3 days • Tom Holland

• Capítulo 7

Os meninos desapareceram dentro de um dos quartos e eu juro que se tivesse um buraco ali agora eu me enfiaria nele.

- É, eu acho melhor eu ir... dormir.. boa noite. - Falei enquanto me virava e ia a passos largos para o meu quarto.

Minha cabeça estava a mil, tanta coisa havia acontecido naquele dia, parecia um sonho que eu não queria acordar, na verdade a minha vontade era de voltar para a sala, pular nos braços dele e me permitir fazer tudo que eu queria. Estava tão perdida em pensamentos que me assustei ao sentir ele me puxar pela mão e me encostar na lateral da porta do meu quarto, ele me deu aquele sorriso lindo e me segurou pela cintura.

Será que ele sabia o efeito que causava em mim quando me segurava assim?

- Não foge de mim... por favor. - E a coragem pra sair dali após um pedido desses? - Olha pra mim, eu to aqui assumindo que você não sai da minha mente desde a primeira vez que te vi sorrir então, por favor, não fuja.

Eu tinha certeza que ele conseguia sentir o meu coração acelerado, nós estávamos tão perto, meu corpo estava tão colado ao dele que esse contato deveria ser proibido entre ídolo e fã, mais tarde eu teria que me lembrar de agradecer aos céus por não ser proibido e por poder sentir a respiração dele no meu pescoço, me fazendo arrepiar.

- Tom, eu não sei se nós pod.. - Tentei argumentar, tentei fazer meus lábios verbalizarem o que a razão estava gritando na minha cabeça, mas ele me interrompeu.

- Shh, nós podemos, sim. - Ele levou a mão até meu queixo e acariciou o meu lábio inferior com o polegar e eu o vi sorrir com os olhos vidrados nos meus lábios. E só consegui suspirar. Mas então ele pegou a minha mão direita, levou até o seu peito, bem em cima do coração. - Você consegue sentir? Tá acelerado também. Olha o que voce faz comigo...

Okay, vamos recapitular: Eu ganhei uma viagem pra Londres. Conheci o Tom. Conheci os estúdios. Conheci o Haz e o Jacob. Amei a Nikki. Me diverti horrores num boliche. E agora eu tô na entrada do meu quarto com o Tom bem na minha frente me mostrando que o coração dele tá acelerado. E, santo deus misericordioso, eu sou o motivo disso. E pior, a minha cama está há uns 10 passos de nós.. O ouvi rir e percebi que havia me perdido em meus próprios pensamentos de novo.

- Por que você tá vermelha? O que ta passando por essa cabecinha? - Ele abriu um sorriso ainda maior. - Nós não vamos fazer nada que você não queira, me desculpa se pareceu que estou forçando a barra... - Ele me soltou, se afastou um pouco, o sorriso dele sumiu e ele levou a mão até a nuca pra mexer nos cabelos em um claro sinal de vergonha. - Eu só não consigo tirar você da cabeça. Foi loucura te chamar pra sair? Possivelmente. Você poderia muito bem ter me ignorado ou negado, mas eu torci tanto pra você aceitar que quando você apareceu com o Haz hoje no estacionamento, caramba, eu fiquei tão feliz. Tudo bem se você achar que eu to rápido demais ou indo muito longe, ultrapassando algum limite, mas eu não quero que você...

- Tom... - Chamei por ele. - Tom...? - Chamei de novo, mas ele estava tão concentrado no que falava que mal me escutou e já havia começado a andar de um lado pro outro, saindo e entrando do quarto, e acho que ele nem tinha percebido o que estava fazendo.

- Eu tenho certeza que se eu tentasse ignorar isso que eu to sentindo, eu ia me arrepender, entende? Mas eu entendo se você não quiser, entendo mesmo, eu só não podia me arrepender de não ter tentad...

Não o deixei terminar, assim que ele atravessou o batente da porta eu o encostei na mesma e o beijei. Não foi igual aos beijos que estou acostumada a ver nos cinemas, nossos movimentos não começaram a ficar em câmera lenta, a musica que ainda tocava la na sala não ficou mais alta, o tempo não parou, não foi tipico de filme. Foi melhor! Eu o senti sorrir contra meus lábios e começar a retribuir o beijo, logo as mãos dele estavam na minha cintura me puxando mais pra perto, permitindo que nós pudessemos sentir nossos corações acelerados. As minhas mãos, que antes tremiam, agora estavam firmes, uma nos cabelos dele e a outra em um dos braços que tratei logo de subir um pouco e encaixa-la por dentro da manga da camisa só pra poder sentir o quanto ele estava arrepiado.