Capítulo 21

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Abro a porta do meu quarto com autoridade e a fecho na cara das damas do forte que me perseguiam para me dar uma bela
roupa e me aprontar para falar com o representante da realeza e as mais altas das patentes.

Assim que adentro o quarto, eu caminho em direção ao meu guarda-roupa e puxo a tábua que cobria o fundo do mesmo, mostrando assim, um compartimento secreto onde estavam minhas espadas e minha armadura de guerra.

Eu sabia que a guerra havia começado já faz tempo, mas agora... agora chega de papo e vamos à luta. Agora é manter a guarda alta 24 horas por dia e treinar como se não houvesse amanhã.

Visto uma calça legging de material mais resistente e coloco minhas longas botas com protetores na canela. Em seguida coloco minha blusa e por cima da mesma, visto a típica cota de malha que vinha antes de minhas ombreiras de metal e coloco os protetores no antebraço e minha luva.

Meu suporte de espadas estava em minhas costas e guardo ambas as espadas no mesmo.

Prendo uma parte do cabelo em um meio rabo frouxo com algumas madeixas soltas pelo rosto e me encaro no espelho decidida com a atitude que tomaria em seguida.

Saio da sala e as moças que trabalhavam no forte nem insistem em me contrariar, afinal, meu olhar dizia tudo e minha postura mostrava a instância e confiança que tinha sobre meus atos

-Onde eles estão?-indago simplesmente

-Na mesma sala de antes-afirma uma delas

Caminho sentindo todos os olhares sendo atraídos para mim. Os soldados perdem a postura de deboche ao me ver e noto que muitos deles não conseguiam sequer olhar para mim diretamente

Minha cabeça estava erguida, minha postura perfeita e meu olhar frio.

Chego ao corredor onde a reunião acontecia e vejo que haviam guardas tomando conta do local

-Não pode passar assim-afirma um deles

-Está armada e vestida inadequadamente-outro responde

-Em menos de 5 segundos eu vou sacar minhas espadas e acabar com cada um de vocês caso não me deixem passar-afirmo séria

-Não pode passar, senhora-continua insistindo enquanto toma uma posição de defesa

Em um único movimento eu já estava em frente a porta da sala de reuniões e os homens em choque com um pequeno corte em suas barrigas. Eles caem no chão tempos depois de levarem um golpe transferido por mim com o cabo de minhas espadas

Assim que noto que todos estavam no chão e desacordados, abro a porta da sala e vejo todos me encarando surpresos pela minha vestimenta e por ter passado assim pelos soldados lá fora

Adentro o cômodo e fecho a porta levando meu olhar a Dylan que estava de smoking e se localizava no centro de todas aquelas cadeiras fazendo a típica reverência.

Caminho até o centro do local, mas diferente de Dylan eu não me curvo para falar e nem faço a reverência necessária, apenas me mantenho de pé e com o olhar firme

-Se curve-exige um deles

-Me chamaram aqui para descurtir sobre William?-indago ignorando o comentário de um dos homens

-Mandei se curvar!-pontua imperativo já preocupado com minha insolência

-Se me chamaram aqui para nada, eu vou embora-digo me virando

-Se você passar por essa porta virará nossa inimiga-escuto a voz de Frederick em tom grave e sério

-Uma pena para vocês, não gostaria de me ter como inimiga -digo sorrindo torto e sem fraquejar- cuidado com os corpos dos soldados no lado de fora, não quero que tropece e machuque sua cara ridícula

Guerreira escarlateOnde histórias criam vida. Descubra agora