第23章

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Não me deixe ir

— Você está bem? – Jaemin pergunta e Jisung se levanta resmungando, estavam sujos e doloridos, e ao olhar para cima, não conseguiriam sair dali do mesmo jeito que desceram.

— Defina bem – pediu o loiro ranzinza tentando limpar a roupa.

— Estar vivo – Na solta olhando ao redor, xingando por não saber que caminho tomar para voltar para onde estavam. Ao menos eles não estavam em um breu e conseguiam se mover direito.

— É, estar vivo é bom – Jisung dá de ombros – mas ferrados não, e estamos muito ferrados.

— É, eu percebi – comentou olhando para cima, podendo ver Chenle aparecer, os olhinhos chorosos mas um sorriso de alívio ao vê-los bem.

— Lele! – Jisung grita – ache os outros! Nós vamos ter que ir por outro caminho! – E viu o menos soluçar – você consegue amor! – E sorriu para encorajar o menor, que concordou e saiu do campo de visão da dupla.

— Ele vai ficar bem – o mais velho tranquiliza – Chenle é inteligente e é rápido. Eu ficaria preocupado em como vamos sair daqui – e olhou ao redor mais uma vez – acho melhor a gente ir por ali – apontou para frente – seria, supostamente, a direção que iríamos se não tivéssemos caído aqui.

E os dois se entreolharam antes de começarem a andar.

. . .

Chenle voltou a correr, rezando para achar um dos amigos, e como um anjo que caiu do céu, Jeno apareceu na sua frente, o segurando assim que viu que colidiriam pela velocidade.

— Você está bem? – Jeno pergunta tocando o rosto do amigo – tudo legal? Nada quebrado? Quem gritou? Onde estão os outros?

— Eu 'tô legal – suspirou – Jisung e Jaemin caíram de um barranco – e segurou Jeno para tranquilizá-lo – eles estão bem – soltou mais para si, do que para o Lee – vão tentar achar outro caminho, disseram para mim ir na frente e achar alguém.

— Donghyuck deve ter ficado com o Mark – o coreano olhou ao redor – ache os dois Lele, é importante achá-los – sorriu – vou atrás do Park e do Na. Vou ajudá-los ok? – E Chenle sorriu, enquanto sentia Jeno se afastar.

O chinês não chorou como faria. Ele suspirou e continuou correndo.

. . .

— Puta que pariu Moon! – Renjun gritou depois de um quase infarto – o que você faz aqui? Correndo atrás de mim?

A menina joga os cabelos do rosto e cruza os braços.

— Vim salvar a vida de vocês, depois que tentaram vir salvar a minha – deu de ombros – não quero soar como alguém que não está agradecida, mas quase estragaram o plano – se levantou – eu observei o cara ontem o dia todo, e percebi que ele quase não fica lá. Não tinha tempo para ver se é um padrão. DamBi tem até domingo e eu tenho – olhou no relógio – 34 horas para ajudá-la a sair dali, acabar com o assassino, e ajudar vocês – estendeu a mão para puxar o chinês no chão.

— Até domingo? – Renjun pergunta.

— As meninas ficam cinco dias desaparecidas – informa – o que me dá até domingo para acabar com tudo – olhou ao redor – temos que pegá-la primeiro, aproveitar que vocês tiraram aquele cara do esconderijo. Me dá mais tempo de ajudar a DamBi.

— E qual seu plano de tirá-la de lá e pegar o Encapuzado? – Renjun pergunta e Moon sorri pelo nome dado ao assassino. Ao menos combinava.

— Primeiro, pegar a DamBi, não importa o que – ela começa a andar – depois, tentar prender esse Encapuzado lá dentro. Meu pai vai saber logo que eu estou aqui, então tudo bem. Agora vamos mais rápido, não sei se posso confiar no tempo.

. . .

Mark e Donghyuck não soltaram as mãos em nenhum momento. Mesmo quando as vezes, um ficava um pouco para trás. Estavam quase sem ar pela rapidez dos passos e dos desvios dos galhos.

Continuaram a correr mesmo quando não ouviam mais os passos atrás de si. Mark não queria parar, se Donghyuck saísse de lá com um único arranhão, o canadense nunca mais se encararia no espelho pela culpa que nasceria em si.

— Mark! – O Lee mais novo chama – Mark, eu não aguento mais, por favor, ele não parece estar atrás da gente... Eu vou infartar – e o mais velho o ignorou – Mark seu bosta! Para de me puxar!

O mais velho parou entre risos. Lee Donghyuck conseguia melhor o pior clima do mundo.

— Hyuck – Mark ia começar, mas ouviram um barulho e ele puxou o namorado para si, o deixando entre seus braços em um ato protetor.

Mas antes de gritarem, Chenle apareceu e ao ver os dois bem, começou a chorar indo abraçá-los forte.

— Hey – o mais velho abraça o Zhong – tá tudo bem Chenle, estamos aqui – e olhou para Haechan – vem cara – segurou as mãos do amigo – vamos procurar os outros.

. . .

Renjun e HyeIn se encontravam encarando a Casa das Sementes. Estavam querendo ver se a barra estava mesmo limpa, mas nenhum dos dois deixou o outro ir conferir. Mas, para a sorte de todos, mesmo os outros meninos que estavam afastados, Miau apareceu de dentro da barraca, e encarou Moon. Ele queria deixar claro que a garota estava segura. Que ela podia ir até lá.

— Esse gato! – Renjun quase gritou – É o Miau! Caralho! É por ele que estamos todos aqui – e HyeIn sorri.

— Ele? Miau? – Encarou o bichano enquanto ia até ele – esse gatinho me ajuda muito aqui – pegou o Miau no colo – espero que eu possa dizer pessoalmente ao Na Jaemin que o gato dele me salvou várias vezes.

E entrou, sendo seguida pelo chinês. O local não era feio, ou digno de uma história de terror. Era até que arrumado, com gramas em algumas partes. Entraria luz do sol pelas frestas, e com certeza daria um com cenário para um filme de fadas e coisas do tipo.

Mas Kim DamBi em um canto, amarrada e chocada ao ver Huang Renjun e Moon HyeIn ali, deixava tudo menos fantástico, e mais realistico.

— DamBi! – HyeIn correu até a menor, tirando um canivete de dentro da meia e cortando as cordas e tirando o pano da boca da amiga – você está bem? – Bateu na própria testa, claro que a mais nova não estava bem – me desculpa DamBi, me desculpa por não poder salvar as outras... Por vir aqui só agora... Eu estava com medo, mas eu não viveria em paz comigo mesma se quebrasse a promessa em te proteger sempre.

E a Kim começou a chorar. Soluçava com força e as lágrimas caiam grossas e rápidas. Ela abraçou Moon com força, e começou a se desculpar também. Por dar ouvidos a Nam, por não falar com HyeIn, por ter sido inconsequente e ficar do lado de fora da escola. E mesmo Renjun querendo sair dali o mais rápido possível, sabia que as duas precisavam daquele abraço.

. . .

Os passos ficaram mais lentos. A Casa das Sementes entrou em seu campo de visão. Mas antes de ir até lá e acabar de vez com aquilo, com Kim DamBi, filha do assassino da amada do seu outro eu, Know avistou o gatinho.

Miau andou até o homem, como fez a primeira vez que se viram. Ele miou baixo, quase como se súplicasse para que Know vencesse o seu outro lado. O bichano era inteligente, e não foi preciso pensar muito com sua mente felina para entender que o homem na sua frente lutava internamente contra seu próprio demônio.

Miau foi o motivo de Know it até o bairro luxuoso. Tudo para vê-lo, e tentar resgatar sua humanidade. O que restou dela.

Mas um dia, seu outro eu cansou daquilo. Iria se livrar do felino como estava se livrando das garotas. E se não fosse pelo grito daquele garoto desconhecido, e depois por GaYoon lutando pelo controle, Miau talvez estivesse morto.

E mesmo com tudo aquilo acontecendo, mesmo depois de tudo aquilo, o animal continuava lá. Implorando do seu modo, para que Know GaYoon vencesse aquele outro sombrio.

Que ele não o deixasse.

Agora sabemos sobre o porquê do Miau ser "sequestrado"

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