Somente depois de ter andado em terras estranhas
E que pude reconhecer a beleza de minha morada.
A ausência mensura o tamanho do local perdido .
Evidência o que antes estava oculto,por falta do costume
Olhei minha mãe como fosse a primeira vez.
Olhei como se voltasse a ser criança pequena
A descobrir -lhes a feição maternas.
Abri o portão principal ou quem abria
Um cofre que resguardava valores incomensuráveis
As vozes de todos os dias estavam reinauguradas.
Deitei-me no colo de minha mãe como se quisesse
Realizar a proeza de ser gerado de novo.
Suas mãos sobre os meus cabelos pareciam devolver-me
A mim mesmo.
Mãos com poder de sutura existencial. .
Era como se o gesto possuísse voz, capaz de me dizer:
dorme meu filho, porque enquanto você dormir
Eu lhe farei de novo. Dorme meu filho, dorme