Love is The Cure [3]

Capítulo 20

CAPÍTULO 20 - O FIM DE UMA ERA

Thomas segurava, em uma das mãos, o colar que Newt havia lhe dado, minutos antes de morrer e na outra mão, segurava o rádio que eles tinham ligado a uma das últimas e maiores torre de comunicação do mundo.

O garoto ansiava por ouvir os chiados diferentes que ele havia escutado, duas semanas atrás e outra vez a três dias atrás. Ele sabia que aquilo significava algo e que alguém estava tentando se comunicar.

Thomas levou um leve susto ao ouvir alguém jogar algo fofo no chão e quando se virou, se deparou com Minho, Gally, Caçarola, Jorge, Brenda, Sônya, Aris e Harriet parados ali, todos carregavam uma mochila nas mãos, com exceção de Minho, que deixou a dele no chão.

- Sabemos que você tem um plano! - Minho quem disse - Vamos com você!

- Não, gente! - Thomas disse - Vocês precisam entrar no navio! O futuro está lá! Eu vou ficar porque Brooklyn é minha irmã!

- Eu vou ficar pela minha amiga, que se arriscou e arriscou seu bebê por mim - Minho rebateu.

- Todos nós conhecemos ela - Aris disse - Conheço a menos tempo que vocês, mas sei o que ela é capaz de fazer pelos amigos dela.

- Ela era minha cunhada - Sônya disse - Descobri a pouco tempo, mas não vou ignorar isso só porque ela não está mais aqui.

- Sabemos que você sabe de algo, Thomas! - Brenda comentou.

- E conhecemos a Brooklyn o suficiente para saber que ela também tinha um plano! - Caçarola completou.

- Então, sem enrolação, fedelho - Gally disse - Conta o que sabe.

- Antes de eu começar, você tem de ter certeza de que não vão embarcar no navio por uma viagem que pode dar em nada?! - Thomas perguntou - Brooklyn pode estar mesmo morta.

- Ela pode estar - Jorge disse - Mas você acha que não, mesmo depois da gente ter contado de que ela havia sido infectada, porque vimos a mordida. Por quê?

- Naquela madrugada, no prédio, Tereza havia feito dois frascos de soro com o meu sangue - Thomas respondeu - Um pouco antes de vocês nos encontrarem no prédio, ela enfiou os frascos no meu bolso e quando eu acordei, eles haviam sumido e vocês juraram de pé junto que não havia sido vocês, então só me resta acreditar que foi a Brooklyn.

- Ou alguém pode ter roubado antes! - Harriet comentou - Alguém que não seja nós!

- Talvez - Thomas rebateu - Vocês falaram que Brooklyn e eu ficamos sozinhos para que ela se despedisse de mim, certo? Eu a senti. Senti ela mexendo em mim, beijando minha testa. Eu ouvi ela falando comigo e não foi bem uma despedida!

- O que ela disse? - Minho perguntou.

- Primeiro ela disse que eu devia contar a Sônya que ela tinha um irmão, Newt, e que ele a amava - Thomas respondeu - Depois disse que se eu não estivesse tão machucado, ela estaria me batendo.

- Bem a cara dela - Caçarola comentou.

- Depois ela pediu desculpas e disse que o que estava fazendo era arriscado, mas que era necessário - Thomas continuou - E me pediu para que eu esperasse um tempo e que quando esse tempo acabasse, se ela ainda não tivesse voltado, era para que eu e todos vocês entrássemos no barco e que se olhássemos para trás, deveríamos respirar fundo e ter orgulho do que nós fomos. O problema é que esse tempo acabou dois dias depois de eu ter acordado e eu não tive coragem de subir no barco e deixar ela para trás. Principalmente depois de, justo no dia em que devíamos ir embora, o rádio ter chiado de maneira diferente! Aquilo deve significar alguma coisa!