I'll be satisfied if I play along... But the voice inside sings a different song
[Vou ficar satisfeita se eu cooperar*... Mas uma voz de dentro canta uma canção diferente](How Far I'll Go — Auli'i Cravalho)
*“Play along” na língua inglesa pode significar tanto cooperar quanto tocar junto, construindo então o trocadilho.
Tanto eu quanto Thiago não conseguíamos falar nada. Afinal, o homem que não havia hesitado em nos ajudar nem por um instante fora levado por um monstro marinho e nós não éramos capazes de fazer nada.
Vimos uma figura alada se aproximar e pousar no convés. Era um fada e uma mulher na casa dos vinte.
— Olá, gente. — Falou a mulher. — Prazer em conhecê-los. Sou Lina Corwel. — Ela olhou para mim. — Isso que eu chamo de asas.
Nenhum de nós respondeu, o que abriu espaço para que o fada perguntasse:
— Onde está Seu Matheus?
Novamente não houve resposta. As asas do fada se inclinaram para baixo até desaparecerem. Ele olhou para a mulher que com um aceno de cabeça se dirigiu para a popa e começou a guiar o barco adequadamente.
Após alguns minutos em silêncio, quando a ilha já estava explícita para nós, o fada falou em tom de tristeza:
— Sou Lucas... Também fui trazido por Seu Matheus há alguns anos atrás. Sinto a dor de vocês.
Queria dizer que não sentia, pois não fora ele que deixara Seu Matheus ser levado por um monstro e nem fora quem assistira isso sem fazer nada. Porém, apenas acenei com a cabeça e não disse nada.
Chegamos ao porto da ilha sem mais nenhuma conversa. Quando paramos, a mulher sugeriu que a gente pegasse nossas coisas e desembarcasse.
Seguimos o que ela falou e descemos para pegar nossos poucos pertences. Juntei rapidamente tudo na mochila que eu havia trazido e retornei ao convés para esperar por Thiago. Quando ele também ficou pronto, descemos na plataforma e seguimos Lina e Lucas.
No fim do píer havia uma pequena construção que obrigava quem estivesse embarcando ou desembarcando passar por dentro dela.
Entramos. A esquerda havia um balcão e atrás dele uma porção de prateleiras quadradas com coisas aleatórias. A direita tinha apenas uma parede, o que fazia com que o único caminho possível fosse passar por um retângulo detector de metais.
Lina tocou uma campainha que havia no balcão e logo apareceu um homem velho de trás das prateleiras.
— Bom, gente. — Falou a mulher. — Aqui fica o gerenciamento de entrada e saída. Para a segurança de todos, é solicitado que seja entregue o que você traz consigo para que seja avaliado e caracterizado como permitido ou não. Então, por favor, deixem suas coisas sobre o balcão que logo vocês a terão de volta.
Franzi o cenho.
— Mas... São minha roupas... E?
— Sim, sim. — Respondeu ela. — São só os procedimentos padrão. Não se preocupe, logo lhe levaremos de volta se não houver nada de ruim.
Com muita relutância tirei a mochila do ombro e a coloquei no balcão. Atrás de mim, Thiago fez o mesmo e não disse nada.
Passei pelo detector de metais que apitou.
Ah sim, o celular.
Voltei e retirei o aparelho do meu bolso.
Passei novamente, mas dessa vez sem empecilhos.
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A Ilha - As Crônicas dos Nianders Vol. I
FantasyTodos nós somos capazes de algo. Do que você é capaz? Em uma realidade em que as pessoas podem despertar o ser mágico que vive dentro delas, uma garota chamada Vanessa Dante irá descobrir ser bem mais do que imaginava. O que você faria se um novo mu...