Porque tudo deve começar em algum lugar
Renjun caminhava tranquilamente pelos corredores barulhentos do colégio, arrumou os óculos. Sorriu e acenou para os colegas de classe, depois, parou na frente do seu armário e colocou a senha do cadeado prata. Tirou os livros das respectivas matérias do dia e depois voltou a fechá-lo.
Estava em mais uma rotina, não havia nada de novo naquele dia. Os alunos estavam conversando tranquilamente e o rapaz encostou no armário, dando, as vezes, espaço para os alunos dos armários vizinhos. Estava esperando Yukhei, que apareceu alguns minutos antes do sinal tocar. O primo sorriu abertamente para o menor e arrumou a mochila no ombro esquerdo.
— O que está fazendo? – Quis saber o mais velho assim que se apoiou ao lado do castanho.
— A rotina de sempre Yukhei – comentou o Huang, sendo literalmente, o único daquela escola a chamar o primo pelo nome, já que todos o conheciam como Lucas.
O mais alto suspirou, não acreditando o quão chata era a vida do mais novo, que se enfiava em seu quarto e apenas lia livros de suspense policial, criava teorias para cada novo capítulo, e descobria antes dos personagens quem podia ser o verdadeiro culpado.
— Credo, não tem nada planejado para esse sábado?– Perguntou acompanhando os passos de Renjun, que decidiu que já queria ir até a sua sala.
A escola era dividida em três andares. O primeiro, que se encontrava o refeitório, biblioteca e secretaria. O segundo, que as salas do primeiro e segundo ano estavam, o terceiro era no último andar, dividindo este com o Grêmio. Tinha também a cobertura, mas ninguém chegava a ser louco de ir até o local, sendo intitulado pelos garotos do Topo, o lugar oficial deles.
Assim que se entra em uma escola, você descobre as várias regras que se tem lá. O uso proibido de celular dentro da sala de aula. O uniforme obrigatório. Nunca escolher tal pessoa da sala para os jogos da aula de educação física. São coisas simples que todas as escolas têm.
E como todo lugar, aquela escola também tinha a hierarquia. Renjun não ficou surpreso quando comentaram isso com ele. Afinal, se algum dia alguém comentasse que na sua escola não havia nada disso, isso sim o deixaria admirado.
Aquela escola não tinha uma pirâmide dividida em várias camadas, os jogadores não tinham nada contra os nerds. As garotas mais bonitas da escola tinham amigas normais e só carregavam aquele título. Não é porque você é o presidente da sala, que vai odioar o capitão do time de vôlei. Não é porque o garoto joga no time de futebol, que ele não pode namorar aquela garota que ninguém sabia que existia.
Não, a escola de Renjun tem duas camadas. A de baixo é composta por quase todos da escola. Não há inclusão dos garotos que decidiram que não vão andar com o uniforme arrumado, ou aquele que simplesmente não se encaixa nos padrões que outras escolas impõem nas suas.
Na verdade, é mais fácil falar do topo da pirâmide, onde somente seis alunos compõem o local tão desejado. Embora o normal sejam aqueles que fazem parte de times da escola, somente três integrantes são do esporte. São pessoas que por alguma enésima, não estão junto com os outros. Não é só pelo dinheiro, já que outros que estão fora desse grupo também possuem o título de classe alta. O Topo, sempre foi preenchido por pessoas que já se conheciam. Lucas comentou que aquilo vinha desde os progenitores dos atuais. E só voltou quando Moon Taeil e Seo Youngho começaram a estudar na escola.
VOCÊ ESTÁ LENDO
So What?
FanfictionRenjun tinha três perguntas. Como ele começou a andar com os mais populares da escola. Por que ele estava ajudando a achar um gato desaparecido. E como aquilo se mostrou ser bem mais do que imaginavam {Markhyuck} {Chensung} {Noremin} {Suspense}