligo o telefone e me viro para Rafael que estava me encarando com um sorriso de canto.

- Júlia e suas provocações? - Conhece ela a pouco tempo e já percebeu, incrível isso.

- Infelizmente, pensa na tortura quê é aguentar ela de mal humor, mereço muito um lugar no céu por aguentar ela de TPM.

- Será que você quer mesmo ser um anjo? - Encaro confusa e noto um sorriso malicioso brotar em sua boca, já disse que é muita perdição isso?

Ele se aproxima de mim dessa vez colocando a mão em minha coxa apertando me causando arrepios e mais uma vez fomos interrompidos, mas dessa vez pelo celular dele. Ele pega o celular e revira os olhos ao notar o nome na tela.

- Preciso atender, Carol, já volto. - Ele caminha até a varanda fechando a porta de vidro, pego meu celular e entro em minha rede social para ver como foi a noite dos meus amigos e vejo uma cena lamentável, Bruno no meio de duas meninas com uma aparência deplorável, respiro fundo de olhos fechados tentando me recompor.

- Desculpa, era meu tio ele disse que quer conversar comigo.

- Tudo bem, eu tenho que ir embora mesmo, vou só chamar um Uber e descemos.

Noto sua aproximação sorrindo, passando a mão pela minha cintura deixando nossos corpos colados.

- Ele quer conversar comigo, mas ele pode esperar. - Ele beija meu pescoço suavemente fazendo minhas pernas bambearem.

- Rafa, não estou muito no clima, espero que você entenda e apesar de sua companhia ter sido maravilhosa, a noite foi bem difícil.

Ele afasta seu rosto um pouco e me olha com um sorriso, passa uma de suas mãos em minha bochecha alisando enquanto fala em um tom calmo.

- Eu entendo, desculpe forçar um pouco, mas você é realmente irresistível.

Sorrio com o elogio e dou um beijo em sua boca seguido de uma mordida leve apenas para provocar um pouco e deixar com um gostinho de quero mais.

O Tempo nos ReencontrouOnde histórias criam vida. Descubra agora