Carol e Bruno eram melhores amigos na infância, até que uma infelicidade obrigou a se separarem sem nenhuma explicação.
O motivo? O falecimento da mãe de Carol fez ela e a irmã irem morar em Rio Grande do Sul na casa dos avós. Lá as coisas não eram...
"Eu te dou o meu amor, mas você nem se importa Então o que é certo ? E o que é errado ? Me dê um sinal O que é o amor? Querida, não me machuque Não mais"
Fernanda
- Eu não posso fazer isso Diego, por favor me ajuda. - Implorar novamente pela ajuda do meu namorado nessa situação se tornou algo tão destrutivo.
- Se vira Fernanda, ou você faz o que eu falei ou você vai assumir todo esse problema sozinha, por que eu tô fora. - Ele sai batendo a porta e o máximo que eu consigo fazer e me jogar na cama em lágrimas incontroláveis, eu preciso da minha amiga, preciso da Flávia.
- Filha acorda você vai se atrasar para a escola. - Meu pai me acorda desse pesadelo com toda delicadeza que habita nele e me da um beijo no topo da cabeça antes de sair do meu quarto.
Depois de tanto tempo tive esse pesadelo novamente, nunca pensei que iria sonhar com ele de novo, o cara que prometeu nunca me abandonar e hoje nem se quer tenho notícias, o cara que prometeu ser o meu para sempre se tornou apenas uma ferida que não se cicatrizou.
Me levanto indo em direção ao espelho para me arrumar e me deparo com a cicatriz, que mesmo depois de dois anos ainda esta visível, essa cicatriz me faz levantar todas as manhãs decidida a nunca mais me entregar para nenhum outro moleque, dessa vez eu farei as coisas certas.
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Júlia
- Senhor Rodrigo os clientes da concessionária estão na sala de reunião o aguardando, o senhor Fernando e seu sobrinho já estão lá.
- Aquele moleque não devia estar aqui, não depois daquela burrada que ele fez, imprestável. - Ele se levanta pegando os documentos que eu entreguei e caminhamos até a sala de reunião onde estavam todos sentados, ao entrar na sala me deparo com um clima tenso, Rafael sentado em uma cadeira no canto enquanto todos os demais na sala estavam conversando entre si.
- Bom dia senhores, vamos começar. - Todos olham para o senhor Rodrigo que falava sobre algo relacionado a porcentagem mensal que não fiz o mínimo de esforço em entender e creio que eu não era a única.
Uma hora e meia depois de uma chatice total de números e propostas a reunião acaba e os clientes saem da sala e pelo que vi em expressões de ambos os lados estavam satisfeitos.
- Júlia, pode tirar sua hora de almoço mais cedo, irei ter uma conversa séria com o Rafael.
Não pude evitar em não sentir pena do Rafael, por mais que a gente tenha trocado meia palavra apenas pude perceber que ele estava muito ferrado e pelo tom de voz do senhor Rodrigo a conversa não seria nada agradável.
