第18章

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Lost

Os dois meninos ficaram na sala, vendo onde a alguns minutos estava a senhora Na. Ambos completamente em choque. Renjun conseguiu avisar sobre isso no grupo, e os meninos já estava surtando muito.

— Preciso ir agora Nana – Renjun avisa assim que vê que são nove horas. O chinês se levanta sendo acompanhado pelo mais novo. Ambos estavam enjoados e as coisas pareciam girar, mas ninguém comentou nada sobre isso.

— Vem, eu vou pedir para o senhor Baek te levar – o Na comenta.

— Não precisa Nana – Renjun o impede de sair da sala – meu pai está vindo, eu só vou encontrar com ele no meio do caminho – sorriu – não somos um alvo do Encapuzado então fique tranquilo.

E o Na suspirou concordando, depois, seguiu o mais velho até a porta, e sorrindo enquanto acena uma despedida. Ele só não esperava o pequeno beijo que Renjun roubou.

— Jeno me contou – sussurrou o mais velho vermelho – e eu acho que concordo com ele – e saiu correndo – tchau Nana! Eu e Jeno também gostamos de você!

. . .

Donghyuck estava sentado na entrada da escola, e enquanto cada um dos garotos do seu grupo chegava, se posicionavam atrás de si. Até mesmo Renjun se viu preso nessa rotina de ser um deles.

Mark foi o último a chegar, estava com olheiras provando o que o Lee mais novo pensara. Todos estavam chocados com aquela descoberta. Hyun estava morta a vinte e três anos. Era impossível pensar nela como o Encapuzado.

— O que faremos agora? – Chenle pergunta – nossa principal suspeita... – Um choro se prende em sua garganta, e Jisung o abraça forte – Mark?

O canadense parece ter saído do transe. Olhou assustado para os mais novos e arrumou a postura, mudando a expressão também. Não ia demostrar o quão frágil estava naquele momento e então limpou a garganta e encarou Renjun.

— Mande Moon nos encontrar na cobertura.

— Mas – Renjun começa a questionar, porém, Jeno o segura pela cintura, o puxando para mais perto de si, dando passagem livre para Mark e Donghyuck passarem – Mark!

Donghyuck parou os passos e com um olhar simples, o chinês entendeu que aquela hora não era muito boa para questionamentos. Eles deviam apenas obedecer qualquer coisa que o canadense mandasse.

Assim que os dois passaram pelo grupo e seguiram para o prédio, Renjun se soltou do aperto de Jeno e fez uma cara emburrada.

— Moon não tem nada a ver com isso! – O chinês reclama, recebendo um olhar de resposta dos mais novos – obrigado pela parte que me toca – replicou e segurou as alças da mochila, se afastando deles.

— Injuni! – Jaemin chamou, mas Renjun o ignorou, andando até a escola e seguindo para a sua sala. HyeIn já estaria ali, faltavam alguns minutos para o sinal, então a garota provavelmente já teria arrumado sua carteira e estaria pronta para duas aulas de matemática. Mas para a surpresa do chinês, ela não estava na mesa. Nem ela, nem nenhum rastro de que ela fora para a aula.

. . .

Não é terrível que, não importa quantas promessas se façam, quanto tempo estão juntos, a pessoa pode, um dia, simplesmente levantar e sair de sua vida em poucos segundos?

E você precisa continuar seguindo sua vida. Vivendo aquela rotina. Fingindo estar bem.

Porque o mundo não vai parar por você.

O mundo nunca para por ninguém.

•°†°•

A aula seguinte se arrastou lentamente até o primeiro intervalo, e assim que o sinal bateu, Renjun correu para fora da sala, onde foi segurado por Jeno e Jaemin, que o bombardearam de perguntas do paradeiro de Moon. O chinês se livrou do aperto dos mais novos e correu até o terceiro andar, onde abriu a porta com força, encarando Mark, que parecia interessado demais em desenhar no caderno, do que prestar atenção na aula.

Lucas era da mesma sala que Donghyuck e Mark, e quando viu os dois do Topo levantarem, ficou aflito com o que o primo estaria metido. Não foram precisos palavras dos dois, Huang e Wong se entendiam por um único olhar, e estava claro que Renjun teria muitas coisas para explicar.

Donghyuck puxou Mark e saíram da sala. Não foi preciso permissão do professor, eles dificilmente paravam o casal de fazer algo.

— O que aconteceu? – Mark pergunta assim que estavam fora da sala – Renjun! – Manda assim que vê o chinês travar no lugar.

— Eu... Moon – Renjun tentou formular como devia explicar que seu sexto sentido dizia que algo estava muito errado – ela...

— Renjun! – O trio ouve e encaram Jaemin no começo do corredor – Injuni eu... – E atrás dele apareceu o xerife. Tinha a mandíbula tensa, mas em seus olhos mostrava que o homem parecia querer manter a calma – ele quer falar com você...

Renjun sentiu a mão de Donghyuck apertar seu pulso, em um ato que provava que o coreano estava assustado com o que se seguiria. E o Huang encarou Mark querendo a autorização do líder para poder ir embora.

— Pode ir Renjun – Mark sussurra, mas ao ver o menor se afastar, suas mãos quiseram puxá-lo para perto de si. Estavam afundando, e Mark sentia que estavam ficando cada vez mais sozinhos.

O xerife não falou nada o caminho todo até a secretária. Também não soltou nenhum som quando se sentaram um na frente do outro na sala vazia. Sua expressão parecia suave, e pela primeira vez, Renjun se perguntou se HyeIn também teria um olhar como esse.

— Huang Renjun – soltou finalmente o mais velho, ele tirou o chapéu e pousou na mesa que os separavam – HyeIn nunca me contou de você – e sorriu mínimo. Por que estavam falando dela? – Na verdade a minha menina se fechou completamente depois que as amigas dela se afastaram... E a irmã mais velha se mudou por conta da faculdade... HyeIn sempre se abriu melhor para ela.

Renjun estava surpreso, nunca imaginou HyeIn como a caçula da família.

— Por que quer falar comigo senhor? – Tentou soar o mais inocente possível. E logo depois de terminar a frase, o xerife abriu o casaco e tirou de lá uma carta amassada.

— Não se preocupe, eu não li... São provas, e eu devia ter lido já. Mas é da minha pequena, e eu sei que ela iria querer que você lesse antes de mim... – o chinês pegou o envelope e arregalou os olhos ao reconhecer a caligrafia bonita de Moon, onde ela escreveu com simplicidade “Para Huang Renjun.”

— Eu... – Encarou o homem na sua frente – me desculpe, mas eu não estou entendendo.

— Não há porquê se desculpar – o senhor Moon sorri cansado – até agora só a polícia sabe disso – passou as mãos nos cabelos – HyeIn sumiu ontem a noite... Levou a câmera que minha esposa deu de presente e não deixou rastros para onde iria.







Eita

E agora?

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