A little More of You

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  — Tem certeza que é uma boa ideia?

— Tenho, Addie. Derek não vai pra casa hoje, você pode ficar lá comigo sem problemas.

Eu sorri. O dia inteiro na verdade, depois que descobri que teria a possibilidade de estar sozinha com ela. Há um mês não coversávamos direito. As coisas estavam loucas no hospital e na minha casa também. Derek me pressionando a ir embora e meu coração me pressionando a ficar.

— Para onde estamos indo?

— Minha casa. Zola está com a Lexie.

— Pensei que você desistiria no meio do caminho.

Parei o carro em frente à minha casa e virei, encarando-a.

— Eu nunca mais vou desistir de você, Addison Montgomery. Entendeu?

Depositei um beijo no rosto dela, que sorriu, fazendo meu peito acelerar.

Eu sou apaixonada demais por essa mulher. Oh, céus.

Descemos do carro e Addison nem esperou sairmos da garagem para me beijar. Eu não tinha reclamação nenhuma a fazer, pelo contrário. Apenas queria tê-la na minha cama gemendo meu nome pelo resto da noite.

— Sua casa é linda.

— Você é linda. Para de falar e me beija?

— Você não precisa pedir.

Quando percebi meu vestido já estava no chão e o dela também. Observei cada detalhe daquele corpo que eu tanto conhecia mas nunca tive a coragem de tocar. Agora, todas as minhas fantasias estavam sendo realizadas e eu estava certa de que, o céu era um lugar na terra com Addison.

— Você é maravilhosa, Addie. Eu quero você.

Passei meus dedos lentamente pelos ombros dela, baixando as alças do sutiã de renda vermelha que ela usava. Era incrível o quão sexy ela era, sem ao menos tentar isso. Depositei alguns beijos naquela região e a observei arrepiar. Abri o sutiã dela, o jogando em algum canto do meu quarto e senti minha boca salivar com a visão de seus seios.

— Linda. Você é linda.

Lentamente a deitei na cama, me colocando em cima dela logo em seguida. Coloquei minhas pernas em volta de sua cintura e a observei outra vez. Ela estava com os olhos escuros e um leve sorriso de lado, que sempre me deixava louca. Nos beijamos apaixonadamente mais uma vez e meus beijos desceram por seu pescoço até chegar nos seus seios, onde chupei por alguns minutos enquanto ouvia ela gemer.

— Meredith…

— Shhh...

As horas passaram lentamente enquanto eu me deliciava em cada parte do corpo de Addison. Era como um sonho, um sonho que doeria por dias depois que eu acordasse, como os que aconteciam frequentemente. Mas dessa vez, a diferença era que, eu conseguia sentí-la em mim de verdade. Conseguia sentir seu cheiro e seu gosto. A pele arrepiada com cada toque meu. Os gemidos abafados pelos beijos. Ela era minha, finalmente minha e por mais que aquilo fosse acabar em algumas horas, por mais que provavelmente meu peito se destruiria ao vê-la com Callie outra vez, valeria a pena. Tudo valeria a pena por ela.

Lutei contra meus olhos, faria aquela noite durar o maior tempo possível. Tinha dúvidas sobre como seria dali em diante. Como a gente se enfrentaria e como enfrentariamos o mundo. O despertador tocou e o desliguei rapidamente. Aconcheguei meu corpo ao de Addison, procurando não assustá-la e ela me abraçou. Uma lágrima escorreu e eu me senti idiota. Por que estava chorando afinal? Eu tive a melhor noite da minha vida, estava com a mulher que tanto amava ao meu lado.

— Hey… Addie.. Temos que trabalhar.

Ela virou para mim e lembrei do quanto amava vê-la acordando. Tão preguiçosa. Ela escondeu o rosto no meu pescoço e resmungou um pouco, me fazendo rir. Recebi um tapa no braço em protesto e gritei, fazendo-a me encarar.

— Te machuquei?

— Não, só queria te acordar.

— Ah, você nunca vai parar de ser idiota mesmo, não é?

— Só quando eu parar de amar você.

— Meredith… Eu.. Eu amo você. Eu te amo.

Ela disse isso e em seguida pulou em cima de mim me cobrindo de beijos.

— Não temos tempo pra isso, Addie...

Ela não me deixou terminar de falar e foi descendo os beijos pela minha barriga até chegar no meio das minhas pernas onde eu já estava extremamente molhada e implorando para ser chupada outra vez. Ela era ótima com a língua, nunca tive dúvidas quanto a isso mas ter certeza, ter certeza era ainda melhor. Meu corpo tremeu inteiro e meus gemidos aumentaram quando senti que chegaria ao ápice. E mais uma vez caiu uma lágrima. Droga! quando me tornei tão sensível? Droga! Droga!

— Hey.. O que houve?

Ela se aproximou e depositou um beijo leve nos meus lábios. Eu me sentia como uma adolescente tendo sua primeira vez, ou a segunda, 'primeiras vezes' são em sua maioria muito ruins e o que eu e Addison tivemos foi tudo, menos ruim. Enfim, tive um sexo maravilhoso com a mulher da minha vida e agora estava chorando feito uma criança. Ah, os sentimentos...

— Está tudo bem. Eu só... Eu não sei. O que vamos fazer agora?

— Eu não sei… É complicado. Mas eu sei de uma coisa... Tudo vai ficar bem. Eu... Prometo.

— Você não pode prometer. Mas tudo bem. A gente precisa levantar agora.

— Ah, droga. Meu celular… Oh droga!

Ela pegou o celular e fez uma cara de espanto. Exatamente 37 chamadas não atendidas, alguém levaria uma tremenda bronca. Eu ri, mas fiquei preocupada.

— Quer tomar banho?

— Vem comigo?

As duas horas seguintes que passamos embaixo do chuveiro ainda não foram o suficiente para matar toda a saudade que eu sentia dela. Nunca passaria. Mas a realidade estava batendo na nossa porta agora. O celular dela não parava de tocar e ela estava com medo de atender. Não tinha uma desculpa convincente o suficiente para Callie.

— O que eu faço?

— Atende.

— O que eu falo? Meredith… Eu não quero mentir.

— Não minta, Addison. Fale a verdade.

— Ta brincando, né? Ela vai me matar.

— No mínimo, ela vai querer se divorciar.

— Eu não quero me divorciar!

Eu entendia. Perfeitamente. Mas saí do meu mundo de ilusões quando percebi que Addison não contaria a verdade para a esposa. E eu estava certa desde sempre. Nós não nascemos para ficar juntas. É assim que funciona a vida, quando não é pra ser, nunca será, por mais amor que a gente sinta, por mais que a gente queira aquela pessoa com todas as forças. Simplesmente não acontece. Nós não éramos o certo. Não consegui mais encarar Addison por que uma vontade incontrolável de chorar tomou conta de mim e eu desejei que aquela noite nunca tivesse acontecido.

— Okay Addison. Você fez sua escolha agora.

Dei passe livre para o meu coração ser quebrado. E ele estava.

Entramos no carro em silêncio e o caminho inteiro foi assim. Ela me encarava as vezes e tentava proferir alguma palavra, mas sabia que nada diminuiria o que foi dito antes. Eu me sentia a pessoa mais egoísta do mundo, mas não estava ligando muito. Apenas não esperava que ela jogasse na minha cara que não se divorciaria. Ela desceu do carro e eu continuei ali, tentando esquecer tudo, mas tudo o que se passava pela minha cabeça eram imagens da noite anterior. A droga da noite dos meus sonhos.

Três batidas no vidro do meu carro foram suficientes para me fazer acordar de verdade.

—  Não vai descer daí hoje?

—  Já estou indo Alex. Só preciso de um tempo.

Antes de sair, mandei um texto enorme para Cristina. Precisava desabafar e ouvir as verdades que só ela tinha coragem de me falar.

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