my instagram girl | CHONI [HIATUS]

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Cheryl Blossom

Mais um dia na escola, mais um dia que eu sou obrigada a ir, a botar um sorriso falso que só seria verdadeiro quando eu for para Pop’s mais tarde, nem em casa eu quero ficar.

Eu estava na aula de biologia onde sentava com Veronica, e atrás de nós estavam Betty e Kevin.

A aula passou arrastando, eu tentava prestar atenção enquanto Veronica tentava minha atenção para falar algo sobre ela e sua mãe. Eu não conseguia me concentrar em nenhum dos dois, estava quase pedindo para dispensa do banheiro quando o sinal tocou.

“Cheryl, você está bem?” Veronica pergunta ao sairmos da sala

“Apenas mais um dia de vida e de escola.” falo meio séria mas logo abro um pequeno sorriso falso “ta tudo normal.”

Ando até o banheiro pedindo a Deus que Veronica não me seguisse, eu amo minha melhor amiga mas hoje não está sendo um bom dia. Entro e percebo que não tem ninguém ali, suspiro aliviada e olho para meu rosto no espelho. A maquiagem estava cobrindo a marca vermelha que minha mãe havia deixado em meu rosto e as mangas compridas os cortes em meus pulsos.

Ali era o lugar onde eu poderia finalmente chorar sem ninguém ver. Percebo meus olhos ficarem marejados e logo corro para uma cabine chorando tentando ser silenciosa.

Escuto a porta do banheiro ser aberta e logo fico quieta, mordendo a manga da minha blusa sentando n fazar barulho mas acabo fungando alto.

“Alguém está ai?” escuto uma voz feminina conhecida, tento fazer com que minha voz fique normal

“Tem sim.” ela saiu trêmula

“Cheryl?” a voz pergunta

“Sim?”

“Está tudo bem?” ela pergunta e eu nego com a cabeça dentro da cabine

“Está sim Betty.” falo e abro a camera do celular para ver como estava a maquiagem. Arrumo os borrões rapidamente e saio da cabine azul vendo Betty me observar pelo espelho.

A loira vira e olha para mim com uma cara de pena, não queria que as pessoas tivessem pena de mim.

“Está realmente bem?” ela pergunta novamente e eu tendo abrir um sorriso, mas eu apenas não consigo mentir para minha prima e nego com a cabeça “Você quer conversar?” eu nego novamente

“Não temos aula agora?” pergunto olhando para o espelho e arrumando os pequenos borrões que ainda estavam no meu rosto

“Ainda não conseguiram achar uma nova professora de música.” ela diz chegando mais perto. A mesma bota sua mão em meu ombro me fazendo olhar para ela “Tem certeza que não quer conversar?” ela pergunta mais uma vez.

Mais uma vez eu nego com a cabeça mas logo ela me puxou para um abraço, as lágrimas que estavam presas foram libertas e eu chorava em seu ombro. A loira fazia carinho em minhas costas e falando que iria ficar tudo bem, mas eu sabia que não.

Antes mesmo do meu irmão ser assassinado minha mãe já me batia e cuspia palavras horríveis em mim, depois dele morrer as coisas apenas pioraram e dessa vez eu não tinha em quem contar pois naquela casa apenas moravam eu, minha mãe Penelope e Nana Rose. Minha avó já na cadeira de rodas não podia me proteger, então eu apenas era insultada naquela casa.

Depois de todas as lágrimas saírem de dentro de mim, eu solto Betty, arrumo minha maquiagem e olho para ela que sorria.

“Obrigada.” digo sorrindo

“Sempre que precisar priminha.” ela disse e eu rio fraco seguido por uma fungada “Estou sempre aqui.” ela diz acariciando meu braço. A mesma pega a mochila do chão e vai em direção a porta “Pode ficar tranquila que eu não falo para ninguém.” ela diz “E se quiser conversar, sabe onde me encontrar.” ela sorri e sai.

O dia melhorou um pouquinho, e eu ainda precisava conversar com ela. Saio correndo do banheiro para tentar encontra-la no corredor.