Já não me preocupo se eu nem sei porquê às vezes o que eu vejo quase ninguém vê
(Quase sem querer — Legião Urbana)
— Espere... O que quer dizer com isso?Safira já se recuperava estando praticamente bem.
— Eu recorro a energia potencial das pessoas quando faço uma invocação. — Ela se recompôs e foi em direção a porta sem abri-la. — Sua energia potencial é a dos outros Fadas Akans. — Ela colocou a mão da maçaneta. — Agora, você tem o poder deles.
Eu não me sentia exatamente diferente. Era como se os “poderes cósmicos fenomenais” não fizessem efeito algum em mim mesmo estando lá.
— E então?
— Então eu irei pedir que arrumem uma rede para você. — Ela abriu a porta. — Por hoje, nós descansamos.
***
— Hey. — Senti um empurrão. — Hey. Acorde.
Me levantei meio tonta. Tinha esquecido como era extremamente bom dormir deitada.
— Que dia é hoje? — Perguntei para James de pé ao lado de minha rede.
— 16 de dezembro. Por quê?
— Nada. — Eu tenho que chegar antes do Natal. — O que foi?
— Estão chamando você para podermos discutir como iremos abordar a ilha.
— Mas já?! — Exclamei espontaneamente. — Estou aqui há menos de um dia.
— Bom... — Ele respondeu como se não fosse ideia dele. — Não temos tempo a perder.
Tenho que chegar em casa antes do Natal.
— Está bem. — Concordei levantando.
O acompanhei até a sala de Safira, na qual estava a própria muito melhor do que da última vez que eu a vira e mais várias pessoas em volta de uma mesa.
— Karranp, hang wo Vanessa Dante, yon parenu Akan. — Disse Safira.
Espontaneamente, minha mente sabia o que ela disse: Senhores e senhores, essa é Vanessa Dante, nossa primeira Akan.
Dessa forma, também sabia o que responder.
— San. — Oi.
Me aproximei confiante e o resto da conversa se manteve de maneira natural em Niand.
Os outros se apresentaram levantando a mão e mostrando seus símbolos.
— Dasan. — Disse um homem com o símbolo de fada.
— Chun. — Falou uma mulher com uma figura dividida entre uma cabeça humana e uma de tigre.
— Aleksandr. — Se apresentou um garoto nanteral.
— Samirah. — Confirmou a salamandrae que eu já tinha conhecido.
O círculo se fechou com James, que era sereiano e o silêncio abriu espaço para que eu perguntasse:
— O que planejam fazer?
— Nosso plano — explicou Safira — é combinar com nosso espião e levar todas as nossas forças. — Ela apontou no mapa aberto que estava sobre a mesa mostrando a ilha. — Cada grupo ataca em um ponto e assim que tirarmos as pessoas, nós explodimos tudo.
Mas que...?*l
— Primeiro: por que acham que as pessoas irão seguir vocês ao invés de ataca-los ou fugir?
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A Ilha - As Crônicas dos Nianders Vol. I
FantasíaTodos nós somos capazes de algo. Do que você é capaz? Em uma realidade em que as pessoas podem despertar o ser mágico que vive dentro delas, uma garota chamada Vanessa Dante irá descobrir ser bem mais do que imaginava. O que você faria se um novo mu...