Capitulo 6 -Assassinos

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    Seguimos pelo castelo com a comitiva do príncipe e continuei a notar que ele estava muito estranho, até que perto do quarto ele caiu e não pude evitar de me mover rapidamente, o segurando antes que chegasse ao chão

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    Seguimos pelo castelo com a comitiva do príncipe e continuei a notar que ele estava muito estranho, até que perto do quarto ele caiu e não pude evitar de me mover rapidamente, o segurando antes que chegasse ao chão. Logo que o toquei, notei a temperatura do corpo elevada.

    - O que aconteceu com ele. - Nice se aproximou, juntamente com o restante da comitiva.

    - Ele parece estar ferido. - Olhei para Nice, que estava mais próxima e falei para que somente ela escutasse. - Pode tirá-los daqui para mim? Eu cuido dele.

    Ela sorriu de leve e concordou com a cabeça. - O príncipe está em boas mãos, meu guarda real cuidará dele pessoalmente. Vou mostrar-lhes vossos aposentos.

    Mesmo a maioria dos guardas relutando, todos seguiram Nice e me deixaram no corredor com o príncipe.

    Peguei Valerian no colo e cuidadosamente o levei até o quarto, que já estava devidamente preparado para o mesmo. Coloquei ele sobre a cama de lençóis azuis, abrindo os botões da camisa para iniciar a cura, mas me deparei com algo, digamos que, perturbador. Vários hematomas roxos e cicatrizes estavam espalhadas pelo seu peito e barriga.

    - Theía therapeía...

    Minhas mãos começam a brilhar na cor vermelha, assim que ativei a magia de cura. Levei as mãos ao peito de Valerian e comecei a curar o local.

    Como eu esperava, ele não demorou a acordar. Quando a febre começou a abaixar, o príncipe me olhava, aparentemente, muito assustado, e logo me perguntou sobre o que havia acontecido.

    - Você desmaiou... - Queria supor que eles foram atacados durante a viagem, por isso ele estava naquele estado, entretanto as cicatrizes destruíam minha teoria. - O que aconteceu com você?

   Em seus olhos, notei que ele hesitava a falar, parecia estar com vergonha e isso me deixa intrigado, mas resolvi não insistir.

    - Se você não quiser falar, tudo bem - continuo.

    - Eu não queria falar, porque tenho vergonha disso, mas você é o único que sabe e que eu posso contar, mesmo sentindo vergonha. - Ele fala tudo bem rápido, com certeza estava precisando de alguém disposto a escutar. - Meu...meu pai fez isso, depois que descobriu do beijo que eu dei em você.

    Não posso deixar de ficar vermelho ao lembrar em detalhes a cena do beijo, mas esse sentimento logo dá seu lugar à raiva. Fico me perguntando que tipo de pai faria isso com um filho, por um simples beijo roubado.

    Tento pensar em uma forma de confortá-lo, porém, era bem complicado, já que o mal era o próprio pai.

    Limpei a garganta, tentando juntar as palavras da melhor forma possível, antes de me pronunciar.

    - Eu sei que esse casamento trouxe esse problema, mas quando ele acontecer e você vier para cá permanentemente, prometo que ninguém te fará nenhum mal.

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