DEZ ANOS DEPOIS...
O casal Bingley estava viajando em uma segunda lua de mel e, também, comemorando a gravidez de Jane. Ela descobriu o fato depois de passar mal nas praias do Caribe, Charles sendo extremamente cuidadoso com a esposa, queria voltar imediatamente. Mas, se convenceu de que poderiam ficar, quando o médico os tranquilizou com relação ao bebe. Informando que estava tudo bem e que não precisavam se preocupar, desde que Jane tomasse os devidos cuidados.
Charlotte e William tiveram um filho, enteado de Elizabeth. E ela se tornou uma grande fotógrafa, cogitando até abrir o próprio estúdio, ao contrário do marido que permaneceu à sombra de Catherine.
Darcy, no entanto, depois de receber a herança do pai, decidiu abrir sua própria produtora de vídeo, já que era formado em cinema. Agora dividia a sociedade com Elizabeth e estava tudo indo bem financeiramente para eles, ela o apoiava profissional e emocionalmente.
Catherine acabou comprando a parte das ações dos sobrinhos e passou a cuidar praticamente sozinha da Fotografia & Conceito, o estúdio por sinal, já não era como antes. A concorrência percebeu o conflito existente entre os sócios majoritários e conseguiu ganhar mais espaço no mercado.
Depois de tantos anos; entretanto, Catherine passou a tolerar Elizabeth, não como um amor profundo entre tia e sobrinha. Mas, diante do casamento sólido deles, entendeu que não havia nada mais a ser feito.
Caroline, por sua vez, casou-se com um modelo, que conheceu numa viagem para curar a dor de cotovelo e hoje vivia relativamente feliz. Elizabeth e ela eram quase amigas, por mais incrível que isso possa parecer.
Já Georgie era apaixonada pela cunhada, ambas construíram ao longo dos anos uma forte amizade e hoje eram cúmplices. A irmã de Darcy vivia viajando pela Europa durante o período de férias, já que estudava bastante e sempre que podia vinha visitar o casal. Eles se perguntavam quando alguém conseguiria roubar o coração da bela Georgiana. Ela, por sinal, sempre sorria e mudava de assunto, estava muito feliz aproveitando a vida.
Nunca mais ouviram falar de Wickham, graças a Deus. Ele simplesmente sumira, talvez porque seu caráter fora descoberto logo após o soco que recebera por importunar Elizabeth. Porém, ninguém saberia dizer com certeza e ninguém fazia questão de saber também.
(...)
— Bom dia, meu amor - Darcy sussurrou carinhosamente no ouvido da esposa.
— Bom dia, amor. - Lizzy virou-se na cama enorme que dividiam, para olhá-lo pela manhã.
Seu olhos azuis estavam levemente inchados e Lizzy continuava amando olhar para eles. Essa era uma das características que a fizera apaixonar-se perdidamente há dez anos.
— Hoje não posso enrolar, tenho muitas coisas para pôr em ordem antes da nossa festa de comemoração! - Elizabeth depositou um selinho nos lábios do marido.
— Eu sei, eu sei. Você está mencionando essa festa há mais de um mês. - Ele fingiu desinteresse.
Mas, na verdade, estava tão ansioso quanto a esposa, ou ainda mais.
— Darcy, essa comemoração é das nossas Bodas de Açúcar, será que você pode ficar mais animado do que isso?
— Eu estou brincando, não fica brava senão eu vou te encher de cosquinhas. - disse, girando a esposa na cama.
Aqueles olhos brilhantes o fitavam com um ar de travessura, os cabelos longos e escuros um tanto rebeldes, por Lizzy ter acabado de acordar emolduravam-lhe o rosto. Elizabeth vestia uma camisola de seda, quase transparente, que realçava ainda mais suas curvas e Darcy amava acariciar aquele corpo mais do que tudo. Lizzy era como a visão do paraíso para ele, o nariz, a boca, tudo nela era perfeito e Darcy sentia-se o homem mais feliz e sortudo da face da terra por tê-la ao seu lado.
Estava casado a seis anos com a mulher da sua vida, a melhor companheira, cúmplice, amiga e amante. Tudo o que precisava ele encontrava em Elizabeth, o amor que sentia por ela só aumentava a cada dia. Contrariando todos que torceram contra aquele relacionamento e acharam que não duraria mais que um ano, lá estavam eles, organizando os preparativos para a festa de comemoração das bodas de açúcar.
Darcy tivera certeza que queria aquela mulher para a vida, quando se declarou naquele apartamento. Mas, hoje, olhando-a pela manhã, lembrando da forma que se amaram de forma tão ardente na noite anterior, ele não conseguiria descrever a felicidade e o amor que sentia por Elizabeth.
Ela era a cor em um dia cinza, uma manhã de verão e, ao mesmo tempo, a brisa suave do fim de tarde. Darcy considerava um privilégio poder amá-la e sentia-se grato, grato por Elizabeth ter cruzado seu caminho, por ela ter se apaixonado mesmo quando ele agiu feito uma criança mimada. Pensou por um momento o quanto fora imaturo quando a conheceu, agora era tudo diferente, ele fazia tudo por Elizabeth, tudo para fazê-la feliz.
— Meu amor? - Lizzy chamou, trazendo-o de volta a realidade. - Você estava pensando em que?
— Em como eu sou sortudo por ter você comigo, no quanto eu te amo... - Ele acariciou o rosto da esposa.
Lizzy sorriu em resposta, estreitando os olhos castanhos que Darcy tanto admirava.
— Vai continuar amando quando eu estiver com desejos e barriguda? - Fez um bico.
— Eu amarei sim, por que a pergunta?
— Eu também estou grávida, queria esperar até a festa para te contar. - Respondeu um pouco ansiosa pela reação do marido.
Darcy a encarou surpreso e extasiado.
— Você está falando sério, meu amor? - Perguntou ainda tentando assimilar o que ouvira.
— Estou. - Elizabeth reafirmou.
Darcy sorriu sentindo o coração bater mais forte, um filho, ele teria um filho com a mulher que amava. Elizabeth já tinha lhe dado tudo o que ele sempre quis e agora ela lhe daria algo ainda mais precioso.
— Eu te amo e é para sempre. - Lizzy disse fitando aqueles olhos azuis.
— Você é minha vida, Elizabeth. - Darcy declarou, afundando a cabeça no pescoço descoberto da esposa. - Obrigado por me tornar o homem mais feliz do mundo, você mudou minha minha história, eu te amo pra sempre.
Fim.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amor a um clique
RomanceUm jovem Darcy e uma sonhadora Elizabeth. Ambos se encontrarão na grande Metrópole; São Paulo, para trabalharem juntos em um estúdio de fotografia. Nessa releitura, as dificuldades impostas a esse amor serão outras; porém, não menos opressoras. Será...