Capítulo 18

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Bruno

Tinham se passado duas horas desde que estava no hospital com a Carolina e meus amigos, sua irmã disse que iria vir após o trabalho, apesar de achar que não tinha necessidade ela insistiu.

A sala de espera estava em silêncio, um clima tão pesado e triste, isso estava me dando uma sensação tão ruim, era como se uma parte de mim estivesse faltando.

- Ei Bruno, você não quer ir lá fora tomar um pouco de ar ? - Victor pergunta enquanto se sentava ao meu lado.

- Não, eu preciso ficar aqui para quando o médico vir falar como está minha avó.

Carol em nenhum momento soltou minha mão e parecia apertar mais a cada minuto que se passava, eu não sabia que ela era tão apegada a minha avó para estar daquele jeito, mas parecia que não era só aquilo que estava deixando ela aflita.

- Vai Bruno, eu e o Victor ficamos aqui para te chamar caso o médico venha, você precisa tomar um pouco de ar fresco e se acalmar mais.

Lucas disse em um tom baixo apesar da distância que ele estava.

- Eu não vou sair daqui, eu estou calmo e eu preciso ficar aqui.

Minha voz estava falha, era um esforço conseguir soltar cada palavra, era um esforço manter um pouco de calma.

Carol que até então estava quieta, simplesmente se levantou da cadeira ao lado e ficou em minha frente de pé segurando minha mão.

- Vem, se o médico aparecer o Victor me liga ou corre para nos chamar, você não vai para muito longe, e logo a gente volta.

Ela me puxa pela mão, sem dar tempo de eu responder ou negar. Caminhamos até uns bancos afastados do lado de fora do hospital e nos sentamos, o ar estava gelado, parecia que ia chover a qualquer momento, talvez eu precisasse dessa chuva para lavar minha alma, levar meus problemas e se misturar as lágrimas presas.

A mão de Carolina estava mais gelada por conta da friagem, puxo ela para mais perto do meu corpo e a abraço tentando mantê-la nem que seja um pouco, eu precisava de alguma forma retribuir tudo o que ela estava fazendo e eu precisava sentir ela, sentir que ela estava comigo e que não era um sonho curto dentro de um grande pesadelo.

- Obrigado por ter ficado do meu lado, mesmo depois de tudo que eu fiz você ainda permanece.

Ela afasta a cabeça do meu ombro para me olhar e então posso notar um sorriso leve em seu rosto.

- Fizemos coisas que machucaram um ao outro, fico feliz em você reconhecer que errou, mas eu sei que também errei, só espero que daqui pra frente seja tudo diferente.

Tento sorrir, mas não consigo então só consigo dar um beijo no topo de sua cabeça.

O clima tinha esfriado mais, estava quase me levantando do banco para entrar no hospital quando seu telefone toca, um frio percorreu minha espinha nesse exato momento, meu corpo paralisou e minhas pernas fraquejaram.

Carolina se senta me olhando e atende o celular com uma expressão facial quase indecifrável. Assim que ela atende noto sua respiração se tornar ofegante, e lágrimas desenfreadas começaram a descer de seus olhos.

- Eu não acredito nisso...

- Eu não acredito nisso

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