16

232 17 1
                                    


Olá gente bonita! Preciso pedir desculpa pela ausência nesse tempo. Pois bem, voltemos!!!! Tentarei me fazer mais presente aqui! Obrigada pela paciência e não desistam dessa história!!!! Agora vamos ao que interessa.

Levantei antes de todo mundo, bem cedinho e fui fazer café para todas nós. logo depois Sabra apareceu na cozinha com uma cara assustada.

-Dia lindo pra tu, Tatinha. Tá menos bêbada ?

-Muito engraçada tu! Num tava nem bêbada ontem. - Ela falou me observando. -Olhe só que temos aqui!!! Tu, na cozinha, fazendo café? De manhã cedo? Tu tá bem Vitória?- Disse mudando o foco dela pra mim.

-Oxe, mas num posso nem fazer café em paz mulher?

-E desde quando tu sabe fazer café?

-Mas gente!!! Desde hoje, nem tem tanto mistério assim, ó o google falou que tem que ferver a água... - Fui interrompida pela gargalhada estrondosa de Sabra.

-Xiiiiiiu!!!! Tu vai acordar Ninha. -Falei sem nem me importar em revelar isso.

Ana dormir comigo não foi nenhuma surpresa pra Sabra, ela sabia exatamente o que estava acontecendo comigo, sabia que se realmente não fosse importante para mim, eu não tinha trazido a moreninha pra cá. A única surpresa de Sabra foi me ver acordada de manhã cedo fazendo café. Eu gosto de acordar cedo e aproveitar o dia, mas confesso que acordar cedo pra mim é uma das coisas mais difíceis da vida!

-Agora vá lá chamar Analu, que eu vou chamar Ana. - E saímos cada uma pra sua suíte.

Fiquei parada na porta por mais um tempo antes de acordá-la. Ela realmente parecia estar em paz, estava tão linda, que nem nunca vi beleza assim. Me aninhei junto dela, colando nossos corpos, acariciando-a de leve. Deixei beijinhos no seu rosto.

-Ninha. Ô Ninha, vamo acordar! Já é dia! - Cada palavra que eu falava era um beijo que eu dava nela. -Vem meu amô, vamos levantar. - Ela começou a se remexer com um sorrisinho com canto da boca.

-Hmmmmmmmmmmmmmmm eu morri? Tô no céu com uma Deusa e ninguém me avisou nada, nem pra eu me arrumar.

-Bom dia meu amô!!!!!! - Falei dando vááários beijos em seu rosto.

-Bom dia Leãozinho!!! Tu num acha que tá meio cedo não?

-Não!!! Nada disso. Veeem Ninha fiz café quentinho pra tu. O dia tá lindo a praia tá logo ali esperando a gente.

Ela se espreguiçou igual a um gatinho manhoso, e fomos para a cozinha. Sabra e Analu já estavam lá.

-Bom dia meninas!!! Sabra te deu trabalho ontem Analu? - Ana falou em tom de brincadeira com o casal.

-Ô se deu! Não quis nem trocar de roupa, desmaiou assim que chegou. Tava pior que criança fugindo do banho.

ANA POV

A mesa estava posta com tudo que tinha direito mas o que mais me chamou atenção foi o vaso com vários girassóis dentro no meio da mesa, não sei se Vitória sabia, mas essa é a minha flor preferia.

-Toma Ana, prova esse café delícia! - Sabra já foi me passando uma xícara cheia.

Dei um gole, e percebi que todas me olhavam.

-E aí, que tal? - Vitória questionou.

-E aí que achou que o pessoal da cozinha resolveu fazer o café mais amargo hoje, tá mais forte que o de ontem. Mas café forte é o meu preferido.

-Se saiu muito bem na resposta em menina Clara! Se eu te falar que a mulher que estava tentando te ajudar a fazer o almoço ontem foi a mesma que fez esse café, tu acredita? E acredita também que foi a primeira vez na vida que ela parou pra fazer café? -Sabra revelou.

-Tô ouvindo é muito papo e não tô vendo ninguém comer. -Vitória disse fazendo biquinho.

Eu não conseguia parar de olhá-la, ela não parecia ter nada disso de rica metida, pelo contrário, sua simplicidade me encantava. Até o fato de não saber fazer café me encantou e me encantou mais ainda saber que ela que fez, pela primeira vez na vida. Ela quer me agradar e está conseguindo.

O café seguiu sem ninguém falar nada, na verdade, Vitória puxou um assunto com Sabra, mas a mesma não respondia mais falando e sim fazendo mímica, Analu entrou na zoação e eu não podia ficar de fora também. Vitória estava agoniada querendo que a gente falasse e não nos rendemos fácil !

-Anda gente!!!!! Qual vai ser a programação de hoje??? Não tô entendendo nada desses sinais de vocês aí. Ninha, o que tu quer fazer? - E aí, eu fazia qualquer gesto com a mão, só pra ela achar que eu estava falando alguma coisa e ficar mais agoniada.

-Eu desisto!!!!!! Chega! Eu gosto é de conversa, de papo, de falar, de ouvir e só to me ouvindo. Quer saber? Num sei fazer café mesmo não, nem nunca tinha feito. Satisfeita cabra?

Não consegui não rir do apelido da Sabra. - Muito obrigada pelo café Vi, mesmo tu não sabendo fazer nem meu gosto, tava do jeitinho que eu gosto, café mais amargo é bom, viu ?

-Aaaah Vitória, mas tu tá muito perdida por ter me chamado de cabra. E ó, é tão melhor se abrir, porque tu não pede logo Ana em casamento ??

Vitória ficou da cor de um tomate, sem resposta.

-E então, mulheres, qual vai ser a programação de hoje? - Falei numa tentativa desesperada em mudar de assunto, Vitória não foi a única a ficar com vergonha. Casamento era muito precipitado, claro. Mas tava na cara de que alguma coisa estava rolando entre nós duas e eu estava bem com isso.

-Não sei a programação de vocês duas, mas eu e Sabra vamos dar uma folga para o mais novo casal. - Analu já falou caminhando pra perto da porta da suíte delas. - Vem amor, tirar e botar a minha roupa.

-Ana, tu pode ficar a vontade e fazer isso com Vitória também tá?

-SABRA!!!!!!!!!! -Vitória gritou enquanto a irmã já estava dentro do quarto.

-Ei tu! Relaxa! Tá tudo bem. Se tá sendo desse jeito de "primeiras vezes de Vitória" é tudo novo pra ela, e ela vai ficar no teu pé sim.

-Não é só pra ela que é tudo novo, Ninha. -Seu olhar estava em mim, sua mão estava na minha.- É tudo novo pra mim, tá acontecendo aqui dentro tudo muito rápido, tudo muito forte, me preocupo em te agradar, em te ver sorrindo, em te ver se dando bem com minha irmã e Analu. Isso nunca me aconteceu e agora que tá acontecendo eu não quero que pare de acontecer, tu consegue me entender? - Ela emendava uma palavra na outra, nervosa. -Teu beijo me viciou, teu toque me prendeu, teu cheiro me entorpece, teu sorriso eu não tenho nem adjetivo pra ele, não quero ficar longe, não quero perder tempo longe de tu.

Calei a boca dela com um beijo.

-Tu não tá sozinha nesse sentimento. Uma sábia pessoa chamada Bárbara me falou uma vez "se faz bem, que mal tem?'. Não precisamos rotular nada, tá me fazendo muito bem, tão bem que não quero pensar em como vai ser quando eu tiver que acordar desse sonho e voltar pra São Paulo ou quando tu tiver que ir pra alguma outra filial. Te faço uma proposta, me prova, me enxerga, me sinta, me cheira, e se deixa em mim, te juro que afeto e paz não vão te faltar e quando a hora chegar, conversamos. Tu aceita Vitória Falcão? -Fiz o pedido me ajoelhando e estendendo a mão para segurar a dela.










FicaOnde histórias criam vida. Descubra agora