Capítulo XV - O amor é a cura

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Se eu não puder encontrar a cura
Vou consertar você com meu amor
Não importa o que você sabe
Vou consertar você com meu amor
E se você disser que está tudo bem
Eu vou curá-lo mesmo assim
Prometo que sempre estarei lá
Prometo que serei a cura

— The cure, Lady Gaga

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    Ainda que estivéssemos sobre o mesmo teto, nós não tínhamos o tempo ao nosso favor. Sakura havia acordado cedo e havia saído para trabalhar, e pelo cansaço que acumulei durante minha viagem, acordar muito cedo ainda era dificultoso pois além da fatiga, minhas noites permaneciam sempre as mesmas. Eu ainda tinha muitos pesadelos, embora a frequência tivesse diminuindo drasticamente.

      Naruto estava do meu lado enquanto dividia sua atenção com Kuro, o novo membro da família, apenas aguardando a hora de me encaminhar ao QG e validar meus anos de viagem em nome de Konoha afim de suprir minhas dividas como um pecador.

— Você viu? Estamos reformando o distrito — ele afagava o gato negro.

— Eles ainda não me deram a posse. Não tenho do que comemorar. No fim, podem acabar decidindo distribui-lo a qualquer morador da vila ou doando a algum clã que necessita. — embora fosse amarga, poderia ser uma verdade.

     Naruto deixou de acariciar Kuro ao se ajeitar no acento do sofá e adotar uma séria expressão em seu rosto. Eu não deveria ter desconfiança em Konoha, mas minha história ainda doía em minha carne. Era difícil recuperar a sanidade depois de tantos anos vivendo debaixo da loucura. Em meu coração, Konoha ainda tinha a sua parcela de culpa mesmo que eu entenda desta vez que muitos não são verdadeiramente culpados.

— Não confia em Kakashi? — seu tom estava mais rouco e seu olhar não se ligava ao meu.

— É difícil confiar no poder de Konoha, mas eu tenho que confiar no Kakashi não é? Eu confio no Kakashi, mas ele não é o único quem decide e da maioria, ninguém realmente me quer por perto. — fui sincero —  Já chega de esperar muito Naruto. Não quero ter que esperar além do que mereço. Aliás, já não está na nossa hora de ir?

     Ele assentiu ao se levantar, ajeitando a bandana negra em sua cabeça e puxando seu casaco para baixo na tentativa de que parecesse menos amassado. Eu havia adquirido um novo uniforme nada realmente usual ao olhos de muitos, mas era confortável e isso foi o que mais me fez querer utiliza-lo. Naruto me disse assim que terminei de me ajeitar, que eu aparentava ter cortado um cobertor e usado como capa, me fazendo sorrir ao dar os ombros.

     Eu sei  que mesmo usando um cobertor, ainda continua elegante. Diferentemente de certas pessoas.

— Hey, pois fique sabendo que agora eu sou o galã! — dizia dramático.

Recomeçar - EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora