Capítulo 40 Esperanças

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HANNA

Ter que aguentar Katy, e a insuportável da sua amiga, foi praticamente insuportável. Eu até senti uma leve pontada de ciúmes da nova amiga de Katy. Ciúmes que passou de imediato, quando graças a ela, consegui ficar a sós com Zac. Ele realmente é incrível. Saiu tudo muito além do que Tereza e eu planejamos. Ele é completamente maravilhoso. Seu sorriso, seu corpo, seus olhos, seu cheiro, foi feito à mão, não tem outra explicação para tanta perfeição. Não nego que fiquei chateada, com a forma em que fui expulsa do seu apartamento. Claro que eu sabia, que não iria voltar de Londres noiva dele. Mas é que ele foi tão carinhoso, tão intenso, que não imaginei que seria expulsa da forma que fui. Além de ser expulsa, tive que aguentar a sonsa da Katy, vindo pra cima de mim, até que a órfã, tem a mão pesada. Mas mostrar a elas as mensagens de Zac, ver a sua cara de decepção, valeu a pena. Sei que para ela doeu bem mais do que o tapa que ela me deu, e a pequena surra que levei da sua amiga. Eu consegui o que queria, eu os separei. Eu consegui o Zac para mim. Foi tudo bem melhor do que planejei. Saiu tudo muito além do que Tereza e eu, esperávamos. Agora vem a segunda parte do plano. Tirar meus pais de Katy também. Assim que o avião pousa, vou até o banheiro do aeroporto, e posso parecer louca eu sei. Mas tudo é por um bom motivo. Faço alguns arranhões em meu rosto, braços e mãos. Minha aparência é de dar dó.Parece que fui espancada. Mas preciso que meus pais fiquem completamente revoltados com Katy. peço um táxi para casa. Algum tempo depois, o táxi estaciona na frente de casa, e eu saio fazendo a maior cara de coitada que posso. Entro em casa, e chamo pela minha mãe, quando ela me vê, ela vem correndo em minha direção completamente assustada.

-Hanna, meu amor, o que aconteceu? O que fizeram com você? Quem fez isso com você? - Enxugo as lágrimas de crocodilos, que caem dos meus olhos, e digo a minha mãe, que já se encontra com lágrimas nos olhos.

-Foi a Katy mãe. Ela e sua amiga fizeram isso comigo.

Zac

Me sinto entorpecido pela dor. Pago por algo que não fiz. Bom, que não me lembro o que fiz. Passei em minha mente, um milhão de vezes, cada detalhe do que aconteceu. E nada me parece suspeito. Pensei na hipótese de Hanna ter me dopado ou algo do tipo. Mas em nenhum momento, ela teve essa oportunidade. Cheguei até mesmo a questionar Helena, mas a coitada se sentiu ofendida, e por ela ser amiga de Gal, sei que ela não faria nada. Eu fui atrás de Katy, um milhão de vezes, ela não me atende. Mandei a ela, todos os tipos de flores existentes no mundo. Mas mesmo assim, ela não me atende, não fala comigo. Tenho entrado em uma rotina constante, durmo, tomo banho e choro, até que caio no sono novamente. Não aguento mais sentir essa dor, que corta em meu peito. Já pensei em várias vezes, ir até seu apartamento, mas ver o desprezo em seus olhos, é doloroso demais. Eu sei que ela está sofrendo. Ligo para Scott o tempo todo, pedindo que ele faça com que Darla me de notícias dela, e Darla me diz que quando ela atende o celular, diz que está bem. Mas sei também que ela não tem ido a faculdade, nem está se alimentando.

-Zac, você está bem filho? - Gal aparece me tirando dos meus pensamentos.

-Não Gal. Estou preocupado com Katy. Eu vou perder ela, por conta da Hanna. Já não sei mais o que fazer Gal. Eu já me perdi em desespero. - Puxo os fios do meu cabelo, demonstrando nervosismo.

-Zac, se acalme meu amor.

-Não tem como ficar calmo. Sei que ela está sofrendo, sei que não está bem. E eu... não posso fazer nada.

Desabafo com Gal, por um bom tempo. Até que Gal para me tranquilizar, vai até o apartamento de Katy. Cuidar dela. Eu tenho Gal, tenho Dhylan, e até Helena, que vem demonstrando uma preocupação fora do comum. Mas sei que Katy não tem ninguém. Ela tem Darla, mas ela não está aqui pra ficar com Katy. Hanna fez tudo o que fez, e conheço Katy. Sei que ela não iria procurar Alex. Faz um tempo que Gal saiu, e não retornou. Tomo um banho, e ainda sim quando saio do chuveiro Gal ainda não chegou. Decido pela primeira vez em dias, dar uma volta. Preciso respirar ar puro. Praticamente forço meu corpo não ir até o apartamento de Katy. Nossos apartamentos ficam muito próximos. Decido ir pelo caminho contrário ao seu. Ando sem direção, sem ter pra onde ir. Me sinto tão estranho. Estar sem Katy, é como estar incompleto. Me agarrei a ela de uma forma, como jamais imaginei um dia amar alguém. Não sei como será se ela não voltar para mim. É doloroso demais imaginar a vida sem ela. Sem seu cheiro, seus carinhos. Seus sorrisos, sua preguiça matinal, e suas piadas sem graças. É torturante imaginar a vida, sem o brilho dos seus olhos iluminando meu caminho, me tirando da escuridão que era a minha vida. Não tem como imaginar. Uma lágrima cai sem que eu perceba, e eu a enxugo. Estou perdido em pensamentos, quando trombo em alguém.

Entre Escolhas - concluído (Livro 1) Onde histórias criam vida. Descubra agora