Capítulo 28

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Ashton estava novamente dentro dos muros da ômega, junto com Josh e Felicy, ele caminhava em direção ao salão de jantar para o café da manhã.

- Eu vi na internet que aquele cara, Marco Sonslayer, foi finalmente preso – Josh comentou quando ultrapassaram as portas do salão.

- O assassino mais procurado do país? – Felicy franziu o cenho – Conseguiram prender ele?

- Parece que sim – Josh deu de ombros.

Os três amigos pegaram suas bandejas com torradas e ovos mexidos e se sentaram na mesa, junto com as meninas do 39 e os colegas de quarto do Ashton.

Ashton não conseguiu conter sua curiosidade quando Felicy e Delence se olharam, clima entre elas estava diferente, como se escondessem um segredo. O que era estranho, porque Felicy deixara claro que não tinha descoberto nada nas férias.

Ashton esperava que Felicy e Delence não estivessem escondendo nada além de segredinhos de garotas, porque se Jorge descobrisse que Felicy estava mentindo, ou pior, que Delence, a intrometida da Ômega que sabia de mais estava envolvida na mentira, as coisas piorariam para todos eles.

O tempo passou rápido de mais depois das férias, quando todos menos esperavam já estavam fazendo outra prova de campo para eliminar mais 50 pessoas e restarem apenas as 100 que passariam para a próxima fase do curso.

Todos estavam aflitos e quase não se ouvia fuxicos e fofocas pelos corredores ou, por incrível que pareça, no salão de jantar. Ninguém tinha estômago para comer ou dormir. O clima estava pesado e quase não dava para respirar. Ashton estava um pouco nervoso. Estava em primeiro lugar na lista de melhores da ômega, mas ainda sim era bem possível que ele fosse expulso, como era possível que qualquer um ali fosse expulso.

Delence estava se sentindo confiante, mas ao mesmo tempo, aflita. Se fosse a mesma equipe da prova de campo passada, teriam um problema. Jena estava mais voada que o normal, parecendo Delence depois da prova de campo. Mas tudo se resolveria, ela sabia que não ia acabar ali. Não podia acabar ali. Não fazia sentido, passar por tudo aquilo, quase morrer algumas vezes para não passar de ano.

*

Halley se esgueirou pelo telhado da grande casa do Prefeito de Palacio Frontal. Ela juntamente com Devina, a ruiva de olhos esbugalhados e tristes, tinham como missão descobrir o que eram as grandes caixas que viram na noite passada sendo carregadas até caminhões enormes e pretos, e serem transportados para fora da cidade.

Outra pessoa teve o trabalho de seguir os caminhões enquanto as duas menores da Resistência, se encarregaram do trabalho mortal que era entrar sem ser vistas na sala mais vigiada do estado e descobrir algo sobre aquilo; elas não deveriam voltar se não encontrassem algo, Jorge deixou bem claro antes de saírem.

Devina estava dependurada pelos pés nas telhas, de ponta cabeça, observando por entre o vidro da janela, ela era tão ágil e silenciosa que dava raiva em Halley. A ruiva, com um movimento só, deu um mortal e parou de pé no parapeito da janela. Fez um sinal para avisar Halley de que não havia ninguém e que ela podia descer.

Halley não era tão graciosa quanto Devina, mas tinha muitas habilidades que a ruiva não tinha. Ela deu um pulo e quase perdeu o equilíbrio no pouso, mas conseguiu fingir que estava tudo bem quando assentiu para a ruiva.

Devina tentou abrir a porta da janela mas estava trancada, as duas se olharam tentando bolar um plano rápido. Quando Halley viu por sobre o ombro da ruiva, uma cortina dançar para a fora de uma das janelas.

- Ali – Sussurrou ela, apontando a terceira janela daquele andar. Alguns metros distante de onde estavam.

Devina piscou absorvendo a ideia. Mas Halley não estava pedindo permissão para ela. Tinha encontrado um plano e ia coloca-lo em ação.

ÔMEGA | Contos Do Apocalipse - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora