Capitulo 12 - Mercuryl

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Para minha infelicidade, Eudara se distanciava mais à medida que a comitiva se deslocava em uma rápida marcha até a cidade onde a cerimônia aconteceria

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Para minha infelicidade, Eudara se distanciava mais à medida que a comitiva se deslocava em uma rápida marcha até a cidade onde a cerimônia aconteceria. Minha mente logo tratou de relembrar os recentes acontecimentos, grande parte deles me trazia um sentimento de alegria, que para mim tinham uma raridade grande. Contudo, um deles era igualmente ruim. A tentativa de assassinado que Herácles sofreu acabou me deixando muito receoso, mesmo ele tentando me acalmar dizendo que sabia muito bem se defender.

Fiquei olhando pela janela do automóvel as árvores passando mais lentamente. A rainha estava logo atrás em uma carruagem, então minha comitiva não andava tão rápido. Assim, consegui prestar atenção no caminho, que era repleto de várias árvores de folhas coloridas, que vez ou outra davam lugar a rios e cachoeiras. Ambos os cenários combinavam com o som dos pássaros ao fundo.

No meio de meus devaneios com a paisagem, alguns questionamentos vieram a mim. Parando para pensar em como meu pai costumava agir, ele com certeza e, infelizmente, era esperto. Mandar assassinos a um outro reino, e não para matar a rainha, somente um guarda parecia ser idiotice. Uma que podia resultar em uma guerra ainda maior. Também me veio a mente, no início, que ele poderia querer se livrar mesmo de Herácles, entretanto, a forma como os homens atacaram foi muito imprudente e fácil de descobrir. Logo, a desconfiança de um terceiro por trás do ocorrido surgiu em volta de meus pensamentos.

Fiquei com aquilo na mente até todos pararem para o almoço, o caminho era longo e os lobos gigantes da rainha precisavam beber água. Os guardas trataram de armar barracas próximo ao lago e preparar o almoço, enquanto para nós, restava apenas esperar.

Permaneci sentado em uma das cadeiras de madeira que estavam dispostas abaixo da tenda amarela, assim como uma mesa e alguns baús. Observei Herácles algumas vezes, mas de forma distante, ele também estava em uma das cadeiras falando com Nice e uma gentil mulher chamada Amélia.

Talvez eles tenham notado que eu nem sequer estava escutando a conversa, principalmente quando falaram comigo algumas vezes e eu não os respondia.

- Alguém está com a cabeça nas nuvens hoje - Nice comentou, quando finalmente ganhou minha atenção.

- Desculpe... - foi tudo que consegui falar.

- Vamos, Amélia. Acho que preciso de um mergulho antes do almoço. - Nice se levantou e sua dama de companhia fez o mesmo.

Amélia parecia saber o que se passava entre Herácles e eu, entretanto não comentava nada e, assim como Nice, após pegar uma toalha em um dos baús, saiu e me lançou um pequeno sorriso.

- O que aconteceu? - Herácles veio até mim, parando exatamente a minha frente. - Está nervoso por ver seu pai de novo?

- Não... Quer dizer, acho que sim. Mas estou começando a cogitar que não é só meu pai o problema. - Conversar com Herácles sempre me deixava mais calmo, por tal motivo resolvi compartilhar aquela aflição.

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