CAPÍTULO 4 - A CIDADE
Logo quando passaram pela porta do quarto de Brooklyn, sem cortar o beijo, Newt fechou a porta com os pés e ajudou a garota a tirar sua camisa e depois a dela. Eles se deitaram no velho colchão no chão e continuaram a se envolverem, até duas horas mais tarde, quando mesmo que a mente de ambos desejassem mais, o corpo não aguentava. Tiveram de descansar e Brooklyn acabou dormindo.
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Brooklyn acordou de supetão, havia se esquecido totalmente do plano. Torcia para que já não fosse de manhã e torcia para que Newt estivesse em sono tão profundo, que não desse falta dela logo em seguida.
Mas para a surpresa de dela, o garoto não estava mais no quarto. Brooklyn se levantou e se vestiu, pegou sua arma e sua mochila que havia escondido com alguns alimentos enlatados e água.
A garota atravessou o corredor em direção ao quarto de Newt, para se certificar de que o garoto estivesse bem, mas estava vazio também. Brooklyn, sentindo um desespero crescer dentro dela, se dirigiu para o que era para ser o salão principal do hotel, mas que agora havia pilares e redes espalhadas para todos os lados.
Brooklyn viu Brenda dormindo em uma das redes e Jorge ao lado dela, mas também notou a rede de Caçarola vazia. A garota colocou a mochila no chão. Tinha alguma coisa errada.
Brooklyn andou o mais rápido que pode para o quarto do irmão e como imaginava estava vazio também. Ao longe, a garota escutou o barulho do motor de uns dos carros soar e se pôs a correr para o lado de fora.
Antes que pudesse sair do hotel, Brooklyn viu um dos carros passar em frente à porta. Caçarola o dirigia e não foi difícil acreditar que Newt e Thomas estavam com ele.
A garota colocou as mãos nos cabelos à medida que o carro se afastava, sabia para onde eles iriam e o que iriam fazer, mas não podia acreditar que haviam a deixado para trás.
A Clareana voltou para dentro do hotel, de volta para o salão das redes, agarrou sua mochila e se aproximou das redes de Brenda e Jorge.
- Brenda, acorda! - Brooklyn cochichou, chacoalhando o ombro da garota.
Brenda acordou assustada e Brooklyn levou o dedo indicador aos lábios, pedindo silêncio. Virou-se para Jorge e deu batidinhas em seu rosto, até que o homem acordasse.
- Precisamos ir - Brooklyn disse - Agora!
Sem trocar mais nenhuma palavra, eles caminharam até os carros e entraram em Berta, que havia ganhado proteções resistentes nas janelas e nos vidros traseiros e dianteiros.
- Por que parece de mau humor? - Jorge perguntou.
- Os meninos já foram - Brooklyn disse - Eles foram e nem se quer me avisaram. Me deixaram para trás!
Jorge e Brenda trocaram olhares cúmplices, enquanto Jorge ligava Berta e o colava para andar.
- O que foi? - Brooklyn perguntou.
- Acho que eles fizeram isso porque você está grávida - Brenda disse - Só foi uma maneira de te proteger.
- Desde sempre as pessoas tentam me proteger - Brooklyn resmungou - E sabe no que isso ajuda? Em nada! Se eu ficasse parada toda vez que tentassem me impedir de me arriscar para ajudar alguém, os três ali não estariam vivos agora. Você também não. Minho também não. Eu comecei essa coisa junto com eles e vou terminar junto com eles, não importa minha condição.
- Você quem manda, hermana - Jorge disse.
Durante todo o percurso, eles conversaram sobre coisas aleatórias. Brenda e Jorge contavam história do que viveram antes de os Clareanos e eles se encontrarem e Brooklyn contava sobre a vida no Labirinto e os acontecimentos no Deserto, antes de se encontrarem e depois, no período pequeno de tempo que ficaram separados.
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Love is The Cure [3]
FanficO Deserto havia dado a Brooklyn novas perdas e novas descobertas. Reencontros. Uma nova amiga. Um jeito de, aos poucos, desestruturar o Cruel e o governo, deixando-os mais perto de salvar Minho e colocar um fim nessa história. E agora, além de ter u...