(Romance Gay)
Paz é uma somente uma palavra para dois reinos que sempre estavam em guerra, até que finalmente a rainha propõe um acordo para tornar aquela palavra em realidade.
Tal acordo, clássico, incluía um casamento entre o príncipe Valerian...
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Olhei as fotos e infelizmente já era o que eu imaginava, mantive meu olhar baixo e resolvi não falar uma palavra, sabia que ele iria me mandar calar a boca como já fez diversas vezes.
- Um merdinha apareceu até mim me ameaçando, pedindo dinheiro pra não publicar essas fotos, tive que colocar fogo em um bom jornal por sua causa. Você tinha o simples dever de ficar quieto, mas não, você tinha que dar seu show e quase estragar tudo, beijar o guarda da rainha seu idiota inútil !!! - ele passou a gritar e era possível sentir a raiva quase se tornando palpável.
Quando era mais jovem, escutar aquelas palavras me faria chorar, mas naquele momento eu já estava acostumado com as palavras que saiam da boca do imperador.
- Acho que você está a muito tempo sem ver os irmãos Reed. - ele moveu a cabeça para um dos guardas após falar.
Fui então atingido na cabeça e minha visão ficou escura, minha mente se foi e assim perdi minha consciência. Acordo com uma dor onde fui atingindo, mas isso era o de menos. Estava sentado em uma cadeira de madeira, com braços e pernas presos por correntes, estava na odiosa sala cinza, iluminada por lâmpadas amarelas, que só possuía a cadeira que eu estava e uma mesa cheia de instrumentos de tortura, tudo bem organizado e limpo é claro.
- Olha irmão, ele está finalmente acordando. - escutei a primeira figura, encostada na parede a minha esquerda.
- Finalmente, estava começando a achar que o príncipe estava fingindo. - o que estava a direita se pronunciou também.
Os irmãos Reed, os gêmeos de olhos negros, cabelos vermelhos e rosto fino, que proporcionavam meus momentos de punição, sempre que eu desagradava meu pai eles me faziam uma visita, antes eu implorava para que parassem, mas com o tempo eu entendi que isso não adiantava, então me mantinha em silêncio tentando levar minha mente para lugares melhores.
- Você quer começar irmão? Fechei os olhos e me concentrei em lembranças felizes, como as brincadeiras com meu irmão e histórias que minha mãe contava quando me colocava para dormir, como eu ansiava poder escutar só mais uma vez a história do homem do escudo, odiava escutar a conversa deles de quem iria me torturar primeiro.
Entretanto não conseguia fugir da dor me escondendo nas lembranças, consequentemente não podendo evitar de sentir quando um deles atingiu meu abdômen com um soco inglês, depois o outro fez o mesmo, eles decidiram me bater juntos aparentemente.
- Infelizmente não podemos bater no seu rosto, o noivo não pode chegar com a cara deformada não é mesmo.
- Mas seu pai não falou nada das partes cobertas pelas roupas.
Eles continuavam a me bater enquanto falavam, mantive a cabeça abaixada, senti o gosto de sangue chegar a boca, junto com a dor que parecia se impregnar até nos meus ossos.
- Agora que já aquecemos. - ele deu um último soco, me fazendo cuspir o sangue e respirar ofegante.
- Vamos para as agulhas com toxina, aplicadas nos nervoso. - o outro foi até a mesa mergulhar várias agulhas em um líquido amarelo.
Com as pontas banhadas com um veneno de escorpião mais fraco, eles começaram a perfurar minha pele, chegando nos nervos e isso por si só já era muito doloroso, mas quando o veneno começou a fazer efeito, não consegui segurar os gritos, infelizmente para mim aquilo era apenas o começo.
...
Estava no carro seguindo para o reino de Eudara com uma comitiva, meu corpo ainda estava doendo mesmo depois do médico aplicar um anestésico em mim, provavelmente o remédio estava perdendo o efeito, a dor nas minhas costelas estava ficando maior.
Mantive meus olhos na janela, passamos por várias e imensas árvores, além de campinas repletas de flores, isso me ajudava a esquecer o incômodo por alguns minutos.
Quando finalmente chegamos ao reino da rainha Nice, não pude deixar de ficar impressionado com tamanha beleza do local, o castelo principal logo abaixo de uma enorme cachoeira, criando um rio que passava por várias partes da cidade, tudo parecia tão delicado.
O carro entrou na cidade e pude ver vários olhares curiosos sobre nós, saí do carro com certa dificuldade quando o mesmo parou, a dor estava ficando mais intensa e eu precisava urgentemente de uma cama, na verdade precisava de um médico, mas a cama era o máximo que eu podia conseguir, pelo menos era o que vinha a minha mente.
Perguntei sobre o quarto e Nice que gentilmente me seguiu pelo castelo, enquanto andávamos pude sentir o olhar do guarda real sobre mim, estava ficando com bastante vergonha do mesmo, afinal eu havia o beijado e nem sabia se Herácles tinha família, talvez uma esposa e com certeza eu imaginava uma esposa, afinal ele era bonito até filhos podia ter.
- Então príncipe Valerian, a viagem foi agradável? O que achou do seu futuro lar? - Nice falou quebrando o silêncio e me fazendo recobrar a consciência.
- A viagem foi bem tranquila e achei Eudara muito bonita, com certeza vai ser... - senti o gosto de ferro na boca, o sangue estava lá novamente, respirei o mais fundo que pudia, tentando manter o controle pelo menos até chegar ao quarto e continuei a falar. - muito bom morar aqui.
Ela falou mais alguma coisa, porém eu não conseguia escutar o que me foi dito, pois o gosto de sangue ficou mais forte e acabei então perdendo o controle da minha mente e corpo, por fim meus olhos escureceram e minha consciência já não mais existia.
...
Despertei novamente para a realidade, mas mantive meus olhos fechados, estava sentindo algo quente sobre meu peito e uma sensação de que meu corpo estava flutuando, o momento foi tão agradável que levei um tempo para lembrar o que havia acontecido, mas a lembrança veio como um soco me fazendo abrir os olhos.
Meus olhos com certeza estava quase saltando para fora com a imagem que minha visão contemplava, Herácles estava com as mãos brilhando em vermelho, diretamente sobre meu peito, estávamos em um quarto azul bem iluminado e eu percebi que meu corpo estava sobre uma cama macia.
Minha mente estava falhando miseravelmente em entender o que estava acontecendo e como chegamos naquele local, tudo ainda ficou mais complicado quando Herácles olhou para mim.
- O que aconteceu? - eu já sabia da minha perca de consciência, mas não sabia mais o que falar para ele.
O mal da grandeza é quando ela separa a consciência do poder.
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