Capitulo 7 - Amigos

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    Após levar a comitiva do príncipe aos seus respectivos aposentos, voltei para meu quarto, seguida por meus guardas de perto

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    Após levar a comitiva do príncipe aos seus respectivos aposentos, voltei para meu quarto, seguida por meus guardas de perto. Como Herácles não estava comigo, eles faziam questão de me seguir para todo lado.

    O guarda real não saia da minha cabeça também. Estava louca para saber o que havia deixado o príncipe naquele estado e o que eles estavam fazendo naquele quarto, sozinhos. A falta que uma magia de invisibilidade fazia era tão grande.

    Entrei no meu quarto e, quase no mesmo instante, escuto batidas na porta. Pensei automaticamente que os guardas iriam fazer alguma inspeção de segurança.

    Dei meia volta e novamente abri a porta, mas quem estava lá era Herácles e o mesmo tinha muito medo no rosto. Ele não demorou a entrar, fechou a porta e me abraçou, como uma criança assustada.

    - Eu deixei que ele matasse. - De início não entendi o que estava acontecendo, mas não foi difícil compreender a quem ele estava se referindo, então o abraço com mais força.

    - Calma, você sabe que não é o culpado, quer me contar o que aconteceu?

    Herácles estava com dificuldade em formar palavras coerentes, entretanto, lentamente ele conseguiu me contar o que acontecera. Eu conhecia a sua condição e não podia deixar de me sentir indiretamente culpada, afinal, minha linhagem era responsável por ele ter que viver com aquela maldição.

    Entretanto, o culpado maior de toda aquela situação, era o maldito imperador da cidade de ferro. Para mim, ainda era abismante o nível de loucura dele. Causar os ferimentos que Herácles me descreveu, no próprio filho, e ainda tentar matar meu melhor amigo por causa de um beijo, era demais até para mim.

    - Eu vou acabar com esse casamento agora... - Fiz menção de me levantar, mas Herácles segurou meu braço. Ainda com a cabeça baixa, o escutei respirar fundo e, por fim, falar.

    - Você não pode fazer isso. A guerra começará novamente e, com certeza, ele vai machucar o Valerian. Não é o que eu quero.

    As palavras eram calmas e, de certa forma, doces. Eu poderia quase tocar o sentimento de proteção que meu amigo emanava. Com certeza ele gostava de Valerian, não era amor propriamente dito, esse sentimento não acontecia tão rápido. Entretanto, tudo entre eles estava pronto para aceitar tal emoção.

    - Está bem, mas o que você vai fazer se eles tentarem de novo? E os corpos, ainda estão no corredor?

    - Vou me afastar por hora, preciso ver a mestra Anne. Ela pode ajudar a arrumar minhas emoções. Já dei ordens aos guardas para pegarem os corpos e limparem o corredor.

    Era sempre irritante quando ele pensava em tudo, mesmo estando com a mente tão bagunçada.

    - Eu odeio quando você controla a situação assim. Além de levar meu noivo, quer ser um governante melhor que eu! - Consigo arrancar uma risada baixa dele e isso me deixa bem contente também.

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