CAPÍTULO 2 - FIM DA BUSCA
Passados quarenta minutos, eles chegaram ao novo acampamento deles. Um hotel turístico parcialmente destruído, próximo ao mar. Thomas e Vince soltaram o Berg do compartimento e desceram, enquanto Jorge levava o Berg para um local mais distante.
Ao descerem, foram recebidos por dezenas de adolescentes e adultos, trazendo-lhes água, cobertores e os equipamentos para arrombarem a porta do compartimento.
Brooklyn esperou ansiosa, ao lado de Thomas, enquanto Vince, com um maçarico, começava todo o processo. Após vinte minutos, a porta foi aberta.
A garota foi a primeira a entrar, sendo seguida por Thomas, Newt e Caçarola. Dentro do compartimento, dezenas de adolescentes estavam acorrentados aos bancos. Assustados.
Brooklyn passou os olhos pela maioria deles e se aliviou ao ver Aris e Sonya. Sonya estava aparentemente bem, já Aris estava pálido e tinha roxos espalhados pelos braços e rosto.
- Aris! - Brooklyn se aproximou, os meninos a seguindo - Vocês estão bem?!
Aris parecia um pouco mais assustado, surpreso e aliviado quanto todos os outros adolescentes, mal conseguindo falar.
- Estamos bem - Sonya respondeu pelo garoto - Agora estamos.
Brooklyn assentiu e olhou para a porta, onde Alex estava.
- Chame Harriet - Brooklyn disse ao garoto, que assentiu e saiu.
A garota voltou a andar pelo compartimento, olhando de rosto em rosto, para se certificar de que não passaria despercebida por Minho.
- Vocês estão bem, ok? - Thomas disse para todos os adolescentes - Estão seguros.
Brooklyn sentiu o estômago se contrair ao chegar ao fim do compartimento e não ter nenhum sinal de Minho. A garota se virou para o irmão e Newt e Caçarola e teve de respirar fundo para não chorar enquanto falava:
- Ele não está aqui!
Thomas e Newt se entreolharam, também desacreditados. Brooklyn viu Harriet entrar a todo vapor no compartimento e abraçar forte a Sonya e Aris e sentiu-se péssima, pois também devia estar fazendo isso com Minho.
Cerca de três mulheres e dois homens apareceram com grandes alicates nas mãos, que contariam as correntes.
- Soltem todos! - Brooklyn ordenou a eles, que assentiram e se dirigiram aos adolescentes acorrentados.
Brooklyn atravessou o compartimento rapidamente, se retirando e correndo para dentro do velho hotel, a procura de privacidade. A garota encostou-se a uma parede e respirou fundo.
Fazia seis meses que o Cruel havia levado Minho e por bastante tempo, Brooklyn imaginava estar fazendo loucuras por alguém que já estava morto, mesmo assim continuou a procurá-lo, abrindo mão de procurar uma cura para Newt, apenas trazer Minho de volta. Mas essas esperanças já estavam se esgotando, até a garota o escutá-lo hoje. E quando achou que finalmente essa procura acabaria e que poderia focar apenas em Newt, as coisas deram errado outra vez.
- Brooklyn - Newt a chamou.
Brooklyn abriu os olhos e olhou para o garoto. Newt se aproximou e abraçou outra vez.
- Sinto muito, Brook - Newt disse.
- Eu também - Brooklyn respondeu e afastou o rosto do ombro de Newt.
Os lábios de ambos se encostaram levemente e Brooklyn sentiu a saudade pelo garoto invadi-la outra vez e imaginou que Newt sentirá a mesma coisa, pois diferente de como sempre fazia, ele não se afastou dessa vez.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Love is The Cure [3]
FanfictionO Deserto havia dado a Brooklyn novas perdas e novas descobertas. Reencontros. Uma nova amiga. Um jeito de, aos poucos, desestruturar o Cruel e o governo, deixando-os mais perto de salvar Minho e colocar um fim nessa história. E agora, além de ter u...