Capítulo 6

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-Como assim?-indaga Dylan ajeitando a postura

-Eu já disse, comandante. O General-de-brigada exige ver o senhor e a major Haylock-esclarece o soldado- ele está na sala ao lado junto ao Antony

Vejo Dylan trincar o maxilar e cerrar os punhos com ódio. Ele fecha os olhos com força e em seguida se levanta da cadeira do escritório

-Vamos Haylock-diz com voz fria enquanto abre a porta de sua sala

O caminho foi percorrido em silêncio. A tensão era tão grande que eu a via e sentia. Era completamente palpável. Podia ver o nervosismo dele por todo aquele lugar

O que Antony quer? O que o general-de-brigada está fazendo aqui? Essa é uma patente alta! Um general nem deveria estar aqui.

Percorremos todo o caminho até chegar a uma enorme sala, onde imagino que ocorra as reuniões envolvendo estratégias e assuntos internos do exército

Dylan adentra o local, bate continência perante ao general e se senta em uma das cadeiras presentes. Eu repito seu ato -não que eu queira bater continência a esse general que me olha com cara ridícula, mas...-

-General, gostaria de saber o que faz aqui-diz Dylan com voz séria

-Quero discutir sobre a posição de meu filho neste exército-justifica olhando Antony

ESPERA AÍ, O QUE?! Esse desgraçado não sabe perder e aí manda o papai vir falar com Dylan!? VOCÊS DEVEM ESTAR ME ZUANDO NÉ MUNDO! PELO AMOR DE DEUS!

-O senhor está ciente de que seu filho perdeu um duelo formal, de forma justa, correto? O qual ele mesmo propôs e concordou com os termos -pontua Dylan

-Sim. Estou ciente. Mas também não há casos desta ocorrência ridícula!-esbraveja

-Também não há casos de tentativas de estupro em meu acampamento! E muito menos de propor como condição que a participante vire escrava do desafiante!-diz Dylan se exaltando

-Se ponha no seu lugar comandante!

-Não! Quer saber? Ponha-se você no seu lugar. Eu não admito que fale assim com o comandante, senhor general!-digo mantendo meu tom calmo porém forte e autoritário- o comandante Hendeston não cometeu nenhum erro! As condições foram aprovadas

-Você não tem direito de sequer falar comigo! Não passa de uma mulher ridícula que acha que pode comandar alguma coisa! Não serve para nada nem para ser escrava!-o general cospe as palavras

Estremeço no lugar cerrando os punhos com ódio perante às palavras ásperas e pesadas. Mas antes que ele continue falando merda, Dylan o soca em um movimento tão rápido, tão limpo, tão forte, que eu sequer tive tempo de processá-lo

E aparentemente eles também não o fizeram

-COMANDANTE!-grita colocando a mão sobre o nariz no qual o golpe foi desferido

-Vamos denunciá-lo!-esbraveja Antony aproveitando a oportunidade

-Não, não vão! Chega por hoje! Escuta aqui, nós faremos o seguinte: eu renuncio meu cargo como major deste exército, em troca do cargo de Dylan manter-se o mesmo-digo séria

-Ma-Dylan começa porém em piso em seu pé forte suficiente para ele calar a boca

-E Antony voltará a ser major-acrescenta o general

-Não

-Você não está em posição de negociar-retruca ele

-Nem a pau! Olha aqui meu querido, você está abusando da minha boa vontade! -começo desistindo da hierarquia- Eu acabei com a raça do seu filho em um único movimento de espada e olha que eu usei só uma delas, então acho que estou em uma ótima posição para negociar! Eu dou meu cargo em troca do cargo do comandante, e Antony fica com o cargo de soldado caso não queira ser acusado de tentativa de me escravizar, o que é ilegal, e de me estuprar, o que também, por coincidência é ilegal. Então, o que vai ser?

Guerreira escarlateOnde histórias criam vida. Descubra agora