Trinta e dois - Mason

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Mason Cooger

Lauren Brench

Uma filha amada por todos e fiel.

2001 - 2018

Agacho do lado da sua sepultura e passo minhas mãos pela lápide, enquanto a outra segura o pequeno ramo de flores vermelhas que roubei da casa de campo antes de vir para cá. Quem foi o mentiroso que havia escrito isso? De fato, Lauren não era amada e muito menos fiel a ninguém.

— Quanto tempo, Lau - solto uma risada nasal e luto contra as lágrimas - Fui covarde esse tempo todo eu sei, podia ter vindo aqui antes, — sussurro — trouxe rosas, suas flores favoritas — depósito o buquê na sepultura.

Enxugo algumas lágrimas e umedeço os lábios antes de continuar.

— Tudo mudou, Lauren e agora eu vejo claramente o quanto. Eu não sou mais a merda de um garoto que se acha o dono do mundo. Tudo vem sendo tão doloroso depois que você se foi... — solto uma risada de raiva — Porra! Eu nunca imaginei que te visitaria em um lugar como esse — olho para o teto , tentando conter minhas lágrimas. Sei que se eu começar a chorar não vou parar mais — Ah, e algo aconteceu esse último mês, algo que eu nunca imaginária que pudesse acontecer.... De repente nesses últimos dias to sentindo uma grande necessidade de querer tentar um recomeço de verdade. Isso é idiota, eu sei...

Nunca pensei que fosse tão libertador e leve sentir. Algo dentro de mim pergunta se eu ainda posso ter um final feliz e pela primeira vez estou disposto a lutar e descobrir a resposta

— Não quero esquecer você... Isso é impossível... quero continuar lembrando de você sempre, mas não como a namorada que eu matei e vou me culpar eternamente e sim pelo pessoa maravilhosa que passou na minha vida tumultuando tudo e foi embora cedo — contínuo.

Fico parado por uns segundos apenas sentindo o efeito dentro de mim daquelas palavras tão profundas.

— Vou enfrentar todos os meus medos. Vou voltar a morar em Serafins City e assumir a empresa — digo convicto — Por nós dois, eu prometo que vou recomeçar por tudo que passamos juntos...

Escuto um ruído alto do lado de fora e franzo o cenho, me viro rápido para encarar a portão da cripta. Deve ser o vento. Tiro o colar vermelho de rubi do pescoço e coloco pendurado ao lado do seu nome gravado na pedra.

— De onde nunca deveria ter saído — me levanto e encaro mais uma vez — Adeus, Lauren Brench — de alguma maneira, eu e ela não havíamos se despedido e as vezes sinto que isso ainda me segura. Saio da cripta da sua família, fecho o portão e tranco com a chave a colando de volta no lugar — em baixo de uma vazo agora cheio de neve ao lado do portão. Giro meus calcanhares e vou em bora sem data pra voltar.

 Giro meus calcanhares e vou em bora sem data pra voltar

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